O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 20 de Outubro de 2014

 

  1. No início, o tempo parece que não anda. Depois, notamos que o tempo passa. De seguida, verificamos que o tempo corre. Finalmente, vamos percebendo que o tempo voa.

A partir de certa altura, quando olhamos para trás, ficamos com sensação de que tudo decorreu a uma grande (a uma enorme) velocidade. E quando o último dia se aproximar, chegaremos à conclusão, como reza a sabedoria judaica, de que «só vivemos um único dia».

 

  1. Sim, a nossa viagem pelas estradas do tempo ocorre num único dia. Trata-se de um dia que pode incluir muitos anos. Só não sabemos quando chega o ocaso.

Mas a última hora será também o primeiro instante. Uma porta se fecha. Outra porta se abrirá. A eternidade espera por nós. Ela já nos vai visitando no tempo.

 

  1. Em cada instante, há gente a nascer e gente a morrer. Há gente que chega e gente que parte. Há gente que chora e gente que ri. Há gente que reencontra o que parecia perdido. E que vê reacender-se a luz que parecia (irreparavelmente) apagada.

Muito ânimo, pois. Quando tudo parecer perdido, não perca a esperança. Enquanto há esperança, há vida.

 

  1. Com os grandes, as pessoas tendem a ser como lhes convém.É com os pequenos que as pessoas mostram o que são.

É por isso que, se quer conhecer alguém, não pergunte aos grandes; fale com os pequenos. O maior conhecimento está em baixo. É para lá que devemos olhar.

 

  1. Os sábios deviam ter poder. Os poderosos deviam ser sábios. Porém, esta parece ser uma combinação impossível.

Albert Einstein deu conta: «A tentativa de combinar sabedoria e poder só raramente foi bem sucedida e por pouco tempo». É uma lacuna grave. Não só política. Mas também cívica.

 

  1. Muito questionamos a acção de alguns. Mas não nos devíamos preocupar mais com a inacção de tantos?

O Padre António Vieira, sempre conspícuo nas suas formulações, avisou-nos: «Pelo que fizeram, se hão-de condenar muitos; pelo que não fizeram, todos».

 

  1. «O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflecte». Aristóteles estava certo. Quem muito fala não é quem mais sabe. A sensatez é o ápice da sabedoria.

A sabedoria que não é sensata desmantela-se por ilusão, por gula. Só a prudência dá saber ao sábio.

 

  1. A força do hábito tanto pode robustecer a vontade como obscurecer a lucidez. A certa altura, fazemos as coisas por rotina não cuidando de saber se é bem ou mal o que estamos a fazer.

Há mais de 50 anos, João de Araújo Correia assinalava que, nos enterros, «só o morto é que se porta bem. O vivo conversa e gesticula pelos cotovelos. Faz parlamento do acompanhamento. E chama-lhe funeral». O que ele diria hoje? Já estaria habituado ao ruído?

 

  1. Qual é a diferença entre o homem insensato e o homem prudente? Dizia Aristóteles: «O homem prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz».

Eis o que falta, hoje. Eis o que urge. Hoje e sempre.

 

  1. Os amigos das horas difíceis não são os melhores.

São os únicos.

 

  1. Viva este momento como se fosse o primeiro momento da sua vida, como se fosse o último momento da sua vida, como se fosse o único momento da sua vida. Daqui a um minuto, tente pensar o mesmo. Daqui a dez minutos, procure pensar o mesmo. Daqui a dez anos, não deixe de pensar o mesmo.

E procure viver cada momento como se fosse o único momento. Porque, de facto, cada momento é único!

 

 

 

 

publicado por Theosfera às 21:10

É próprio da lei orientar e regular. Mas é indigno de uma lei oprimir.

Impõe-se distinguir. Há leis que asfixiam a liberdade das pessoas. Há leis que salvaguardam a liberdade das pessoas.

Há leis que sufocam e há leis que libertam.

Há quem pense que a liberdade é uma invenção moderna. Importa, porém, reconhecer, em nome da verdade e como tributo à justiça, que, na sua génese, o Cristianismo é uma celebração da liberdade: «Foi para a liberdade que Cristo nos libertou»(Gál 5, 1).

Que nem sempre os seguidores de Cristo tenham conseguido transparecer a liberdade de Cristo é um facto. Mas que o Cristianismo é um evento de liberdade é também uma evidência.

Leonard Liggio, recentemente falecido, sempre o reconheceu. Basta pensar na exigência de liberdade ante a obrigação de «adorar os deuses da cidade».

Tal significa que o Estado não pode ser absoluto. Tem limites para a sua actuação.

Há decisões que são apenas (e sempre) para a consciência!

publicado por Theosfera às 10:02

A ingratidão medra no egoísmo. O ingrato acaba por ser um «egopata».

Acha que só tem direitos, esquecendo que também tem deveres. Desde logo o dever de agradecer.

Como referia Muslan-Al-Din Saadi, «o coração ingrato assemelha-se ao deserto que sorve com avidez a água do céu e não produz coisa alguma».

Ou, melhor, produz. Produz tempestades de ingratidão. E temporais de mágoas!

publicado por Theosfera às 09:37

Hoje, 20 de Outubro, é dia de S. Maria Bertila Boscardin, S. Contardo Ferrini, Sta. Iria, S. Caprásio e Sta. Madadelena de Nagasaky.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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