Para D. Óscar Romero, a morte não foi uma surpresa.
Os que o mataram fizeram questão de o «avisar».
Ele confessou, duas semanas antes de ser assassinado, estar a receber «inúmeras ameaças de morte».
Como cristão, não acreditava «na morte sem ressurreição. Se eles me matarem, voltarei à vida no povo de El Salvador. Como pastor, devo dar a vida por aqueles a quem amo, inclusive por aqueles que me vierem a matar».
Nesse caso, esperava que o seu sangue pudesse «ser uma semente de liberdade e um sinal de esperança».
Pedia que a sua morte pudesse «servir para a libertação do meu povo e como testemunho de esperança daquilo que está para vir».
Uma vida que se dá nunca deixa de (re)nascer. Mesmo, quiçá sobretudo, quando está à beira de morrer!