O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sábado, 14 de Fevereiro de 2015

Às vezes, o mundo parece uma longa (e prolongada) central de ódio.

O que se ouve, o que se vê e o que se lê não parecem dar margem para grandes alternativas.

Acresce que o ódio das palavras rapidamente é transponível para o ódio das atitudes.

Mata-se com assustadora facilidade. Calunia-se (que é outra forma de matar) com aflitiva insistência.

Todos saem a perder.

As vítimas perdem, como é óbvio. Mas os provocadores também não costumam ganhar muito. Nem por muito tempo.

É tempo de acabar com o ódio!

publicado por Theosfera às 12:08

É bom que nós saibamos esperar no tempo. Mas o tempo não espera por nós.

O tempo está sempre a acontecer, independentemente de quem está a ver.

Eurípdes notova que «o tempo não se ocupa em realizar as nossas esperanças; faz o seu trabalho e voa».

Mas essa também não é a missão do tempo. Nós é que temos de (procurar) realizar o que esperamos.

A esperança quer precisar de nós: para existir e para agir!

publicado por Theosfera às 11:48

Qual a diferença entre a pintura e a poesia?

Muitas haverá, seguramente. Leonardo da Vinci descortinou esta: «A pintura é uma poesia que se vê e não se sente, e a poesia é uma pintura que se sente e não se vê».

Ou ver-se-á de outra maneira. Não se vê apenas com os olhos!

publicado por Theosfera às 11:39

Marcos.jpg

  1. Há livros que marcam. Há livros que são marcos.

Este livro sobre São Marcos está destinado a ser marcante.

 

  1. Nele, o Autor oferece não apenas uma hermenêutica científica, mas também uma luminosa hermenêutica existencial.

Num registo a que há muito nos habituou, D. António Couto surge de novo como um generoso fornecedor de significações e um atento perscrutador do eco do Sentido.

 

  1. O aprumo da técnica interpretativa não dispensa sequer alguma imagética e faz ressoar até uma certa poética.

No conjunto, tudo entronca fecundamente na missão de teólogo e no serviço de pastor.

 

  1. Nas árduas estradas do tempo, o povo de Deus tem fome, o povo de Deus está faminto.

O povo de Deus precisa de quem lhe dê pão (também) em forma de palavra.

 

  1. Esta obra documenta que a Palavra que ensina também alimenta.

Grande mérito de D. António Couto é o de não se limitar a falar da Palavra; ele faz falar a Palavra.

 

  1. Com ele, os textos adquirem vida e ganham voz.

Daí, por exemplo, a insistência no dizer Jesus, nos dizeres de Jesus e nos dizeres sobre Jesus.

 

  1. São dizeres maiúsculos — e em maiúscula aparecem muitas vezes — que não podem ser correspondidos por uma vivência minúscula.

Basta reparar no nome «Evangelho». Na sua origem, não evoca a imagem de um livro, mas, muito mais, «a imagem do mensageiro que corre para transmitir uma notícia».

 

  1. O Evangelho está escrito em livro para ser, permanentemente, inscrito na Vida.

Esta, a Vida, tem de procurar ser tão maiúscula como o Evangelho que lhe é proposto.

 

  1. É nos caminhos da Vida que Jesus nos interpela como outrora interpelou os discípulos no caminho de Cesareia (cf. Mc 8, 27).

O caminho é o lugar do encontro, do convite e do seguimento.

 

  1. Eis, em síntese, um belo guião para entrar, com saudável afã, no «Evangelho de Jesus Cristo», oferecido por São Marcos (cf. Mc 1, 1). Mais um excelente trabalho, a juntar a tantos outros e a prenunciar seguramente outros tantos.

Quem sabe se, um dia como corolário, não seremos surpreendidos com uma espécie de «Summa Biblica»?

publicado por Theosfera às 00:38

É, no mínimo, curioso que tanto se fale de um santo de que nem sequer se sabe se existiu.

E é igualmente sintomático que nada se diga acerca de dois santos cuja vida e obra são sobejamente conhecidas.

De facto, por esta altura muito se fala de S. Valentim. Sucede que, desde 1969, este santo deixou de ser celebrado oficialmente porque não há provas seguras de que tenha existido.

Repare-se.

Não se diz que não tenha existido. Apenas se adverte para a falta de indicações irrebatíveis que comprovem a sua existência.

O interessante é que, nesse dia, se celebra a festa de dois irmãos que foram santos: S. Cirilo e S. Metódio.

Os dois tiveram um papel determinante na evangelização e promoção cultural dos povos orientais.

Ainda hoje se fala do alfabeto «cirílico». Mas pouco (ou nada) se diz.

Se consultarem um calendário litúrgico, lá aparecem as referências a S. Cirilo e a S. Metódio.

É claro que algumas publicações mencionarão S. Valentim, mas com todas as ressalvas.

É óbvio que não há mal nenhum na evocação de S. Valentim, tenha ou não tenha existido. Mas muito bem haveria na invocação de S. Cirilo e S. Metódio!

publicado por Theosfera às 00:34

Hoje, 14 de Fevereiro, é dia de S. Cirilo, S. Metódio, S. Marão e S. João Baptista da Conceição.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:29

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