O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quarta-feira, 27 de Maio de 2015

À minha volta, venho mais força que sabedoria.

Avulta mais uma presumida sabedoria da força do que uma necessária força da sabedoria.

Joseph Joubert sentenciava: «Há um direito do mais sábio, não do mais forte».

Só que a realidade dificilmente abona esta tese.

Há forças que teimam em degolar tudo. Mas a sabedoria nunca se deixa matar...

publicado por Theosfera às 11:00

 

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  1. Houve um homem que se «esqueceu». Que se esqueceu de si.

Houve um homem que só se lembrou de ser homem com os outros, para os outros e pelos outros.

 

  1. Houve um homem que praticamente se «esqueceu» de viver. E que, muito possivelmente, até seria capaz de se «esquecer» de morrer.

Foram os outros que ditaram a sua vida. Foram os outros que decidiram a sua morte.

 

  1. Em suma, houve um homem que se «esqueceu» completamente de viver a sua vida.

Mas do que esse homem nunca se «esqueceu» foi de viver inteiramente a vida dos outros.

 

  1. Na hora de escolher, D. Óscar Arnulfo Romero não fez as escolhas mais «convenientes».

Olhou para cima, olhou para o lado e olhou para baixo. Foi com os de baixo que quis ficar.

 

  1. O risco passou a ser a sua morada, mas a paz nunca deixou de o acompanhar no seu leito.

Muitos o atacaram por fora e poucos o defenderam dentro. Houve até quem, — capciosamente — garantisse que ele tinha deixado de ser Óscar Arnulfo para passar a ser Óscar Marxnulfo!

 

  1. A trajectória não foi fácil e o percurso foi deveras acidentado.

Nunca se reviu naquela espécie de «teologia caviar» que consola os pobres, mas sem abdicar do conforto dos ricos.

 

  1. Viveu sempre pobre e para os pobres. Pensou que bastava. E, durante muito tempo, por aí se ficou. Renunciou sempre às riquezas, mas nem sempre denunciou as injustiças cometidas pelos poderosos.

É verdade que se calou quando muitos falavam. Acontece que começou a falar quando quase todos se calaram. Definitivamente, o seu destino parecia andar em total contramão com a história.

 

  1. Naquele final dos anos 70 em El Salvador, as ameaças eram sérias. Milhares de camponeses foram mortos e vários padres que os apoiavam foram assassinados.

Que fazer? A prudência aconselharia que se recuasse. Só com muita coragem seria possível avançar.

 

  1. D. Óscar Romero tinha consciência dos perigos que corria, embora — humilde — não se achasse «digno da graça do martírio».

Nos últimos tempos, a sua vocação tornou-se uma autêntica provocação.

 

  1. Só as armas o calaram. Mas nem a morte o silenciou. D. Óscar Romero já está nos altares. O seu lugar é junto de Deus. Mas o seu exemplo permanece — bem vivo — no meio dos vivos!

 

publicado por Theosfera às 10:23

Faz hoje 52 anos que morreu Aquilino Ribeiro, que nasceu não muito longe daqui.

Pertinente o que escreveu: «Creio que a arte de governar não reside apenas em operações de tesouraria e previdência. Pelo ritmo do progresso, inerente a tal doutrina, só daqui a cem anos teria Portugal um nível de vida aceitável, uma indústria comezinha, sempre antiquada em relação à do resto da Europa, as estradas que ambiciona, hospitais em que coubessem os seus enfermos, casas de educação regidas por uma pedagogia que viesse a desenvolver as faculdades das crianças e não as jugulasse aos varais consabidos de ideias revelhas e sistemas bafientos. Entretanto, o País fica como a Lua, metade em penumbra»!

Os grandes vêem longe!

publicado por Theosfera às 00:03

Hoje, 27 de Maio, é dia de Sto. Agostinho de Cantuária, Evangelizador dos Ingleses, e S. Júlio, Padroeiro dos que recolhem o lixo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:01

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