Coisa estranha. Acontece à nossa frente e nós nem reparamos ou protestamos.
A vigilância da vida das pessoas já não é feita por forças policiais. Passou a ser feita por outras pessoas.
Pessoas vigiam pessoas. Pessoas controlam pessoas. Pessoas policiam pessoas.
Quando era o poder a controlar, notávamos que estávamos em ditadura.
Quando são as pessoas a devassar pessoas, tecemos loas à liberdade.
Em muitos casos, nem sequer debatemos ideias, apenas batemos em pessoas.
Afinal, há quem só pense na liberdade a partir de si. Esquecemos que a liberdade, bem sublime, é a arte da conjugação.
O outro também é livre. O outro também deve ser respeitado. E, depois, quem de nós não tiver pecado, que atire a primeira pedra (cf. Jo 8, 7).
Se pensássemos mais no que disse o Mestre dos mestres, as pedras ficariam todas no chão!