O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 25 de Novembro de 2014

Morreu, há cem anos, com uma preocupação: «dizer a verdade». Mas não apenas a verdade agradável.

Para Charles Péguy, quando se diz a verdade deve dizer-se a verdade toda, incluindo «a verdade tola, a verdade aborrecida e a verdade triste».

Hans Urs von Balthasar alçou-o à condição de um dos maiores génios religiosos de sempre.

Charles Péguy não se considerava um santo, «mas um pecador bom». E, para ele, «ninguém é mais competente do que o pecador em matéria de Cristianismo».

Poucos como Charles Péguy poetaram tão belamente a esperança.

Achava ele que não é a fé que espanta Deus. Também não é a caridade, porque «a pobre humanidade é tão infeliz que, a menos que tivesse um coração de pedra, não podia deixar de praticar entre si a caridade».

A esperança, sim. A esperança espanta Deus: «Que essas pobres crianças vejam como tudo acontece e acreditem que amanhã será melhor. Que elas vejam o que se passa hoje e acreditem que amanhã de manhã será melhor. Isso é espantoso e essa é a maior maravilha da nossa graça».

Há muitos motivos para ter fé. Há muitas razões para praticar a caridade.

Mas que motivação poderá haver, num mundo como o nosso, para ter esperança? «A esperança é uma menina que parece não ser nada».

Para acreditar, «basta deixar-se ir, olhar é o bastante». Para não acreditar, «é preciso tapar olhos e ouvidos».

Para amar o próximo, «basta-nos deixar acontecer a vida, basta olhar à nossa volta o infortúnio». Para não amar o próximo, «é preciso tapar os olhos e os ouvidos à multidão dos gritos de infortúnio».

Mas a esperança «não caminha sozinha. Para esperar, é preciso que a gente se sinta muito feliz. É preciso que a gente tenha recebido uma grande graça».

Nunca foi fácil a esperança. É cada vez mais difícil a esperança.

«A fé vê o que é», «a caridade ama aquilo que é», «a esperança vê o que será e ama o que será». Ou seja, «a esperança vê o que ainda não é e o que será, ama o que ainda não é e o que será».

A esperança não é o que termina; a esperança «é aquela que sempre recomeça».

Enfim, a esperança nunca morre para nós. Não nos deixemos morrer para a esperança.

Levantemo-nos quando ela (nos) quiser despertar!

publicado por Theosfera às 11:19

Uma sensação de fim começou a pairar sobre o mundo.

Não é só o normal fim do dia, fim do mês, fim do ano ou até fim da vida.

De há uns tempos para cá, começámos a ouvir falar do fim da história (Francis Fukuymana).

E, agora, há quem não hesite em falar do fim das possbilidades (Jean-Pierre Sarrazac). Não se trata de uma ausência de futuro, mas do advento de um futuro sem esperança.

É preocupante, sem dúvida.

Mas, quanto à ideia de fim, eu prefiro continuar a pensar no fim do impossível.

Em Jesus, o impossível rebentou à nossa frente: tornou-se possível.

Não deixemos de acreditar. Levemos a esperança até às funduras da vida e até às alturas do sonho.

O melhor estará para vir?

publicado por Theosfera às 10:18

Muitas vezes e de muitos modos, o convento me visitou como um sonho, uma aspiração e uma real possibilidade.

Fui, entretanto, recebendo sinais de que Aquele que de mim dispõe como (único) Senhor tinha outros planos.

Cada vez que achava «é agora», lá vinha uma indicação de que ainda não era chegado o momento.

Nestes últimos tempos, porém, o sonho reacendeu-se e a vontade tem voltado a crescer.

Não, não é para fugir. É para melhor reencontrar.

Se pensarmos bem, o mundo é que anda a fugir de si. A humanidade teima em mostrar-se pouco humana.

Talvez o mundo possa ser reencontrado onde o silêncio alimenta a palavra.

Continuo à escuta e à espera. Que a Sua vontade se faça.

Sou d'Ele!

publicado por Theosfera às 10:07

Ontem, como hoje, o país estava dividido. Mas, ao menos, mostrava-se mobilizado.

Não se vivia melhor que hoje. As condições de sobrevivência até eram mais complicadas.

Mas sentia-se que o melhor podia chegar. Hoje, parece que estamos à espera do pior.

Naquele tempo e apesar das dificuldades, o país acreditava que podia melhorar. Hoje, já interiorizamos que tudo vai piorar.

Em 1975, o Verão já tinha sido quente. O Outono continuava cheio de calor com a temperatura política a superar, de longe, a temperatura ambiente.

Há 39 anos ninguém se mostrava conformado. E nem os vencidos desistiam.

publicado por Theosfera às 05:38

Hoje, 25 de Novembro (133º aniversário do nascimento de S. João XXIII), é dia de S. Tomás de Vila Nova, Sta. Catarina de Alexandria, Sta. Beatriz, S. Luís Beltrame e Sta. Maria Beltrame Quatrocchi.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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