O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sábado, 25 de Abril de 2015

1. A liberdade é um tema essencialmente bíblico e marcadamente cristão.

Cristo é o paradigma da liberdade porque é o paradigma da verdade. Só na verdade há liberdade (cf. Jo 8, 32)

 

2. Uma vida de mentira não é uma vida livre. Pelo contrário, é uma vida oprimida e opressora.

Jesus pagou um alto preço por causa do Seu compromisso com a verdade. Nunca seguiu a corrente. Nunca pactuou com interesses. Era verdadeiro. Era livre.

 

3. Em nome de Cristo, a Igreja nunca se pode calar quando a liberdade está em risco.

A Igreja nunca pode estar do lado dos opressores. E o silêncio, como é óbvio, pode ser interpretado como conivência com os opressores.

A liberdade está ameaçada quando os direitos não são respeitados e quando as injustiças são promovidas.

 

4. Não havia liberdade em Portugal antes do 25 de Abril. Mas será que, hoje, há liberdade?

Haverá liberdade quando uma parte significativa da população é impedida de aceder ao trabalho, à saúde e à educação? Haverá liberdade quando o delito de opinião dá sinais de ter regressado, quando uma pessoa é estigmatizada por assumir o que pensa e por dizer o que sente?

Não será, por isso, altura de, também em Portugal, libertar a liberdade?

 

5. Em nome de Cristo, a Igreja não se pode limitar a dar o pão aos famintos. Tem de ser também a voz dos espezinhados, dos explorados.

A Igreja não pode ter medo das reacções. Só há reacção perante uma acção. Antes a crítica por causa da intervenção corajosa do que a censura por causa do silêncio cúmplice.

 

6. Em nome de Cristo, a Igreja não pode pairar sobre a vida. Tem de aterrar na vida. Na vida das pessoas, especialmente das pessoas pobres.

Na hora que passa, a Igreja tem o dever de ajudar a reconduzir a liberdade ao seu ambiente natural.

 

7. É preciso recolocar a liberdade na verdade, na justiça e no desenvolvimento.

Necessitamos de liberdade para procurarmos a verdade. E necessitamos da verdade para crescermos em liberdade. Sem liberdade não há verdade. Sem verdade não há liberdade.

 

8. Ajustiça é, porventura, o domínio onde mais temos falhado. Falo da justiça processual e sobretudo da justiça existencial.

Hoje em dia, Portugal é um país muito injusto. As assimetrias entre o litoral e o interior são mais que muitas. O desnível entre classes é aflitivo. A disparidade de salários é chocante. Um país injusto é um país livre?

 

9. O desenvolvimento é visto numa perspectiva prioritariamente física, estrutural. Há, de facto, obra feita: estradas, edifícios, serviços.

É importante, mas não basta. É imperioso apostar nas pessoas, na sua qualificação.

 

10. O 25 de Abril não está concluído. É preciso que todos peguemos nele.

O ideal de Abril é belo, é cristão. Não o deixemos amordaçar. Nem adiar.

publicado por Theosfera às 01:50

Indispensável é a liberdade.

Sem ela, não conseguimos viver. Sem ela, somos escravizados.

Sofremos muito com a ausência de liberdade. Mas não deixamos de penar pelos excessos da liberdade.

Porque os excessos acabam por se assemelhar às ausências: ambos fazem vítimas.

A liberdade não pode ficar «solteira». Ela tem de se «casar» com a responsabilidade.

O «filho» deste «casamento» é essencial para a convivência: o respeito!

publicado por Theosfera às 00:57

Hoje, 25 de Abril (feriado comemorativo da Instauração da Democracia), é dia de S. Marcos, Evangelista, Sto. Estêvão de Antioquia e S. Pedro de S. José Betancourt.

Refira-se que S. Marcos é considerado padroeiro dos vidraceiros e notários, e invocado contra a sarna.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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