O novo primeiro-ministro francês e a nóvel presidente da câmara de Paris nasceram em Espanha.
Isto, muito provavelmente, explica por que a Frente Nacional está a crescer. E deixa o aviso para um possível crescimento ainda maior.
É contra isto que a Frente Nacional luta. Afinal, temos de contar com estas duas tendências: o intercâmbio entre os povos e a reacção contra tal intercâmbio.
Daí que a bissectriz ideológica esteja a diluir-se cada vez mais.
Seria interessante apurar quanta gente de esquerda terá votado num partido encostado à extrema-direita.
Aliás, um dos autarcas eleitos dizia, expedito, que o avô foi comunista, o pai socialista e ele era da Frente Nacional.
Antes de chegar ao poder, quase todos apresentam um discurso facilmente etiquetável como de esquerda. No exercício do poder, quase ninguém escapa a uma prática facilmente identificável com a direita.
As diferenças estão praticamente escondidas.
É por isso que as forças reactivas crescem e os extremos prosperam.
Dá que pensar. Dá que penar!