O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 04 de Novembro de 2014

 

  1. Parece que foi ontem e já lá vão 25 anos. O Muro de Berlim, que se afigurava inderrubável, foi derrubado.

Afinal, o poder da vontade sempre levou a melhor sobre a vontade do poder.

 

  1. A 9 de Novembro de 1989, nascia uma cidade transfigurada, uma Europa renovada e a promessa de um mundo melhor.

Era um povo que se reunificava. Era o ideal de uma Europa unida que ficava mais perto. E era, finalmente, o sonho de uma humanidade reconciliada que parecia mais próximo.

 

  1. A História, ao contrário do que insinuava Francis Fukuyama, não chegava ao fim. Mas estava à beira de se reencontrar com o seu fim.

Se o fim da História é a reconciliação e a paz, então a História dava a impressão de ter redescoberto o seu fim: o seu fim sonhado, o seu fim sofrido, o seu fim chorado…

 

  1. Era compreensível a alegria. Mas nunca seria recomendável qualquer onda de euforia.

Uma importante conquista fora assegurada. Mas nenhuma vitória poderia ser definitivamente garantida.

 

  1. Um muro caiu, mas outros muros se perpetuavam.

Já não haverá muros a separar países. Mas continua a haver persistentes muros a separar pessoas dentro de cada país.

 

  1. Têm desaparecido fronteiras entre povos, mas mantêm-se muitas barreiras entre as pessoas.

O muro que separa poder e cidadãos não pára de crescer. O muro que separa ricos e pobres não cessa de aumentar.

 

  1. Uma ideologia terá, simbolicamente, colapsado com a queda do Muro.

Mas a ideologia que — também simbolicamente — triunfou pouco tem mostrado para convencer, para cativar.

 

  1. A Europa deixou de ter uma causa. Após o deslumbramento, veio o desencantamento.

Aliás, por essa altura fomos avisados, via Lipovetsky, da chegada da «era do vazio». Hoje parece que estamos em pleno «apogeu do vácuo».

 

  1. Onde o nada se impõe, tudo se decompõe. E assim vamos oscilando entre a pressão consumista e a ameaça terrorista.

Da «egolatria» (idolatria do eu) à «alterofobia» (desprezo pelo outro) o passo é pequeno e o risco é muito grande.

 

  1. Não estamos no fim da História do Mundo. Será bom que, como sugere Anin Maalouf, nos sintamos «no fim da Pré-História da Humanidade».

O futuro será diferente do passado. Que ele possa ser muito melhor que este nosso presente!

 

publicado por Theosfera às 10:43

Função do político devia ser compreender. Mas essa parece a sua maior falha.

O político tem dificuldade em compreender. E, pior, sente que não é compreendido.

O político lamenta que o povo não conheça o trabalho que faz. O povo lamenta que o político não conheça a vida em que se encontra.

Alguma vez será possível superar esta incompreensão mútua?

publicado por Theosfera às 10:35

Comunicar devia ser para transmitir. Mas, muitas vezes, é sobretudo para ocultar.

Nunca se comunicou tanto como hoje. E, talvez, nunca se esteja a ocultar tanto como hoje.

Paul Ricoeur notou: «Não pode haver uma totalidade da comunicação. A comunicação seria a verdade se ela fosse total».

A comunicação devia ser para tirar os véus que se colocam sobre o real. Mas, quase sempre, ela lança ainda mais véus sobre a existência.

Comunicar devia ser sempre desvelar. Mas alguém nota que haja desvelo na comunicação?

publicado por Theosfera às 10:25

Nietzsche sentenciou que «não há factos, apenas interpretações.

Não seria tão assertivo. Há factos e há interpretações.

O problema é, muitas vezes, só temos acesso às interpretações. E estas raramente coincidem com os factos!

publicado por Theosfera às 10:04

E porque os melhores educadores são os santos, eis uma preciosa recomendação de S. Carlos Borromeu: «Se queremos conseguir qualquer progresso no serviço de Deus devemos começar cada dia da nossa vida com nova determinação»!

publicado por Theosfera às 09:45

Hoje, 04 de Novembro, é dia de S. Carlos Borromeu, S. Vital e Sto. Agrícola.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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