Cada dia tem 24 horas.
Mas há um dia, em Outubro, com 25 e um dia, em Março, com 23.
E, depois, há o dia de Natal e este dia de Páscoa com 192 horas.
A Oitava da Páscoa é como um único dia que se estende ao longo de oito dias.
É por isso que o prefácio da oração eucarística menciona «este dia em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.
E é por isso também que os salmos de Laudes, Vésperas e Completas são os mesmos de Domingo da Páscoa da Ressurreição.
No fundo, tudo isto pretende significar que a Páscoa acende a luz que não se apaga e inaugura o dia que não tem fim.
Mas a Igreja continua a alertar-nos para a globalidade do mistério de Cristo, morto e ressuscitado.
É que, às vezes, na Quaresma, dá a impressão de que não vai haver Ressurreição. E, por vezes, na Páscoa, dá a impressão de que não houve Morte.
Um dos belos hinos deste tempo alerta que «não há Ressurreição sem haver Morte».
Jesus ressuscitado apresenta as marcas da paixão e da morte.
O que voltou à vida é o mesmo que deu a vida.
Mantenhamos, pois, todo o realismo e não desistamos de transformar a (nossa) vida!