Portugal tem menos pessoas. As pessoas têm menos dinheiro.
O défice demográfico apõe-se ao défice económico.
O país está melhor. É o que dizem. Mas será o que vemos?
Portugal tem menos pessoas. As pessoas têm menos dinheiro.
O défice demográfico apõe-se ao défice económico.
O país está melhor. É o que dizem. Mas será o que vemos?
Voltaire reconhecia: «Aprender várias línguas é questão de um ou dois anos; ser eloquente na sua própria língua exige metade de uma vida».
Subscrevo e até iria mais longe.
Aprender línguas é fácil. Usar bem a língua é bem mais difícil. Mas também muito mais determinante!
Foi o último dia de Bento XVI como Papa.
Foi um dia de comoção. Foi um dia de gratidão.
Foi um dia de tristeza. Foi um dia de saudade. Foi um dia de nostalgia. Mas foi também um dia de fé, um dia de esperança.
A Igreja ficou sem Papa. Mas não por muito tempo.
Dentro em breve, a Igreja iria ter outro Papa. Mas nunca deixou de ter um Pastor que a conduziu em nome do eterno Pastor: Jesus Cristo!
Hoje, 28 de Fevereiro, é dia de S. Torcato, S. Romão, S, Lupiccino, Bem-Aventurado Daniel Brottier e Bem-Aventrurado Augusto Chapdelaine.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 27 de Fevereiro, é dia de S. Gabriel das Dores, S. Leandro, Sta. Maria Deluil-Martigny e Sta. Francisca Ana das Dores de Maria.
Um santo e abençoado dia para todos!
Há quem não acredite só no que crê.
Há também, como avisa La Fontaine, «quem acredite naquilo que teme e deseja».
Talvez mais naquilo que teme. Até porque aquilo que se teme é o que mais acaba por acontecer.
Até quando?
Muitas vezes, queremos tudo e o seu contrário.
Queremos todos viver muito tempo. Mas quem quer ser velho?
Jonathan Swift assinalou: «Toda a gente deseja viver muito tempo, mas ninguém quer ser velho». Hoje talvez menos do que nunca.
A imprensa deste dia traz relatos arrepiantes. A violência contra os idosos está a aumentar exponencialmente.
Mas o mais grave é que muita dessa violência é cometida no ambiente da família.
Filhos agridem pais. Netos maltratam avós.
Como é possível ser tão desumano?
Pode haver uma miríade de explicações. Mas não há uma única justificação!
Faz hoje 17 anos que partiu para o Pai o meu Confessor, Conselheiro e querido Amigo senhor Cón. Acácio Vieira Branco.
Era um dos maiores especímenes de uma estirpe de sacerdotes com uma forte espiritualidade e que irradiava uma grande bondade.
Muitas saudades. Enorme gratidão.
Hoje, 26 de Fevereiro, é dia de S. Porfírio de Gaza, S. Nestor e S. Vítor de Arcis.
Um santo e abençoado dia para todos!
Tantos contrastes habitam este mundo.
Tanta gente sem casa e tanta casa sem gente.
O número de sem-abrigo sobe. O número de casas vazias cresce.
Com tanta casa vazia, como entender que haja tanta gente na rua?
A finança manda? Esta finança já cansa!
Não sabia. Mas gostei de saber.
Burkina Faso significa terra de pessoas honestas.
Burkina Faso não devia, por isso, ser nome de país.
Burkina Faso devia ser o nome da terra, o outro nome de toda a terra!
Como se não bastasse a ditadura dos ditadores, ainda temos de enfrentar a ditadura de alguns que se dizem democratas.
Esta última é pior, porque simula, porque disfarça, porque esgana, porque engana.
O sistema democrático encobre, infelizmente, muito despotismo, muita opressão, muita limitação de movimentos e muito cerceamento da liberdade.
Perante isto, diria, com palavras emprestadas de Pessoa, que, «neste fulgor baço da terra, que é Portugal a entristecer, é a hora».
É a hora de despertar de tão asfixiante torpor!
Ninguém como Deus para estimular o amor pelo próximo.
Cesare Pavese, talvez com alguma ponta de ironia, frisou: «O homem interessa-se tão pouco pelo próximo que até o Cristianismo recomenda fazer o bem por amor de Deus».
O amor a Deus não litiga com o amor pelo próximo. Pelo contrário, ilumina-o.
Hoje, 25 de Fevereiro, é dia de Sto. Avertano, S. Romeu, S. Sebastião de Aparício, Bem-Aventurado Luís Versiglia e Bem-Aventurado Calisto Caravário.
Um santo e abençoado dia para todos!
Muitas vezes, confundimos humildade com preguiça, com mera demissão.
É uma tentação muito perigosa.
Péricles é contundente a este respeito: «Nós não consideramos o cidadão que não participa nas questões públicas uma pessoas sem ambições, mas um inútil»!
É uma evidência.
Os povos são feitos de pessoas. Por isso, os povos replicam os comportamentos das pessoas.
Mal não é cada um gostar de si. Mal é quando cada um não gosta dos outros.
O nacionalismo fechado pode aflorar como o equivalente do individualismo enquistado.
A Ruropa é um retrato fidedigno desta (penosa) situação.
A Europa não pode continuar a ser uma federação de egoísmos. A Europa tem de voltar a ser uma união de solidariedades.
Depende de todos. Depende de cada um!
Hoje, 24 de Fevereiro, é dia de S. Sérgio, S. Lázaro Pintor e Sta. Josefa Naval Girbés.
Um santo e abençoado dia para todos!
É sempre bom procurar a justiça. Mas é melhor que, depois de a procurar, se pratique.
Pertinente é, neste sentido, a advertência de Henry Brown: «Há pessoas neste mundo que gastam todo o seu tempo à procura da justiça, não lhes sobrando tempo algum para a praticarem».
A justiça não se pratica com a vingança, mas com o amor.
Como dizia Camilo, «o amor é uma luz que não deixa escurecer a vida»!
A alma dadivosa e o talante solidário das gentes de Lamego foram, uma vez mais, sinalizados na manhã deste dia.
O sangue escorreu com abundância nas dependências de uma escola desta urbe, vetusta na sua idade mas sempre jovem na sua disponibilidade.
A dádiva de sangue mobilizou largas centenas de pessoas. Que, pelo esgar feliz do rosto, se sentiam compensadas. O bem compensa sempre. No próprio momento em que se pratica.
Obrigado, Senhor, Deus Santo,
fortaleza dos débeis.
Tu vens lançar fogo à terra,
não o fogo da guerra nem da injustiça,
mas o flamejante fogo da paz e da concórdia,
da misericórdia e da esperança.
Tu provocas a divisão,
não porque a desejes,
mas porque sabes que quem Te segue
encontra o que Tu encontraste:
a divisão, a incompreensão e a perseguição.
É doloroso o sofrimento,
mas bendita é a Cruz quando a pegamos com amor,
como Tu.
Dá-nos, Senhor,
a força da paz e da determinação em seguir os Teus passos,
em pisar os Teus caminhos.
Que sejamos dignos de Te seguir,
de estar conTigo,
como Maria,
a Tua e nossa queridão Mãe,
JESUS!
Hoje, 23 de Fevereiro (VII Domingo do Tempo Comum), é dia de S. Policarpo de Esmirna e Sta. Rafaela Ibarra.
Um santo e abençoado dia para todos!
Hoje, 22 de Fevereiro, é dia da Cadeira de S. Pedro e Bem-Aventurada Isabel de França.
Um santo e abençoado dia para todos!
A frase percorre a paisagem mediática desta lúgubre manhã: «A vida das pessoas não está melhor, mas o país está muito melhor».
A tanta certeza só podemos responder com uma pergunta: mas, afinal, de que é feito o país?
Está na nossa idiossincrasia.
Portugal tem uma dificuldade endémica em tomar decisões, em seguir um rumo.
Somos o país do «mais ou menos», do «vamos andando».
Teixeira de Pascoaes notou: «O português é indeciso e inquieto como as nuvens em que as suas montanhas se continuam e as ondas em que as campinas se prolongam».
Belo. E muito pertinente!
Hoje, 21 de Fevereiro, é dia de S. Pedro Damião (invocado contra as insónias e dores de cabeça), S. Natal Pinot e Sta. Maria Henriqueta Dominici.
Um santo e abençoado dia para todos!
Está visto. Para quem manda, o fim da crise não consistirá no fim da austeridade.
O fim da crise consistirá, quando muito, no não agravamento (ou no menor agravamento) da austeridade.
O fim da crise não será, pois, o regresso ao passado. Será uma mera interrupção do espinhoso presente.
Quanto ao futuro, Zigmunt Bauman diz que ele acabou.
De facto, é o que muitos querem. Mas a esperança ainda não desistiu de nós.
Vamos acreditar. O melhor deixará de vir?
Não é só na escola que temos de saber conjugar.
Na escola, aprendemos a conjugar os verbos. Na vida, temos de aprender a conjugar a vontade de uns e de outros.
Samuel Johnson advertiu: «A vida não pode existir em sociedade senão através de concessões recíprocas»!
Hoje, 20 de Fevereiro, é dia dos Bem-Aventurados Francisco e Jacinta Marto, Sto. Euquério, Sto. Eleutério, Sta. Amada e Nossa Senhora, Rainha da China.
Um santo e abençoado dia para todos!
1. A liberdade tem valor. A liberdade tem o seu preço. A liberdade terá também os seus limites?
Pelos vistos, não. Pelo que se viu na Bélgica, a liberdade não tem limites. Ou, melhor, limites continua a ter. Mas há domínios onde deixam de aparecer. Talvez onde são mais necessários.
2. Uma pessoa antes dos 18 anos não pode votar. Mas a mesma pessoa antes dos 18 anos pode pedir a eutanásia.
Será que é necessária maior maturidade para escolher um partido do que para escolher a morte?
3. É certo que sempre houve acções contra a vida humana.
Mas uma coisa é tais acções serem contra a lei, outra coisa (bem diferente) é essas acções serem cometidas com o consentimento da lei, com a caução da lei, ao abrigo da lei.
4. Crescemos numa altura em que nos acostumámos a alterar a nossa vontade por causa da lei.
De repente, vemo-nos submersos num tempo em que é a lei que se transforma por causa da nossa vontade.
5. Não falta quem celebre esta mudança, sinalizando nela um avanço.
Mas também não escasseia quem se atemorize diante deste passo, advertindo nele um retrocesso. Afinal, poderá haver descanso perante tal «avanço»?
6. É próprio da lei impor limites. E isso é necessariamente mau? A velocidade ilimitada na condução é, quase sempre, o caminho acelerado para a tragédia.
Os limites impostos pela lei travam uma existência ditada unicamente por impulsos momentâneos, por flutuações epocais ou por clivagens ideológicas.
7. Uma lei não é um fóssil. Há leis que podem — e devem — ser mudadas.
Mas também há leis que devem permanecer inalteradas. Trata-se daquelas que protegem os alicerces: a vida, a dignidade da pessoa humana, etc.
8. O sofrimento é sempre doloroso e pode chegar a ser insuportável.
É claro que é muito melhor não sofrer. Mas uma vida sofrida não é obrigatoriamente uma vida infeliz.
9. Não podemos continuar expectantes. Hoje em dia, tudo parece começar com negligência, decorrer com complacência e desaguar em impotência.
Limitamo-nos a encolher no princípio e a lamentar no fim.
10. Há fenómenos que, quando se iniciam, achamos que não nos atingem.
O problema é que, quando os sentimos perto, pode ser tarde para os inverter. É que, entretanto, muitas coisas, que se estranhavam, acabam por se entranhar. Acordemos!
«Alea jacta est». Os dados estão lançados.
Em Kiev trava-se um combate (cada vez mais literal e sangrento) entre a persistência do povo e a teimosia do poder.
É impossível antecipar o desfecho. Mas é previsível adivinhar a evolução dos acontecimentos.
A violência vai crescer. O número de mortos ameaça aumentar.
Afinal, o povo está disposto a morrer por aquilo que nos tem feito sofrer: a Europa.
A Europa pode cheirar a ilusão. Mas os ucranianos sentem que a alternativa tem sabor a repressão. Apesar de tudo, uma ilusão não faz tão mal.
Uma coisa é certa. A guerra nada resolve.
Basta olhar para a história. Voltaire olhou. E concluiu: «Não há nenhum exemplo de uma guerra que haja compensado com um pouco de bem o mal que fez».
Nós até conhecemos a história. Mas aprendemos tão pouco com ela!
Atenção. Nesta hora, não é a Ucrânia que declina. É toda a humanidade que agoniza!
Até quando?
A qualidade da comunicação não pode avaliar-se apenas pelo que se diz.
Tal qualidade também estriba na capacidade de saber não dizer.
S. Tiago recomenda: «Cada um seja pronto para ouvir, lento para falar e lento para se irar, pois uma pessoa irada não faz o que é justo aos olhos de Deus».
Hoje em dia, há muito ruído e pouca comunicação.
Há muita sobreposição de sons e pouca escuta. Pensar é também (e sobretudo) ouvir!
1. Um diagnóstico nunca é agradável, mesmo quando é verdadeiro e se torna necessário. Afinal, para haver cura, tem de se conhecer a doença.
Mas não falta quem opte por ignorar a realidade e adulterar a evidência.
2. Há quem não sinta o que diz e não diga o que sente. Também há quem sinta o que não diz e diga o que não sente.
Enfim, há quem não hesite em sacrificar a consciência à conveniência. Mas como dizer que tudo está bem se muita coisa está mal?
3. Não adianta esconder. Na era da comunicação, a realidade é sobretudo o que aparece.
E, queiramos ou não, aquilo que aparece gravita em torno de um duplo fenómeno: violência e decadência.
4. Todos estamos preocupados. Mas todos nos sentimos como que bloqueados. Que fazer?
Antes de mais, perceber o que está em causa. Se repararmos, a violência consiste na violação de normas e valores. A decadência consiste na ausência de normas e valores.
5. Se os valores estão ausentes, é natural que sejam repetidamente violados. Com a agravante de nem sequer se advertir dessa violação.
A inconsciência costuma ser descontraída, o que a torna ainda mais prejudicial.
6. A violência agride. A decadência choca. A violência actua contra os outros. A decadência nem sequer pensa no que pensarão os outros.
Na violência, o outro não vale. Na decadência, o outro não conta. É por isso que a violência é imoral e a decadência é amoral.
7. Não espanta, assim, que se passe facilmente da decadência à violência e da violência à decadência. O contubérnio entre as duas é demasiado íntimo e totalmente promíscuo.
A violência é a maior manifestação de decadência. E a decadência é uma porta aberta para a violência.
8. Quando se alega que há um direito «a sermos humilhados»(!), o que se está a legitimar é um putativo direito a que alguém humilhe alguém.
Será que a humilhação consentida desagrava a humilhação cometida?
9. A sociedade tem de ser mais pró-activa, definindo o que é correcto, o que é aceitável e o que será sempre inadmissível.
De uma coisa tenhamos a certeza. Se não oferecermos o positivo, alguém insistirá em oferecer o negativo.
10. Não basta continuar a reagir tarde e lentamente. É fundamental agir cedo e rapidamente.
Já perdemos muito tempo. O naufrágio espreita. Mas estou certo de que ainda conseguiremos salvar muitas vidas!
Hoje, 19 de Fevereiro, é dia de S. Conrado Placência, S. Gabino e Stos. Mártires da Terra Santa.
Um santo e abençoado dia para todos!
Muito se discute, por estes dias, a unidade da esquerda.
Muito se devia pugnar, neste tempo, pela unidade nacional.
Todos são necessários, imprescindíveis. O país precisa de todos!
A diversidade não litiga com a unidade.
Podemos ter opiniões diferentes e estarmos unidos.
Já S. Tomás reconhecia que «a concórdia não é uniformidade de opiniões, mas concordância de vontades»!
Hoje, 18 de Fevereiro, é dia de S. Teotónio, Sta. Bernardette Soubirous, S. João de Fiésole (Fra Angélico), S. Francis Régis Clet e Sta. Gertrudes Comensoli.
Um santo e abençoado dia para todos!
Há quem com muito faça pouco. Leia-se o Estado.
E há quem com pouco consiga muito. Leia-se as pessoas, muitas pessoas.
Viver nesta adversidade é um verdadeiro «milagre»!
Respeitar o outro não passa tanto por fazer aquilo que achamos melhor para ele.
Implica sobretudo fazer aquilo que ele considera melhor para si.
Hottois adverte: «Trata o outro não como tu gosrarias de ser tratado, mas como ele deseja sê-lo».
Pode acontecer, porém, que haja uma colisão.
Aquilo que o outro quer pode conflituar com a nossa consciência. Nesse caso, esperemos que o outro compreenda.
A vida está sempre assente na reciprocidade. Cada um também é outro para os outros!
Apesar da idolatria da novidade (a estafada «neofilia» que nos rege), há quem se mostre apegado ao antigo.
Aliás, John Keynes alertou muito avisadamente: «O mais difícil não é inventar novas ideias, mas escapar às velhas».
Há ideias que, parecendo velhas, nunca deixam de ser novas. E há ideias que, parecendo novas, já parecem velhas ao nascer.
Porque estagnam e levam à estagnação!
Hoje, 17 de Fevereiro, é dia dos Sete Santos Fundadores dos Servitas, S. Silvino e Sta. Mariana.
Um santo e abençoado dia para todos!
Só uma palavra.
Só uma palavra para Ti, Senhor.
Só uma palavra para Te agradecer,
para Te louvar.
Hoje, Senhor, apareces com uma mensagem de alento,
com uma proposta com sabor a novidade.
Tu queres, Senhor, que olhemos para a frente,
que não fiquemos dominados pelo passado.
Obrigado, Senhor, por fazeres algo de novo,
por fazeres tudo de novo.
Essa novidade já começa a aparecer,
essa novidade és Tu:
a Tua palavra e a Tua presença.
Tu, Senhor, és o caminho aberto no deserto,
o rio lançado na terra árida.
Tu és aquele que junta multidões,
que faz andar os paralisados.
Tu és aquele que perdoa,
que transforma e revigora.
Como há dois mil anos,
também hoje nunca vimos nada assim,
nunca vimos nada igual.
Tu, Senhor, és incomparável,
Tu, Senhor, és único.
Por isso, nós Te dizemos «sim»,
sim com os lábios,
sim com a vida.
Recebe o sim do nosso amor,
do amor que vem de Ti,
JESUS!
Habitualmente, prestamos pouca atenção à oração (chamada colecta) que se recita antes da Liturgia da Palavra.
Mas ela é muito importante e bastante significativa. Ambienta-nos à celebração, mas impulsiona-nos igualmente à vivência. A uma vivência em conformidade com a celebração.
Na oração colecta da Missa deste Domingo, reconhece-se que «Deus está presente nos corações rectos e sinceros».
A conduta é fundamental. Não são os discursos que convencem. Ou, então, convencem quando estão respaldados por uma conduta limpa, sincera.
Sincero quer dizer (etimologicamente) sem cera, ou seja, sem artifícios. A autenticidade é decisiva.
As pessoas que se afastam da Igreja não o fazem por qualquer divergência doutrinal. Afastam-se sobretudo por causa da incoerência testemunhal.
Qual é a nossa causa?
Voltando à oração colecta de hoje, ela termina com um pedido: que vivamos de tal modo que possamos ser Sua morada, morada de Deus.
Deus está na rectidão, na sinceridade. Definitivamente!
Hoje, 16 de Fevereiro (VI Domingo do Tempo Comum), é dia de Sto. Elias, Sto. Isaías, S. Jeremias, S. Samuel, S. Daniel, Sto. Onésimo, Sto. Honesto, Sta. Filipa Mareria, S. Simão de Cássia e Beato José Allamano.
Um santo e abençoado dia para todos!
O que é o arrependimento, afinal? Será apenas uma vontade não conseguida?
Paul Eldrige dizia, talvez com acinte, que «o arrependimento é um intervalo entre dois pecados».
Até poderá ser. Mas, acima de tudo, é a esperança de nunca desistir.
O arrependimento pressupõe que, afinal, o melhor é possível.
Mesmo que se caia muitas vezes, quem se arrepende acha que pode levantar-se ainda mais vezes.
Medo tenho de quem nunca se arrepende!
Entre a dignidade e a altivez existe um paralelismo totalmente asssimptótico. O desencontro é total.
Uma pessoa digna nunca é altiva. Uma pessoa altiva nunca é digna.
Já Confúcio proclamava: «A pessoa de bem tem dignidade, mas não é altiva; a pessoa vulgar é altiva, mas não tem dignidade».
A pessoa digna é aquela que reconhece a dignidade dos outros.
Se não reconhece dignidade aos outros, alguém poderá ser digno?
Tudo deve ser programado.
Um programa pode ser alterado. Mas, para ser alterado, precisa de existir.
Também aqui nunca podemos estar plenamente satisfeitos.
Agostinho da Silva observou: «Não te satisfaças com o programa de um partido: inventa melhor».
É sempre possível ajudar a melhorar tudo!
Temos de estar preparados para a mudança. Afinal, tudo muda.
Mas há mudanças que ferem, que chocam.
Há países onde as igrejas estão a ser transformadas em restaurantes, cafés e livrarias.
Dá que pensar ver aqueles espaços tão identificados a servir para actividades totalmente diferentes.
Dá muito que pensar!
Hoje, 15 de Fevereiro, é dia de. S. Faustino, S. Jovita e S. Cláudio la Colombière.
Um santo e abençoado dia para todos!
Tudo parece começar com negligência. Tudo parece decorrer com complacência. E tudo parece desaguar em impotência.
Encolhemo-nos no princípio e lamentamos no fim.
Há fenómenos que, quando se iniciam, achamos que não avançam.
O problema é que, quando os sentimos perto, pode ser tarde para os inverter.
É que, entretanto, muitas coisas, que se estranhavam, acabam por se entranhar.
Acordemos!
A comunicação é bastante, mas não é tudo.
Muitas vezes, a comunicação é parcial e também desfocada, inverdadeira, ou seja, falsa.
Nem sempre onde há fumo, há fogo. E nem sempre onde há fogo, há fumo.
As comparações nem sempre se aplicam. As dissemelhanças podem ser maiores que as semelhanças.
Concretizando, por vezes, fala-se do que não acontece e oculta-se o que ocorre.
Nem sequer ponho a questão no plano da má-fé, que também pode haver.
Não raramente, tudo pode situar-se no âmbito de equívocos entre emissor e receptor.
É preciso ter muito cuidado com o que se diz, com o que se mostra, com o que se vê.
As aparências, muitas vezes, iludem.
Basta olhar para o sol.
O senso comum atesta que se levanta a oriente e que, depois de percorrer a sua rota, adormece a poente.
Isto é o que o senso comum atesta. Mas todos sabemos, hoje em dia, que na realidade se passa outra coisa. Bem diferente!
Tudo o que se faz por alguém é contra alguém?
Simone de Beauvoir assim achava: «Nenhuma acção se pode fazer para o homem que não seja contra outros homens».
Mais prosaicamente, eu diria: depende.
Se tudo for dado a um, é claro que se prejudicam outros. Mas se a dádiva circular, ninguém perde.
Tudo o que se dá deve circular.
O que dá a um acaba por ser uma oferta feita a todos. Pelo menos, assim devia ser!
É, no mínimo, curioso que tanto se fale de um santo de que nem sequer se sabe se existiu.
E é igualmente sintomático que nada se diga acerca de dois santos cuja vida e obra são sobejamente conhecidas.
De facto, por esta altura muito se fala de S. Valentim. Sucede que, desde 1969, este santo deixou de ser celebrado oficialmente porque não há provas seguras de que tenha existido.
Repare-se.
Não se diz que não tenha existido. Apenas se adverte para a falta de indicações irrebatíveis que comprovem a sua existência.
O interessante é que, nesse dia, se celebra a festa de dois irmãos que foram santos: S. Cirilo e S. Metódio.
Os dois tiveram um papel determinante na evangelização e promoção cultural dos povos orientais.
Ainda hoje se fala do alfabeto «cirílico». Mas pouco (ou nada) se diz.
Se consultarem um calendário litúrgico, lá aparecem as referências a S. Cirilo e a S. Metódio.
É claro que algumas publicações mencionarão S. Valentim, mas com todas as ressalvas.
É óbvio que não há mal nenhum na evocação de S. Valentim, tenha ou não tenha existido. Mas muito bem haveria na invocação de S. Cirilo e S. Metódio!
Hoje, 14 de Fevereiro, é dia de S. Cirilo, S. Metódio, S. Marão e S. João Baptista da Conceição.
Um santo e abençoado dia para todos!
O mundo muda. Nós mudamos. Nós mudamos o mundo e o mundo muda-nos a nós.
O mundo muda-nos, muda connosco e, muitas vezes, nem nos apercebemos da mudança.
Durante muito tempo eram os valores e os princípios que comandavam a vontade.
Agora é a vontade que comanda os princípios e os valores.
É por isso que o bem-estar individual se tornou o padrão único.
Agora é a eutanásia para crianças que foi aprovada. Ficaremos por aqui?
A maledicência não é uma virtude. Mas será o pior defeito?
É claro que se trata de uma infâmia quando se diz o mal que não existe, o mal que se suspeita, o mal que se inventa para prejudicar.
Tantas são as pessoas inocentes, imoladas pela maledicência de verdadeiros culpados!
Mas pior que dizer mal é existir o mal. E não dizer o mal que existe é tão grave como dizer o mal que não existe.
Enfim, precisamos de profetas que saibam calar no momento certo e que saibam falar na hora própria.
Sempre na verdade. E sempre na caridade!
Quem quiser conhecer a realidade não pode dispensar a comunicação.
Mas quem quiser conhecer bem a realidade não pode ligar só à comunicação.
A comunicação mostra muito, mas não mostra tudo.
Paul Ricoeur notou: «Não pode haver uma totalidade na comunicação. Com efeito, a comunicação seria a verdade se ela fosse total».
Mas a comunicação não é total.
Há muita realidade que não aparece na comunicação. Talvez a melhor!
A solidão não é agradável. Mas pode ser necessária.
Henri Régnier confessou: «A solidão só é possível na juventude, quando temos à nossa frente todos os sonhos, ou na velhice, com todas as recordações atrás».
Será?
Cada pessoa é um pequeno mundo.
Existe, pois, uma interacção simbiótica entre a pessoa e o mundo.
A pessoa influencia o mundo. O mundo influencia a pessoa.
Kenzaburo Oe confidenciou: «O estilo fundamental da minha escrita foi a de começar com os meus assuntos pessoais e, a pouco e pouco vinculá-los com a sociedade, o Estado e o mundo»!
Hoje, 13 de Fevereiro, é dia de S. Martiniano, S. Jordão da Saxónia, Sta. Cristina de Espoleto e S. Benigno.
Um santo e abençoado dia para todos!
O Sporting tem estado muito melhor do que nos últimos anos. Mas pode não chegar para conquistar o título.
O FC Porto não tem estado tão bem como nas últimas épocas. Mas pode bastar para alcançar os objectivos.
O Benfica tem estado ao nível dos últimos tempos. Nesta altura, é o melhor e é quem se mostra melhor.
Mas em duas ou três jornadas tudo se pode alterar. É por isso que poucos são os acertam no totobola.
Ontem, o Benfica fez uma portentosa demonstração de força e de convicção na sua candidatura ao ceptro de campeão!