De Deus sabemos mais o que não é do que o que é.
É por isso que o Pseudo-Dionísio considerava, com algum exagero, que, «relativamente a Deus, só as negações são verdadeiras; as afirmações são insuficientes».
O certo é que, ao longo dos tempos, foram proliferando os atributos negativos de Deus.
Neste sentido, Deus costuma ser apresentado como invisível (que não é visível), imutável (que não muda), imortal (que não morre), infinito (que não tem fim), incompreensível (que não pode ser compreendido), incognoscível (que não pode ser conhecido), ou indizível (que não se pode ser dito).
Não espanta, por isso, que S. João Crisóstomo tenha encarado como sacrílega a pretensão de elaborar uma concepção acerca de Deus.
No mesmo registo, S. João Damasceno reconhecia que «a essência divina é incompreensível e inconcebível».
Deus é mais acessível ao coração que ama do que à mente que (apenas) pensa!