O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 27 de Maio de 2014

Noel Clarasó achava que «a simplicidade é o último recurso dos que não sabem complicar agradavelmente a vida».

Não sei.

Eu propendo a pensar que a complicação é que é o contínuo expediente dos que não sabem simplificar serenamente a vida.

Nada como a simplicidade!

publicado por Theosfera às 10:59

Descontraia. Os problemas são muitos, mas não são eternos.

Como bem notou Charlie Chaplin, «nada é permanente neste mundo cruel. Nem mesmo os nossos problemas».

Poderão vir outros e até maiores. Mas eles também passarão!

publicado por Theosfera às 10:50

Não é antipático ser simpático. E não é simpático ser antipático.

Só que, por vezes, tem de ser.

A verdade nem sempre vem ornada com simpatia. Mas, mesmo quando é antipática, não deixa de ser verdadeira.

Antes a verdade antipática do que a mentira supostamente simpática.

Ressalve-se, porém, que antipatia não é o mesmo que indelicadeza.

A verdade pode gerar antipatia, mas nunca deve ser servida à mesa da indelicadeza!

publicado por Theosfera às 10:39

A abstenção é um fenómeno demasiado heterogéneo para ser tratado como uma realidade uniforme.

Há quem se abstenha por convicção, por hábito, por comodismo, por protesto ou por descrença.

Há quem não vote porque pensa que, votando ou não, nada de importante se altera.

Uns acharão que a democracia já está tão consolidada que nada a fará perigar. Outros julgarão que a democracia está tão enfraquecida que nada a poderá recuperar.

Uns acharão que não é preciso votar. Outros julgarão que (já) não vale a pena votar.

É legítimo. Mas não deixa de ser perigoso.

É urgente melhorar a qualidade de vida política. E a qualidade de vida cívica!

publicado por Theosfera às 10:17

Nestes dias em que todos dizem que ganharam, fará bem pensar que, afinal, todos perderam.

Se olharmos para os números, todos tiveram menos votos que em 2011.

Com a óbvia excepção do MPT, todos são perdedores.

Acontece que alguns perderam menos que outros.

Cantar vitória parece, pois, ser uma «canção» fora de tempo!

publicado por Theosfera às 10:06

1 Nestes dias convulsos, a Igreja é chamada a conjugar, cada vez mais, uma dimensão paulina com uma dimensão mariana.

Ela precisa, ao mesmo tempo, do arrojo de Paulo e da silenciosa discrição de Maria.

 

2. Uma Igreja confidente (que escuta) é o suporte imprescritível de uma Igreja conferente (que anuncia).

Maria não Se destaca tanto pela palavra proferida com os lábios como pela palavra pronunciada com a vida. Ela é, pois, Mãe da Igreja e paradigma do que há-de ser a Igreja Mãe.

 

3. Se alguma coisa a Igreja recebe de Jesus, é, desde logo, a sua identidade.

Se alguma coisa a Igreja aprende com Maria é, acima de tudo, o seu comportamento.

 

4. Jesus Cristo apresenta-Se como servo. Maria assume-Se como serva. Os dois constituem as referências supremas do centramento autodescentrado.

O centro de Jesus e de Maria não são Jesus nem Maria. O Seu centro é Deus e o Homem.

 

5. A esta (dupla) luz, a Igreja tem de se descentrar constantemente para se recentrar permanentemente: em Deus e no Homem.

 Ela há-de constituir uma comunidade orante e, simultaneamente, uma comunidade fraterna

 

6. Tem de ser uma Igreja «intro-vertida» e «extro-vertida»: voltada para Deus na oração e voltada para a Humanidade na acção.

O membro da Igreja há-de ser, em simultâneo, homo Dei (homem de Deus) e homo hominibus (homem para os homens).

 

7. É o amor a Deus que nos impele para o amor ao próximo.

Dir-se-ia que há uma espécie de sócio-espiritualidade estribada no duplo mandamento: «Quem ama a Deus, ame também o seu irmão» (1Jo 4, 21).

 

8. Quanto mais a Igreja se voltar para fora de si, melhor se reencontrará dentro de si. Quanto mais a Igreja se despojar, melhor se redescobrirá.

A Igreja encontra em Maria uma capacidade para perceber que Deus intervém na história para salvar, para libertar. Maria oferece-nos não um Deus «a-pático», mas um Deus entranhadamente «sim-pático». É um Deus que sofre o sofrimento do povo.

 

9. Em suma, para a Igreja, Maria é espelho e exemplo.

Ela é a realização (já) consumada do que nós (ainda) somos chamados a construir.

 

10. Embora escondidamente — como notou Hans urs von Balthasar — Maria «governa» a Igreja. Não necessita de ser loquaz para ser eloquente. Basta-Lhe o exemplo.

Maria governa a Igreja pelo exemplo. E o exemplo é tudo!

 

 

publicado por Theosfera às 09:50

Antes ser enganado do que enganar.

Custa ser enganado, mas é reconfortante nunca enganar.

Daí o conselho de Kent M. Keith: «Se fores honesto e franco, os outros podem enganar-te; mesmo assim, sê honesto e franco»!

publicado por Theosfera às 09:36

Faz hoje 51 anos que morreu Aquilino Ribeiro, que nasceu não muito longe daqui.

Pertinente o que escreveu: «Creio que a arte de governar não reside apenas em operações de tesouraria e previdência. Pelo ritmo do progresso, inerente a tal doutrina, só daqui a cem anos teria Portugal um nível de vida aceitável, uma indústria comezinha, sempre antiquada em relação à do resto da Europa, as estradas que ambiciona, hospitais em que coubessem os seus enfermos, casas de educação regidas por uma pedagogia que viesse a desenvolver as faculdades das crianças e não as jugulasse aos varais consabidos de ideias revelhas e sistemas bafientos. Entretanto, o País fica como a Lua, metade em penumbra»!

Os grandes vêem longe!

publicado por Theosfera às 01:36

Hoje, 27 de Maio, é dia de Sto. Agostinho de Cantuária, Evangelizador dos Ingleses, e S. Júlio, Padroeiro dos que recolhem o lixo.

Um santo e abençoado dia pascal para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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