A Escatologia trata das «eschata» e do «eschaton». Ela transita entre as coisas últimas e o último.
As coisas últimas são os novíssimos: morte, juízo, inferno ou paraíso.
O último é uma pessoa (Jesus Cristo) ligada a um acontecimento (a Salvação) e a uma atitude (a Esperança).
É fundamental preparar as coisas últimas a partir do último. Por isso é que, como advertia Moltmann, a Escatologia consiste também numa meditação sobre a esperança.
E daí que a Escatologia não deva vir no fim, devendo figurar desde o princípio.
Toda a mensagem cristã é escatológica. Caminhamos para as coisas últimas vivendo sob a inspiração do último.
Deste modo, a Escatologia constitui um poderoso impulso para a transformação do presente.
O presente tem de ser a imagem e a antecipação do futuro. É a partir do futuro que vivemos. Do futuro que não sucede ao presente, mas do futuro que o transforma, que o preenche, que o plenitudiza.
E quanto ao fim do mundo?
Há um mundo que deve ter fim: o mundo do egoísmo, o mundo da injustiça, o mundo da austeridade, o mundo da mentira.
A esse mundo cabe-nos a nós pôr fim. Quanto antes!