O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 12 de Janeiro de 2015

O prémio atribuído a Cristiano Ronaldo encerra alguns ensinamentos. Descontando, pois, a compreensível euforia de momentos como este, destacaria sobretudo duas importantes lições.

 

Em primeiro lugar, fica provado que Portugal é terra de excelência. Há portugueses que ombreiam com os melhores e que são capazes de ser, inclusive, os primeiros na sua profissão.

 

Num universo tão competitivo como o futebol profissional, dá que pensar ver como o melhor nasceu neste nosso país. E repare-se que foi necessário singularizar a partir de um leque vastíssimo onde a competência é muita e a competição bastante.

 

Ser o melhor e ser português é, por isso, uma conjugação que nos deve encher de alegria. Numa altura em que a nossa auto-estima está a cair, faz bem olhar para estes fenómenos. Também em Portugal é possível emergir o que há de melhor.

 

Em segundo lugar (e, talvez, este dado contraste com o anterior), fica a ideia de que o português, para singrar, tem de sair.

 

Se Cristiano Ronaldo não tivesse saído do Sporting, alguma vez obteria o mesmo reconhecimento? O talento seria o mesmo, mas a projecção seria igual?

 

Diga-se o mesmo de Luís Figo. Também ele é português. Também ele foi considerado o melhor do mundo. Mas, para isso, também ele teve de sair de Portugal.

 

Especulativamente, podemos conjecturar. Se o Sporting, além de formar óptimos jogadores, tivesse condições de os segurar, onde não estaria ele? Se ao talento formativo aliasse capacidade financeira, não estaríamos em presença de um potencial dominador do futebol europeu? Já viram o que seria uma equipa com Cristiano Ronaldo, Quaresma, Simão, Futre, Figo, etc.?

 

Se pensarmos bem, é o que se passa em vários domínios. Eduardo Lourenço é português, mas vive fora de Portugal. António Damásio é português, mas afirmou-se longe de Portugal. D. José Saraiva Martins idem.

 

Portugal é capaz de produzir o que há de melhor. Mas só quando se sai de Portugal é que o reconhecimento chega. Seremos melhores lá fora? Teremos de sair para ser?

 

Fatalidade? Não quero crer. Realidade? Sim. Realidade que importa estudar e urge superar.

 

Fica claro que Portugal é terra de excelência. Que nos falta para conseguirmos cá dentro o que obtemos lá fora?

publicado por Theosfera às 23:04

É preciso haver morte para juntar tanta gente em defesa da vida?
É preciso haver violência para juntar tanta gente em defesa da paz?

publicado por Theosfera às 09:50

A ofensa, por si, já é uma forma de violência.

E, atenção, a ofensa não pode ser vista apenas pelo lado do ofensor.

Uma pessoa pode alegar que não teve intenção de ofender. E, no entanto, pode haver quem, mesmo assim, se sinta ofendido.

Mas nenhuma ofensa legitima outra ofensa. Nenhuma ofensa legitima a violência.

Matar nunca pode ser a resposta à ofensa.

As sociedades livres têm meios de dirimir estas questões.

E as pessoas têm de se habituar a pensar mais nos outros.

publicado por Theosfera às 09:45

Cuidado, muito cuidado com o que andamos a fazer à liberdade.

Tanto a excelsamos que até corremos o risco de a destruir.

Hoje em dia, propende-se a olhar para tudo pelo (único) prisma do eu.

É mais uma sequela da «cegueira individualista» que nos contamina.

Daí que se arrogue o exercício de uma liberdade sem freio e sem filtro.

Uns dizem tudo o que lhes apraz, mesmo que ofendam os outros. Outros fazem tudo o que lhes apetece, mesmo que matem os outros.

Bom seria atender ao que nos legou Nélson Mandela: «Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros».

Pensar nos outros não mitiga a liberdade de cada um.

A liberdade de cada um é nobremente ampliada no convívio com a liberdade de todos!

publicado por Theosfera às 09:38

A arte vê-se em coisas pequenas.

Daí que, antes de mais, seja necessário possuir um olhar.

Álvaro Corrado percebeu: «A arte não é outra coisa senão a força de sugestão de um detalhe».

Fazer arte e apreciar arte depende, acima de tudo, da arte de olhar.

Olhar o detalhe é determinante!

publicado por Theosfera às 09:30

Muita falta faz, hoje em dia, a moderação.

Radicais não são apenas determinados desportos. Há quem queira ser radical na vida.

O problema é que há decisões radicais sem retorno. Daí que urja aprender a nobilitante arte da moderação.

Alfred Montapert aconselha: «Aprender a ser moderado é a essência do bom senso e da verdadeira sabedoria. No entanto o homem consegue descobrir processos e desenvolver métodos de fuga à moderação»!

publicado por Theosfera às 09:26

Aprender é para sempre. Mas quanto mais cedo se começar, melhor.

Shakespeare avisa: «Quem cedo e bem aprende, tarde ou nunca esquece. Quem negligencia as manifestações de amizade, acaba por perder esse sentimento»!

publicado por Theosfera às 09:22

Hoje, 12 de Janeiro, é dia de S. Modesto, S. João de Ravena, S. Bento Biscop, Sto. António Maria Pucci e Sta. Margarida de Bourgeoys.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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