O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 06 de Janeiro de 2015

 

  1. A esta hora, muitos presépios já foram desmontados.

A lição da manjedoura porventura já estará esquecida. Alguma vez terá sido aprendida?

 

  1. O Natal mostra que Deus, quando vem até nós, não corre atrás dos poderosos.

Está disponível para todos, mas não alimenta dúvidas acerca de quem está mais próximo: dos pequenos. Tudo o que for feito a eles é feito a Ele (cf. Mt 25, 40).

 

  1. A Igreja de Cristo só pode estar onde Cristo esteve, onde Cristo está: aberta a todos, mas ao lado dos pobres.

Há uma nova ordem que se inaugura. Na base não está o poder, está o amor. Não está o mando, está o serviço.

 

  1. Na missão, não convencemos apenas pelas palavras.

Aliás, ninguém será convencido pelas palavras se os gestos não estiverem em conformidade com elas.

 

  1. Como Jesus foi sempre a transparência do Pai — «quem Me vê, vê o Pai» (Jo 14, 9) —, não deveria a Igreja procurar ser sempre a transparência de Jesus?

Para tal, não basta ser o eco das Suas palavras. É fundamental procurar ser a reprodução das Suas atitudes, dos Seus gestos.

 

  1. Jesus é a Palavra feita vida e a vida feita Palavra. Palavra e vida estão plenamente sintonizadas em Jesus.

Num tempo em que se gritam tantas palavras, faz pena que a Palavra de Jesus seja remetida ao silêncio e atirada para o esquecimento. Se a memória ainda a guarda, a prática, muitas vezes, parece que não a acolhe.

 

  1. Ao desmontarmos o presépio, não atiremos para longe a manjedoura. Retenhamos a sua permanente lição.

A manjedoura é o certificado da humildade de Deus e o convite ao despojamento da Igreja.

 

  1. Deus não entra no mundo pela pompa. Deus vem pela simplicidade e pela pobreza.

Uma Igreja pobre será — sempre — a maior riqueza que teremos para oferecer.

 

  1. Estiquemos o Natal a todo o ano. Construamos um Natal para toda a vida. Não apaguemos a luz que Deus acendeu em nós.

Não eclipsemos o sorriso. Cubramos o cinzento dos nossos dias com a luz do presépio, com o encanto da manjedoura, com a paz de Belém.

 

  1. Deixemos brilhar, à nossa frente, a estrela da bondade. E deixemos, atrás de nós, um rasto de esperança.

Enfim, não arrumemos totalmente o presépio. Ele deixou de ser visível cá fora. Mas tem de continuar presente na nossa vida: aqui e agora!

 

publicado por Theosfera às 11:00

Até o que não se faz custa dinheiro.

O TGV não saiu do papel, mas terá custado 153 milhões de euros.

Talvez se trate, mais propriamente, de um DGV.

A bem dizer, trata-se de Dinheiro a Grande Velocidade, de Desperdício a Grande Velocidade!

publicado por Theosfera às 10:32

Era desejável que fosse a parte a ser vista desde o todo. Mas é inevitável que seja o todo a ser olhado desde a parte.

Acresce que a parte donde o todo se vê costuma ser a ambição, a ideologia, o interesse.

É por isso que aquilo que se ouve e que se lê raramente corresponde ao que se vê.

É preciso «limpar os óculos».

É fundamental deixar entrar a vida na nossa vida!

publicado por Theosfera às 10:27

Habitualmente, admiramos aquilo que não fazemos.

Já Chamfort pôs o dedo nesta ferida: «Admira-se o talento, a coragem, a bondade, as grandes dedicações e as provas difíceis, mas só temos consideração pelo dinheiro».

No fundo, tornamo-nos servos daquilo que nos deveria servir!

publicado por Theosfera às 10:21

O risco nunca nos deixou, mas agora parece que nos acompanha cada vez mais.

Ulrich Beck, que faleceu no pretérito dia 1, cunhou a expressão «sociedade de risco», para vincar a panóplia de perigos que nos envolvem.

Tais perigos foram sintetizados em «cinco cegueiras»: a «cegueira global», tipificada nas acções dos políticos que criam uma impotência política; «cegueira nacional», ou seja, excesso de confiança na acção no plano nacional; «cegueira neoliberal», que leva a acreditar que o neoliberalismo resolve tudo; «cegueira neomarxista», que consiste na insistência em princípios que impedem de ver o novo; «cegueira da ilusão tecnocrática», levando a trocar processos por resultados e menorizando a democracia e a liberdade.

Também se deve a Ulrich Beck a criação do conceito de «merkiavelismo», decalcado em «Merkiavel», que passará por um misto de Maquiavel e de Merkel.

A austeridade a todo o custo é vista como uma variável da máxima de que os fins justificam os meios.

O resultado não é promissor!

publicado por Theosfera às 10:13

Popularmente, este é o «Dia de Reis».

No país vizinho, trocam-se presentes, replicando assim o gesto dos magos.

 Se nos ativermos aos textos bíblicos, deparamos com uma grande parcimónia.

Fala-se de magos (no sentido de sábios), mas nada se diz quanto ao seu número nem se referem os seus nomes.

Diz-se que eram três por causa das prendas que levaram: ouro, incenso e mirra.

Curiosamente, há uma tradição que fala de um quarto que teria levado ao Menino um livro de sabedoria.

É também pela via tradicional que se alvitra a proveniência: Baltasar seria da Arábia, Gaspar da Índia e Melchior da Pérsia.

O seu túmulo encontra-se na Catedral de Colónia, mas não há certeza quanto à sua autenticidade.

publicado por Theosfera às 00:34

Hoje, 06 de Janeiro, é dia de Sto. André Bessette e Sta. Rafaela Maria.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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