O amor próprio não requer o ódio pelo alheio. Pelo contrário, quanto melhor estamos com os outros, tanto melhor estamos connosco.
Abundam, porém, as identidades de exclusão. O caso mais gritante é o dos nacionalismos que combatem e agridem os outros.
Já dizia Charles de Gaulle que patriotismo é o amor pelo próprio povo e nacionalismo é o ódio pelos outros povos.
Talvez haja um certo exagero. Mas é preciso que aprendamos a conviver.
Gostemos do que é nosso, mas não desgostemos do que é dos outros.
No fundo, tudo nos pertence e nós acabamos por pertencer a todos.
Não somos, afinal, cidadãos de um único (e mesmo) mundo?