As pessoas sentem necessidade de falar. Mas não têm grande vontade de escutar.
Como todos estão ocupados a falar, como há-de haver tempo para ouvir e disponibilidade para acolher?
Resultado: nunca se falou tanto, nunca se terá comunicado tão pouco.
Se ninguém houve, para quê falar?
Há um deslizante descontrolo neste campo. Por vezes, diz-se o que não se deve e fala-se onde não se pode.
O ruído, à força do estrondo e da banalização, está a ameaçar a comunicação. Não deixemos que a mate.
Perfumemos o diálogo com o silêncio. Temperemos a palavra com a escuta!