O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 14 de Abril de 2015

 

  1. Acerca de Jesus, houve quem abrisse — há cerca de dois séculos — um prolongado contencioso entre a fé e a história.

A suspeita recai, desde logo, sobre as bases de trabalho.

 

  1. As fontes mais conhecidas têm na sua origem círculos próximos de Jesus.

Em princípio, este factor devia acrescentar credibilidade. Para alguns, porém, retira isenção.

 

  1. À partida, quem está perto vê melhor. Mas não falta quem alegue que ser próximo é ser parcial.

Os evangelhos foram escritos por pessoas que acreditavam em Jesus. É compreensível, mas, segundo diversos peritos, terá os seus inconvenientes.

 

  1. Dizem que a fé «fabrica» uma realidade para lá de qualquer verificação histórica.

Sob este ponto de vista, acreditar levaria a amplificar exponencialmente os cometimentos e a exaltar até ao extremo quem os praticou.

 

  1. Ninguém contesta que os evangelhos são um género literário específico.

Como bem sintetizou John Dominic Crossan, eles «foram escritos pela fé, para a fé e a partir da fé».

 

  1. Estritamente falando, os evangelhos não são compêndios de história. Mas é indiscutível que contêm preciosos contributos para a história.

Alguém nega que é pelos evangelhos que temos acesso aos principais momentos da vida de Jesus?

 

  1. Mas, já agora, que se diz sobre Jesus fora dos ambientes cristãos?

A poeira dos tempos muita coisa terá engolido. Mas, mesmo assim, alguns dados conseguiram chegar até nós.

 

  1. Tácito, historiador romano, refere que «Cristo foi executado no reinado de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos».

O Cristianismo, que ele (des)qualifica como «execrável superstição», apesar de reprimido, estendeu-se pela Judeia e foi anunciado na própria cidade de Roma.

 

  1. Por sua vez, Flávio Josefo, historiador judaico, apresenta Jesus como «um homem sábio, autor de actos extraordinários e mestre de pessoas que aceitavam a verdade com agrado».

Foram «muitos os judeus e também os gregos que Ele ganhou para a Sua causa».

 

  1. Embora Pilatos O tenha condenado a morrer na Cruz, «as pessoas que O tinham amado antes não deixaram de o fazer depois, pois Ele apareceu-lhes novamente vivo ao terceiro dia, milagre este, tal como outros em número infinito, que os divinos profetas tinham predito acerca d’Ele».

Em finais do século I, «ainda não tinha desaparecido a raça dos cristãos». Vinte séculos depois, esta mesma «raça» continua a espalhar-se por todo o mundo!

 

 

publicado por Theosfera às 10:47

Em plena «era videocêntrica», tudo é visto até ao limite da saturação.

Existe uma espécie de «gula da visão» que nunca parece saciar-se.

Guntter Grass, ontem falecido, achava que, hoje em dia, «nada deixa de ser visto, até o papel de parede é melhor memorizado do que muitos seres humanos».

Curiosamente, já Fernando Pessoa afirmava que «morrer é não ser visto».

Quem não se mostra arrisca-se a ser dado como eliminado.

Acresce que o objectivo de ver nem sempre é para ajudar. Ver serve de pretexto para intrigar, para suspeitar ou, como sói dizer-se, para «cuscar».

Mas ainda há quem nunca seja visto. Ainda há quem seja esquecido.

E, no fim, há quem seja devassado depois de ser (mal)visto!

publicado por Theosfera às 09:56

O adiamento é tão prejudicial como a precipitação.

E a vida deste dia não pode ser vivida noutro dia.

Atenção, pois, ao aviso de Marcial: «É já tarde começar a viver hoje: o sábio começou ontem»!

publicado por Theosfera às 09:10

O Titanic tinha tudo para não falhar.

 

Houve até quem dissesse que nem Deus conseguiria afundá-lo.

 

Faz hoje 103 anos que os factos desmentiram (tragicamente!) as pretensões.

 

O deslumbramento não é bom conselheiro.

 

No Titanic perderam-se muitas vidas e naufragaram muitas ilusões.

 

A lei das proporções verificou-se: grandes empreendimentos, grandes fracassos.

 

A «omnipotência» pode albergar uma «omnifragilidade»!
publicado por Theosfera às 00:45

Hoje, 14 de Abril, é dia de Sta. Ludovina, S. Pedro González Telmo e Sto. Hermenegildo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

mais sobre mim
pesquisar
 
Abril 2015
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3
4

5
6
7
8
9





Últ. comentários
Sublimes palavras Dr. João Teixeira. Maravilhosa h...
E como iremos sentir a sua falta... Alguém tão bom...
Profundo e belo!
Simplesmente sublime!
Só o bem faz bem! Concordo.
Sem o que fomos não somos nem seremos.
Nunca nos renovaremos interiormente,sem aperfeiçoa...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
hora
Relogio com Javascript

blogs SAPO


Universidade de Aveiro