O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 30 de Junho de 2014

Diante do avanço do mal, como proceder? Como sustê-lo?

Optar pela indiferença não podemos. Seria ser conivente com o mal.

Entrar em choque não devemos. Seria contribuir, ainda que involuntariamente, para o alastramento do mal. Mal com mal não elimina o mal; acrescenta mal.

Há uma terceira via, a única via. Trata-se da alternativa.

Quando não há condições para ajudar a vencer o mal, o melhor é seguir um caminho diferente. Sem nunca desistir!

publicado por Theosfera às 10:19

1. O mundo sofre não apenas pela acção dos maus. Sofre também pela inacção dos bons.

Luther King lamentava-se, testeficando que aquilo que o penalizava não era o grito dos maus, mas o silêncio dos bons. Voltaire perguntava: «Não será uma vergonha que os fanáticos sejam zelosos e que os sábios se desmazelem?»

 

2. A mediocridade é atrevida, gosta de tomar a iniciativa. É por isso que, muitas vezes, a sabedoria não surte. Quando chega, o espaço já está ocupado.

A sabedoria tem de fazer um trabalho humilde. Tem de ir para o terreno. Tem de se mostrar convincente e cativante.

 

2. A violência não é um exclusivo de sociedades pouco desenvolvidas. Pierre La Rochelle até dizia que «a civilização extrema gera a barbárie extrema».

As guerras mundiais do século XX envolveram povos que primavam por índices culturais acima da média. O deslumbramento e a arrogância deitam por terra aquilo que, a pulso, se conquistou. Não há civilização verdadeira sem humildade, sem respeito pelo outro.

 

3. Há sorrisos que escondem muita infelicidade. E há lágrimas que até encobrem muita felicidade.

É sempre difícil avaliar os outros e avaliarmo-nos a nós. Acabamos sempre por mostrar não o que o que os outros são, mas o que nós somos.

 

4. O importante é que, por incúria ou simples inércia, não sejamos causadores de infelicidade para ninguém.

Se quisermos imprimir alguma coisa nos outros, que a nossa única impressão seja um pouco de felicidade à nossa volta. Um pouco de felicidade já é muito.

 

5. Confiar é uma aposta aliciante, mas também um investimento arriscado.  Há muitas oscilações que podem gerar turbulências e provocar combustões.

No entanto, há dois extremos que são de evitar. Séneca identificou-os. Tão errado é confiar em todos, como não confiar em ninguém. Há sempre quem mereça a nossa confiança. A vida, com a sua sabedoria, vai fazendo a triagem. E oferecendo-nos as provas.

 

6. Há muitas formas de nos relacionarmos. A ler também nos podemos conhecer. A ler podemos conhecer não apenas palavras e conceitos, mas também as pessoas que nos fornecem tais palavras e conceitos.

A ler até nos podemos tornar amigos de quem escreve. Era, pelo menos, o que pensava Hermann Hesse: «Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo».

 

7. Em tudo há um misto de revelação e ocultamento. Nunca somos totalmente transparentes. Nunca conseguimos ser plenamente opacos.

Nadine Gordiner reconhecia que «a poesia é, ao mesmo tempo, um esconderijo e um altifalante».

 

8. Fica sempre algo por dizer mesmo quando tudo queremos comunicar. E subsiste sempre algo dito mesmo quando nos recusamos a falar.

Grande mistério é a nossa vida. Profundo mistério somos nós, cada um de nós.

 

9. Não se deixe abater. Há qualquer coisa de surpreendentemente belo que (lhe) pode acontecer.

As suas lágrimas não caem em vão.

 

10. Felizes os que têm a coragem de chorar. E de não esconder as lágrimas. Felizes os que são sinceros. Podem não parecer felizes. Mas também não é isso o que querem: parecer.

Há lágrimas que, sulcando mágoas, afagam uma felicidade intensa que mora no fundo!

 

 

publicado por Theosfera às 08:27

Miséria grande é nada ter. Mas miséria maior é nada compreender.

Já Florbela Espanca confessava: «Se penetrássemos o sentido da vida, seríamos menos miseráveis».

A chave é Jesus. Só em Jesus compreendemos. Só em Jesus nos compreendemos.

Sem Ele, nada. Com Ele, tudo!

publicado por Theosfera às 07:59

Jesus é o médico e o medicamento, a cura e o curador, o Evangelho e o Evangelizador, a Revelação e o Revelador, a Salvação e o Salvador.

Ele devolve a vida a quem sente perder a vida. Ele é a saúde para quem está doente. Ele é o sentido que paira sobre o sem-sentido em que andamos.

«Basta que tenhas fé», diz-nos.

Esta fé, entrelaçada com a esperança e emoldurada pelo amor, conseguirá mudar, mudar-nos!

publicado por Theosfera às 00:03

Hoje, 30 de Junho, é dia dos Primeiros Mártires da Igreja de Roma, S. Raimundo Lulo, S. Januário Sarnelli e S. Marçal.

Este último, padroeiro dos bombeiros e invocado contra os incêndios, é apontado como sendo uma das crianças que Jesus afagou ou como podendo ser aquele rapaz que apresentou a Jesus os cinco pães e dos dois peixes para a multiplicação.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:01

Domingo, 29 de Junho de 2014

A Selecção queria os oitavos, pensava nos quartos, projectava as meias e sonhava com a final.

Tudo certo, tudo correcto.

Faltou, porém, uma coisa: apostar nos meios para lá chegar.

Não basta ter um óptimo futebolista e um grupo de bons jogadores.

Era fundamental formar uma equipa e colocar a bola no sítio certo.

Admitimos que era isso o que se queria. Mas, infelizmente, não foi isso que se viu.

Talento não falta a Portugal. Talvez tenha faltado tudo o resto.

E é assim que, agora, assistimos ao desfile de selecções que, porventura com menos talento, mostram mais objectividade e maior organização.

Seremos capazes de aprender?

publicado por Theosfera às 08:38

Não há pior dor do que ver uma ideia caída, um sonho desfeito, um projecto bloqueado, uma disponibilidade ignorada.

Já dizia Sophia que «nunca choraremos bastante quando vemos o gesto criador ser impedido».

Há quem seja especialista em cortes, em cortar, sobretudo em cortar asas.

Que nos restará além de chorar? Persistir. E nunca desistir.

Os que fazem cair também acabarão por tombar. E serão as lágrimas que agora choram a estender-lhes a mão.

publicado por Theosfera às 08:14

Mais escolas vão fechar.

A avaliar pelas reacções, parece que o problema é apenas de cada terra que fica sem escola.

Quando outras escolas fecharam, não se ouviram as vozes que agora se ouvem.

As vozes que, então, se ouviram já foram caladas.

Agora, falam estas. Mas a palavra do poder acaba por subjugar o poder da palavra.

Esta questão não devia ser localizada como se fosse um exclusivo de cada terra.

Este é um problema global, do país.

Antes da decisão, devia haver uma reflexão global, englobante. Mas a reacção após a acção não impede a decisão.

Resta-nos penar?

publicado por Theosfera às 08:09

Hoje, 29 de Junho, é dia de S. Pedro. Mas também é dia de S. Paulo.

 

Percebe-se que S. Pedro seja, digamos, mais popular. O Papa é o sucessor de Pedro, bispo da cidade onde Pedro morreu.

 

Mas S. Paulo não é menos importante. E o próprio Pedro apelava para a autoridade de Paulo sobretudo como sistematizador da mensagem de Jesus Cristo.

 

As cartas que escreveu constituem a alavanca primigénia do património doutrinal do Cristianismo.

 

Pedro foi sempre reconhecido como o primeiro dos apóstolos. Mas esta primazia foi sempre exercida como uma emanação do amor.

 

Após a ressurreição, Jesus como que testa o amor do seu discípulo.

 

Isto serve para dizer que a fé é inseparável do amor. E da esperança, aliás.

 

A Igreja sempre se sentiu a respirar por estes dois pulmões.

 

É fundamental reaprender incessantemente a lição que as suas vidas doadas nos oferecem.

publicado por Theosfera às 00:47

Hoje, 29 de Junho, é dia de S. Pedro e S. Paulo, S. Cásio, Sta. Emma e S. Siro.

S. Pedro é padroeiro dos serralheiros, dos sapateiros, dos ceifeiros e dos mareantes.

S. Paulo é padroeiro dos cordoeiros e é invocado contra o granizo e as mordeduras das serpentes.

É neste dia que o Papa costuma oferecer o pálio aos arcebispos recentemente nomeados. Tal pálio é confeccionado com pele de cordeiro. Os cordeiros costumam ser oferecidos na festa de Sta. Inês, 21 de Janeiro.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 28 de Junho de 2014

Há quem viva de esquemas e pilote a mentira.

Há quem minta com arrepiante competência e aflitiva serenidade.

Como diz José Luís Peixoto, há quem minta até ao dizer que mente.

Mas, atenção, até o mais forte edifício pode abrir uma brecha. E todas as máscaras acabam por cair.

Já dizia Sófocles que «nenhuma mentira chega a envelhecer»!

publicado por Theosfera às 13:18

Hoje em dia, há muito ruído, muitos sons, muitas palavras. Haverá muita comunicação?

Nem sempre se fala do que se sabe. Nem sempre se sabe do que se fala.

Goethe advertia: «Cada um, só porque fala, julga também saber falar da linguagem».

Do julgar saber até saber vai uma distância muito grande. Às vezes, intransponível.

Não raramente, bem fala quem muito cala!

publicado por Theosfera às 13:17

Ele acha engraçado, engraçadíssimo.

O partido que, segundo ele, se prepara para ganhar discute o líder.

Já o partido que, de novo segundo ele, se apresta para perder, não discute nada.

Não sei onde está a graça. O que existe são jogos de poder.

Afinal, todos querem ficar com a vitória. Mas com uma derrota quem deseja ficar?

Acontece que os passos estão trocados. O que devia contar era o país. E quando se luta pelo país, ninguém perde, ainda que alguns não ganhem.

Não perde quem tem menos votos. Só perde quem não tem ideias nem ideais!

publicado por Theosfera às 13:15

Manhã de chuva, vento e algum frio.

Aí está um dia de Verão com cara de Outono a tombar para o Inverno.

Há estações do ano que são como algumas pessoas. Têm muitas caras.

Nem sempre mostram o que são. Nem sempre são o que mostram!

publicado por Theosfera às 13:14

Hoje é dia de Sto. Ireneu, teólogo eminente e mártir do Evangelho de Cristo.

 

Queria, desde já, chamar a atenção para a beleza e para a pertinência do seu nome. Irene, em grego, significa paz. Ireneu é alguém pacífico.

 

Este santo, apesar das controvérsias em que se viu envolvido, nunca se deixou subtrair ao programa ínsito no seu nome.

publicado por Theosfera às 00:04

Hoje, 28 de Junho, é dia do Imaculado Coração de Maria, Sto. Ireneu, S. Leão III e S. Nicolau de Charmetsky e seus companheiros mártires.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 27 de Junho de 2014

Dizem que a língua portuguesa faz, hoje, 800 anos.

É claro que a língua já se falava antes de 1214. Mas é deste dia nesse ano que data o primeiro documento escrito de que há conhecimento.

Trata-se do testamento do rei D. Afonso II.

A melhor homenagem à nossa língua passa pela leitura, pela escrita e pela fala.

Procuremos, pois, ler muito, escrever bastante e falar bem em Português!

publicado por Theosfera às 10:14

Temos o que merecemos?

Paulo Bento acha que sim e Albert Einstein parece assinar por baixo: «O nosso destino está de acordo com os nossos méritos».

Tenho dúvidas, porém.

Já vi gente com mérito não ter reconhecimento. E, vice-versa, já vi gente vitoriada sem fundado mérito.

Há quem tenha menos do que merece. Há quem mereça mais do que tem.

Enfim, há muitas curvas na relação entre mérito e reconhecimento!

publicado por Theosfera às 09:55

Hoje, 27 de Junho (Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes), é dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, S. Ladislau, S. Cirilo de Alexandria e Sta. Luísa Teresa de Montaignac de Chauvance.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 09:34

Quinta-feira, 26 de Junho de 2014

É sempre assim. A muita expectativa segue-se, habitualmente, muita decepção.

Talvez não fôssemos tão bons como pensávamos ser antes do Mundial.

Certamente não somos tão maus como alguns julgam, agora que saímos do Mundial.

A Selecção é melhor do que estes resultados. A Selecção é capaz de muito mais.

Nota-se que alguns jogadores não estavam bem. As lesões foram muitas.

O melhor jogador fez um golo em três jogos, quando Messi, Mueller e Neymar já levam quatro cada.

Quando uma equipa não funciona, costumam funcionar as grandes figuras.

Nem isso aconteceu.

Mas há que olhar em frente.

Foi pena esta oportunidade desperdiçada. Era bonito que Portugal chegasse longe no Brasil, onde há tanto sangue português.

Não foi possível. Há mais conquistas para conquistar no futebol. E há mais vida para lá do futebol!

publicado por Theosfera às 21:18

É importante o pensamento. É fundamental a acção. E é decisiva a interacção entre o pensamento e a acção.

O pensamento só é fecundo quando desagua na acção. A acção só tem sustentação quando assenta no pensamento.

O problema, hoje, é que estamos mergulhados numa espécie de bloqueio: há acção que não pensa e há pensamento que não age e mal reage.

Daí a pertinência do apelo de Thomas Mann: «Pensai como homens de acção, actuai como homens pensantes».

É o que falta. É o que urge!

publicado por Theosfera às 10:26

Hoje, 26 de Junho, é dia de S. João e S. Paulo (mártires do século IV), S. Pelágio ou Paio e S. Josemaria Escrivá de Balaguer.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:02

Quarta-feira, 25 de Junho de 2014

«Suportar é mais difícil que atacar».

 

Assim escreveu (magnificamente) S. Tomás de Aquino.

 

Por isso é que, como defendia o bom Papa João, o remédio da misericórdia é mais necessário que o da severidade.

 

Será que a severidade alguma vez é remédio?

 

Onde há violência não há competência.

 

Quem recorre à razão da força é porque não encontra força na razão.

 

A força da verdade não é exógena; é endógena. Mora nela mesma.

 

Seja pacificante.

publicado por Theosfera às 11:22

O bom jogador é o que faz o que se espera.

O jogador excelente é o que faz o que poucos fazem.

O jogador genial é o que faz o que (praticamente) ninguém imagina.

Este Mundial tem confirmado muitos bons jogadores.

Os últimos anos têm revelado jogadores excelentes: Cristiano Ronaldo, Messi, Neymar.

Mas quanto a jogadores geniais, ainda vivemos de recordações.

Quando é que o trono de Pelé e Maradona voltará a ter outro(s) ocupante(s)?

publicado por Theosfera às 10:29

A esperança nem sempre vence. Mas nunca desiste.

As vitórias da esperança nunca são fáceis. A realidade tem um peso muito grande.

Daí que Georges Bernanos tenha assinalado que «a esperança é a maior e a mais difícil vitória que um homem pode ter».

Mas o mais difícil pode acontecer!

publicado por Theosfera às 10:16

O argumentário já está a ser difundido. E já se dá por acontecido o que ainda falta acontecer.

Afinal, dizem, à Selecção falta qualidade, sobra fadiga e mingua adaptação.

É estranho.

Como falta qualidade a uma Selecção que tem jogadores ornados com a Liga dos Campeões e a Liga Europa e que, há dois anos, ficaram nos quatro primeiros lugares no Europeu?

Uma Selecção sem qualidade pode estar no quarto lugar do «ranking» da FIFA? Não.

Mas uma Selecção com qualidade pode ser eliminada na fase de grupos? Claro que pode. Basta olhar para a Espanha, a primeira classificada desse «ranking».

Acerca da fadiga, os jogadores de outras selecções tiveram épocas igualmente fatigantes e alguns mostram-se aqui em grande forma: Messi, Neymar, Martínez, Robben, etc.

No que toca à adaptação, é quase irónico. Se alguém devia estar em condições de se adaptar a terras brasileiras eram os portugueses.

Tudo isto é prematuro, porém. Afinal, ainda falta uma jornada.

E se Portugal vencer? E se Portugal passar?

É altamente improvável. Mas alguém pode garantir que seja impossível?

publicado por Theosfera às 10:07

Hoje, 25 de Junho, é dia de S. Próspero de Aquitânia, S. João de Espanha e S. Guilherme de Vercelli.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:06

Terça-feira, 24 de Junho de 2014

 

1. Francisco é um nome que respira paz. Mas, há cem anos, tornou-se um nome que pretextou guerra.

 

Não faltaram previsões nem escassearam avisos. As previsões mostraram-se erradas. Os avisos revelaram-se pertinentes.

 

 

 

2. No início do século XX, Alfred von Schlieffen previa que uma futura guerra seria rápida. Viu-se, depois, como estava errado.

 

Já o embaixador sérvio em Viena avisou o governo austríaco para o sério risco de um atentado contra o arquiduque Francisco Fernando, que queria visitar a Bósnia. Viu-se, logo a serguir, como estava certo, terrivelmente certo.

 

 

 

3. Só que o aviso não foi atendido.

 

O atentado foi cometido a 28 de Junho de 1914. E, um mês depois, a guerra começou.

 

 

 

4. Tratava-se de uma guerra temida, mas até certo ponto não esperada.

 

Segundo Margaret Macmillan, na História, há poucas coisas inevitáveis. E, como percebeu John Keynes, o inevitável nem sempre acontece.

 

 

 

5. Há cem anos, os povos estavam armados. Mas poucos achavam que as armas fossem usadas, muito menos numa escala como esta.

 

Presumia-se que ninguém iria dar um passo tão temerário levando o mundo a trilhar caminhos tão ínvios.

 

 

 

6. Acontece que, por estranho que pareça, é próprio dos fracos recorrerem à força. À falta de outras forças, usam a força.

 

E, há um século atrás, as lideranças na Europa eram fracas. Faltava-lhes coragem para resistir. E faltava-lhes ousadia para propor. Enfim, não tiveram força para se opor à força.

 

 

 

7. Os líderes fortes conduzem os acontecimentos. Os líderes fracos limitam-se a ser conduzidos pelos acontecimentos.

 

E foi assim que, quase sem saber como, o mundo foi atirado para uma guerra: não uma grande guerra, como ficou conhecida. Mas uma guerra grande: comprida e muito penosa.

 

 

 

8. Oficialmente, terminou em 1918. Mas na realidade só viria a acabar em 1945.

 

As duas guerras mundiais formaram um contínuo (e um crescendo) de violência, ódio e ressentimento a que só muito tardiamente se pôs fim.

 

 

 

9. Neste momento, sentimos que 2014 rima perigosamente com 1914.

 

O clima é igualmente beligerante. Parece que as partes estão à espera de um qualquer rastilho que se acenda.

 

 

 

10. Hoje em dia, nenhum lugar fica longe. Já não há guerras civis. Qualquer guerra local pode transformar-se rapidamente numa guerra mundial.

 

Não repitamos o passado. Mas não deixemos de aprender com ele. Como dizia Mark Twain, «a história não se repete, mas rima». E está sempre a ensinar!

 

publicado por Theosfera às 11:41

A morte é o desfecho da vida. A vida é uma resistência à morte.

A vida obtém muitas e grandes vitórias. A morte, por sua vez, só alcança um triunfo.

Mas basta-lhe esse. O triunfo final supera as derrotas anteriores.

Não desfaleçamos, porém.

Nem tudo termina com a morte. Muito (re)começa a partir da morte: a vida sem fim.

Cristo inaugura o fim sem fim!

publicado por Theosfera às 10:36

Hoje celebra-se o nascimento de um homem importante. De um homem gigante na humildade, inexcedível na dedicação, insuperável na simplicidade.

João Baptista é modelo de coragem, exemplo de integridade, paradigma de carácter irrepreensível e de uma vértebra inquebrantável.

Era-lhe fácil capitalizar a popularidade de que desfrutava. Difícil seria abdicar de si e apontar para alguém, vivendo em função da sua chegada.

Mas foi a opção que tomou e a escolha que fez.

O calculismo não fazia parte do seu temperamento.

As convicções ditaram as suas posições. Inclusive a última. A mais delicada. A que lhe valeu o martírio.

Mas nem diante da autoridade vacilou.

Que fomos nós ver ao deserto?
publicado por Theosfera às 10:21

Às vezes, parece que as estações saltam.

Foi-se a Primavera e parece que não veio o Verão. Em vez de avançar, recuou.

Parece que passamos da Primavera para o Inverno.

Eis um sintoma, eis um sinal.

Muito se falou, em tempos, de uma promissora Primavera Árabe.

Mas aqueles que a saudaram vêem-se mergulhados numa invernia ainda mais cavernosa que o deposto Inverno!

publicado por Theosfera às 10:14

A amizade pode morrer?

Não. A amizade nunca pode morrer.

Já Florbela Espanca notou que «a amizade é o maior sentimento que não morre».

O problema é que, em muitos casos, a amizade pode nem sequer chegar a nascer.

Às vezes, corremos o risco de tomar a realidade pela mera aparência. E o que, frequentemente, morre é a aparência da amizade.

Mas essa morte acaba por ser uma descoberta. Afinal, o que se pensava ser não era.

Não havia amizade. Havia aparência!

publicado por Theosfera às 10:05

S. João Baptista, cujo nascimento hoje celebramos, era austero, mas não austeritário. Ou seja, vivia a austeridade na sua vida, mas não a impunha aos outros.

Era exigente consigo, mas indulgente com os outros.

É claro que denunciava os excessos e a ostentação. Pugnava pela sobriedade nas palavras e nos gestos.

Eis uma diferença que importa anotar. Hoje em dia, não falta quem imponha a austeridade. Mas para os outros...

publicado por Theosfera às 00:03

Este era um homem de fibra,

um homem autêntico, honesto e bom.

 

Celebramos, hoje, o nascimento de João,

aquele que veio preparar os caminhos do Senhor.

 

Foi sempre corajoso, honesto e íntegro.

Não se deixou vergar. Não se deixou vender.

 

Foi igual a si próprio. Procurou ser fiel a Deus.

Não veio para dizer o que as pessoas gostavam de ouvir.

Veio para dizer o que as pessoas precisavam de escutar.

 

Obrigado, Senhor, pela coragem de João,

aquele que Te baptizou nas água do Jordão.

 

Obrigado, Senhor, por não ter vacilado nas horas difíceis

e por ter olhado sempre em frente, sem hesitar.

 

Obrigado, Senhor, por este homem sem calculismos.

Obrigado pela sua lição de vida:

«É preciso que Ele (Jesus) cresça e eu diminua»!

 

Obrigado também pela sua simplicidade e despojamento.

João não se vestia com grandes roupas nem se banqueteava em refeições opulentas.

 

Obrigado, Senhor, pela frugalidade de João.

Num tempo de tantos desperdícios, dá-nos a ousadia da partilha e da solidariedade.

 

Dá-nos, Senhor, a força para anunciar, com os lábios e com a vida,

que Tu és o Cordeiro que tira o pecado do mundo.

 

Que desapareçam os calculismos e as ambições.

Que em nós arda o vigor de João.

 

Que nós sejamos capazes de viver para Ti

como João viveu para Ti.

 

Que os nossos lábios Te anunciem

como os lábios de João Te anunciaram.

 

Que o nosso coração esteja voltado para Ti

como sempre esteve o coração de João.

 

Que nós sejamos capazes de Te mostrar a todos

como João Te mostrou.

 

Que nunca recuemos nas dificuldades

como João nunca recuou.

 

Que o nosso testemunho perdure até ao fim

como perdurou o testemunho de João.

 

Que nos demos inteiramente

como João se doou.

 

Obrigado, Senhor, pela vida deste grande homem.

Obrigado pela lição da sua vida.

 

Obrigado pela entrega total do seu ser.

Que os nossos lábios e que a nossa vida mostrem quem Tu és,

JESUS!

publicado por Theosfera às 00:01

Hoje, 24 de Junho, é dia do nascimento de S. João Baptista e de Sta. Raingarda.

Refira-se que S. João Baptista, dada a sua extrema popularidade, é padroeiro dos cuteleiros, espadeiros, alfaiates e peleiros.

É invocado contra os espasmos, as convulsões, as epilepsias e o granizo.

É também considerado protector dos cordoeiros.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 23 de Junho de 2014

A democracia não é o regime perfeito.

Mas é o único que reconhece os seus defeitos. Que expõe as suas fragilidades. E que assume os seus limites.

É por isso que os outros regimes são piores. Mesmo quando dizem que são melhores. Sobretudo quando apregoam que são melhores.

Também têm defeitos, fragilidades e limites.

Só que escondem-nos. E perseguem, cruelmente, quem os mostra!

publicado por Theosfera às 10:56

Há uma desmesura em torno do futebol.

Espera-se demais do futebol. Sofre-se demais com o futebol. Gasta-se demais com o futebol.

Quando a expectativa é grande, a decepção arrisca-se a não ser pequena. 

Até parece que esta segunda-feira acordou cinzenta e não por causa das nuvens.

Ponhamos o futebol no seu devido lugar. É um desporto que envolve muitos praticantes e incontáveis espectadores.

Tem, portanto, o seu espaço e o seu tempo.

Mas não deve ocupar todo o espaço da vida. Nem todo o tempo do mundo!

publicado por Theosfera às 10:44

Portugal perdeu 2-2 com os Estados Unidos.

Sim, porque os empates nunca são vitórias. E, para as necessidades lusas no Mundial, este soube especialmente a derrota.

Amanhã será melhor. O futuro ainda não disse tudo!

publicado por Theosfera às 10:36

Prever é difícil. É tentar ver antes de acontecer. E a pré-cognição nem sempre funciona.

Mas, sopesando o que este Mundial tem mostrado, é muito provável que o campeão seja sul-americano.

Se repararmos, houve equipas europeias que se apresentaram bem, designadamente a Holanda e a Alemanha.

Mas foram mais superiores quando encontraram equipas também europeias do que quando defrontaram equipas de outros continentes.

Assim, a Alemanha cilindrou Portugal, mas empatou com o Gana. E a Holanda, que derrotou concludentemente a Espanha, viu-se em apuros para vencer a Austrália. A Itália, por sua vez, já perdeu com a Costa Rica.

Este parece ser o Mundial dos emergentes: Costa Rica, Colômbia e Chile destacam-se. Mas há que contar também com a Argentina e com o Brasil, sempre potentes e sempre possantes.

É muito provável, pois, que o ceptro de campeão fique em casa. Ou muito perto de casa.
publicado por Theosfera às 10:18

Pensamos em nós, no nosso país, na nossa selecção.

É natural. Mas devíamos contar também com os outros.

Os outros também querem ganhar. E também podem merecer ganhar.

Mesmo que não sejam tão bons, os outros podem mostrar mais e dedicar-se melhor.

Mas há um certo egoísmo patriótico que nos contamina. É difícil escapar à nossa natureza.

Seja onde for, manifestamos o que somos. O que de bom e de menos bom nos acompanha vem sempre ao de cima.

O futebol não é excepção.

Importante é concluir: os outros também existem, também contam, também são gente!

publicado por Theosfera às 10:04

Hoje, 23 de Junho, é dia dos Mártires de Nicomédia e de S. Bento Menni.

À tarde, a Missa e as Vésperas são da Solenidade do Nascimento de S. João Baptista.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 22 de Junho de 2014

Neste momento de louvor,

nós Te agradecemos
por esta tocante celebração
que, mais uma vez, presencializa a Tua presença no mundo,
que, mais uma vez, actualiza a Tua entrega na história
e que, mais uma vez, certifica o Teu imenso amor no coração de cada homem.

 

Mas não queremos, Senhor,
que a Eucaristia seja um momento com princípio e fim.
Queremos, sim, que a Eucaristia envolva toda a nossa vida:
do princípio até ao fim.

Queremos que a Missa gere Missão,
modelando todas as fibras do nosso interior
e lubrificando todas as vértebras da nossa alma.

Faz de nós testemunhas do Evangelho,
do Evangelho do Pão e do Paz,

do Evangelho do Pão para todos,

do Evangelho da Paz para todos,

do Evangelho do Corpo de Deus.

 

Que todos se alimentem na mesa da Palavra

e que todos possam vir à mesa da Eucaristia.

Que também hoje a Palavra se transforme em Pão

e que o Pão se transforme em Palavra,

em palavra para mudar a nossa vida.

 

Em muitos lugares,

as pessoas vão acompanhar-Te em procissão.

Mas Tu acompanha-nos sempre na grande peregrinação da nossa vida.

 

Que, ao recebermos o Teu corpo,

mostremos solidariedade e partilha,

afecto e amor.

 

Que saibamos dividir

para podermos multiplicar.

Que saibamos testemunhar lá fora

o que celebramos cá dentro.

 

Tu estás sempre connosco.

Que nós saibamos estar sempre conTigo.

Que, pelo nosso testemunho e pela nossa humildade,
todos tenham acesso ao Pão da Vida,
ao Pão do Amor,
ao Pão da Solidariedade,
ao Pão da Paz e da Esperança,
ao Pão que és Tu, Senhor,
e que, através de nós,
quer saciar o mundo inteiro!…

publicado por Theosfera às 11:44

Lidamos com o que temos, mas não podemos subestimar o que se espera.

O que se espera pertence ao desconhecido, ao que, por vezes, nos parece impossível e que, quase sempre, nos surge como oculto.

Mas já perguntava, sagazmente, Ernesto Sábato: «A esperança não será a prova de um sentido oculto da existência, uma coisa que merece que se lute por ela?»

Não se resigne ao que conhece.

O que (ainda) não conhece pode ser muito mais motivador!

publicado por Theosfera às 08:14


Há santuários muito belos. Mas o melhor é cada ser humano.


É aí que Deus habita antes de mais.


A Bíblia fala do homem como «imagem» de Deus.


Jesus assinala que aquilo que é feito ao mais pequeno ser humano é feito a Ele mesmo!


O Concílio recorda que a consciência é o «santuário secreto».


Muito antes, Sta. Catarina de Génova proclamava, quiçá para nosso desconcerto: «O meu eu é Deus, e não conheço outro eu senão esse Deus».


Por isso é que Sto. Agostinho recomendava (poucos o saberão) que quando o sacerdote, na Comunhão, diz «O Corpo de Cristo»», os cristãos não deviam dizer «ámen». Deviam responder: «Sou eu»!

publicado por Theosfera às 00:17

O Corpo de Cristo não é comungado apenas na Missa. O Corpo de Cristo também é comungado na Missão.

O Corpo de Cristo é comungado no Pão e no Pobre.

Cristo está no Pão. Mas alguém nega que Ele também está no Pobre?

Tudo o que fizerdes ao mais pequeno dos Meus irmãos, é a Mim que o fazeis (cf. Mt 25, 40).

Jesus está no mais pequeno, no Pobre.

É imperioso comungar Cristo no Pão consagrado. Mas o ser humano também é sagrado.

Cristo quer ser comungado totalmente, plenamente. Ele também está no Pobre!

publicado por Theosfera às 00:14

O objectivo da solenidade do Corpo de Deus é suscitar a expressão pública da fé na Eucaristia. Em causa não está obviamente qualquer intuito exibicionista. Está, sim, um impulso missionário que, de resto, remonta ao próprio Jesus Cristo. Na verdade, foi Ele quem nos enviou a evangelizar pelo mundo (Mt 28, 16-20).


É por isso que a Missa gera Missão. É por isso que o «ide em paz» não é uma despedida, mas um envio. E é por isso que, no que toca à Eucaristia, à celebração sacramental tem de suceder — sempre! — a celebração existencial.


Neste sentido, é interessante notar como na génese da solenidade do Corpo de Deus deparamos com uma estreitíssima ligação com a celebração eucarística. Desde cedo que, como nos diz Xabier Basurko, «os fiéis corriam de Igreja para Igreja com a única preocupação de verem o maior número possível de vezes a elevação da Hóstia consagrada».


Não espanta, assim, que em 1247 se tenha celebrado a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. Foi em Liège e por insistência de uma religiosa: a Irmã Juliana de Mont-Cornillon. Mais tarde, em 1264, na sequência de um milagre eucarístico ocorrido em Bolsena, o Papa Urbano IV estende a toda a Igreja esta festa através da bula «Transiturus». Embora não haja ainda qualquer alusão à procissão com o Santíssimo, é sabido que esta depressa se introduziu nos hábitos eclesiais e na alma crente do povo.


A fim de facilitar o visionamento do Pão consagrado — informa-nos de novo Xabier Basurko —, «começaram a utilizar-se aqueles objectos que habitualmente serviam para a exposição das relíquias dos santos. Deste modo, através do vidro transparente, as pessoas podiam fixar os olhos no sacramento do Corpo de Cristo».


Foi, entretanto, na época do barroco que esta festa atingiu o auge. A controvérsia com os protestantes mobilizou os católicos em torno da presença real de Cristo na Eucaristia. A ocasião ideal foi o Corpo de Deus, cuja festa se concentrava na procissão, «passagem do Senhor pelo meio do povo crente que O aclamava e O aplaudia com todo o esplendor de que a época barroca era capaz: música e coros, foguetes e bandeiras, danças e reverências, coroas e ornamentos de grande brilhantismo».


Descontados os circunstancialismos, permanece o essencial: a centralidade da Eucaristia na vida da Igreja, que, não se limitando à celebração, envolve a adoração e implica o testemunho. Acresce que uma festa eucarística a meio da semana de trabalho significa também que a actividade humana está indelevelmente marcada com o selo de Deus!
publicado por Theosfera às 00:12

Hoje, 22 de Junho (Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo), é dia de S. Paulino de Nola, S. João Fisher, S. Tomás Moro e S. José Cafasso. Refira-se que S. Tomás Moro não foi padre nem bispo. Foi um político, um político íntegro. Por causa da sua integridade, foi assassinado pelo rei, a 06 de Julho de 1535.

Um santo e abençoado dia para todos.

publicado por Theosfera às 00:03

Sábado, 21 de Junho de 2014

Ainda não se sente muito. Mas o solstício ocorre neste preciso momento: 10h51.

Oficialmente, encontramo-nos em pleno Verão!

publicado por Theosfera às 10:51

Hoje, 21 de Junho, é dia de S. Luís Gonzaga e S. Raul.

Refira-se que o Papa Pio XI declarou, em 1926, S. Luís Gonzaga padroeiro da juventude.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 20 de Junho de 2014

Há passos que estão, definitivamente, trocados.

Dizem que há diplomados sem emprego e que há empregados sem diploma.

Daqui a pouco já não basta perguntar: «Será que compensa estudar para ter trabalho?»

Pouco falta para que a pergunta seja: «Será que é melhor não estudar para alcançar emprego?»

É claro que o sofisma pode aparecer.

São habituais as reportagens sobre os titulares de curso que estão no desemprego. E vão começando a aparecer notícias sobre bons empregos ocupados por quem não tem qualquer curso.

Entre o 8 e o 80 há 72. Também há muita gente com curso que tem trabalho.

Mas é bom que se pense em todos os dados.

É possível que a motivação para estudar esteja a decair.

É provável que alguns não possam pagar os estudos.

E não é impossível que não poucos já nem sequer confiem na qualidade do ensino!

publicado por Theosfera às 13:23

Viver é dificil. E conviver também não está nada fácil.

A convivência tanto amplia o melhor como é capaz de exponenciar o pior de cada um.

Em grupo, com efeito, há uma tendência para fazer ressaltar o pior.

A responsabilidade é menos visível. O anonimato é mais acentuado.

Tudo se dilui no colectivo. O próprio de cada um como que se dissolve.

As pessoas têm dificuldade em demarcar-se do grupo, em discordar das maiorias.

Surgiu agora um estudo (talvez polémico, talvez pertinente) que evoca medições da actividade cerebral quando as pessoas estão em grupo.

Esse contacto com os outros como que as leva a perder o contacto com a moral que perfilham e com os princípios que dizem defender.

O mais provável é que, nesse caso, fazem coisas que estão contra os seus valores.

Se não há coragem para ser diferente junto dos outros, que ao menos haja prudência em seleccionar os grupos.

Sei que não é linear. A pressão é muito grande.

O presente será dos que vão com todos. Mas o futuro pertencerá, sem dúvida, aos que assumirem inteiramente o que são: diante de alguns, diante de todos.

Resistir é o primeiro passo para vencer!

publicado por Theosfera às 11:37

A confiança é fundamental. Mas nem sempre está garantida.

Regra geral, a confiança só nos garantias depois. E o risco está em que temos de confiar antes.

Mas também nem sempre tomamos as devidas cautelas.

Às vezes confia-se em quem quer ganhar a confiança, quando se devia confiar (apenas e sempre) em quem merece a confiança.

Como alertava Albert Camus, «raramente confiamos naqueles que são melhores do que nós».

A confiança, afinal, também não dispensa a humildade.

É ela, a humildade que nos escancara as portas da lucidez!

publicado por Theosfera às 11:25

A gente lê e pasma: «PADRE propõe baixar a dívida da noite para o dia. E não é milagre».

Afinal, o PADRE não é uma pessoa; é um plano: «Politicaly Acceptable Debt Reestructuring in the Euro Zone».

Tem graça. Terá resultado?

publicado por Theosfera às 10:59

Afinal, estamos sempre em mudança, habitamos a mudança.

A mudança mais notória é a mudança do exterior. Mas a mudança mais importante é, sem dúvida, a mudança do interior.

Advertia Thomas Mann que «a mudança de costumes é o único meio de que dispomos para nos mantermos vivos e rejuvenescermos».

Mas não basta a mudança. É urgente que a mudança nos leve para melhor.

Mudar tem de ser sinónimo de melhorar!

publicado por Theosfera às 10:11

Hoje, 20 de Junho, é dia de Sta. Sancha, Sta. Mafalda e Sta Teresa (filhas de D. Sancho I), S. Francisco Pacheco e companheiros mártires e Sta. Gema.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 19 de Junho de 2014

A fama não traz apenas rosas. A fama acaba por trazer também muitos espinhos.

Muitas vezes, a dor dos espinhos sobrepõe-se ao odor das rosas.

Frederico García Lorca notou que «o homem famoso tem a amargura de levar o peito frio e trespassado por lanternas furta-fogo que os outros lhe dirigem».

Nem da mentira se livra!

publicado por Theosfera às 15:51

Por estes dias, muitos estão a ser avaliados. Estão a ser testados os conhecimentos.

Mas o crescimento de uma pessoa não pode ser aferido apenas pelos conhecimentos.

Os conhecimentos são importantes, mas os comportamentos são decisivos.

E se o panorama quanto aos conhecimentos não é animador, a situação no que toca aos comportamentos chega a ser desoladora.

A escola não pode fazer tudo. A família terá de fazer mais.

Estamos todos de acordo quanto ao diagnóstico. Mas ainda não se vê uma alternativa.

Mentes brilhantes são necessárias. Pessoas de bem são fundamentais!

publicado por Theosfera às 00:54

Hoje, 19 de Junho, é dia de S. Romualdo, S. Gervásio e S. Protásio.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:53

Quarta-feira, 18 de Junho de 2014

Nenhum acto humano é inteiramente objectivo.

Por muito esforço que haja, e deve haver, trata-se de uma impossibilidade metafísica.

Lapidar, Alçada Baptista deu a explicação óbvia. Se o homem fosse objecto, seria objectivo. Como é sujeito, terá de ser necessariamente subjectivo.

É por isso que qualquer avaliação encerra sempre muita neblina. Em certos casos, o avaliado até pode ser mais competente que o avaliador. Pode chegar de tal modo mais longe que o avaliador que nem este se aperceba.

Schopenhauer já tinha notado que «a avaliação é um produto do que é avaliado pela esfera cognitiva de quem avalia».

É inevitável!

publicado por Theosfera às 11:07

Na Noruega vai deixar de haver mendigos.

Não porque já não haja gente com necessidade. Mas porque os mendigos vão ser impedidos de mendigar.

Se a pobreza se extinguisse por decreto, era fácil.

O outro também andava à procura de um país onde não se morresse. Queria aí acabar os seus dias!

Não se pode ignorar a realidade ou tentar iludi-la. A solidariedade é que tem a palavra!

publicado por Theosfera às 10:49

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