O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 21 de Janeiro de 2014

Não leva a muito a discórdia.

Já dizia Benjamin Franklin: «A discórdia almoça com a anundância, janta com a pobreza, ceia com a miséria e dorme com a morte»!

publicado por Theosfera às 09:41

Só se pode falar de liberdade promovendo a liberdade.

Henri Amiel percebeu: «Enquanto a maioria dos homens não for livre, não se pode conceber o homem livre».

publicado por Theosfera às 09:37

É perniciosa esta incoerciva propensão para a vulgaridade.

O amigo é uma raridade. Mas a amizade, para muitos, tornou-se uma vulgaridade.

Já dizia Epicuro: «A amizade e a lealdade residem numa identidade de almas raramente encontrada».

Importante é apostar nesta raridade, nesta verdadeira preciosidade!

publicado por Theosfera às 09:34

Hoje, 21 de Janeiro (4º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de Sta. Inês e S. Pátroclo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2014

S. Sebastião deu a vida pela fé. Foi alvo de ódio por causa da fé e do amor a Cristo.

 

Hoje, ele continua a inspirar a nossa conduta.

 

Há uma passagem do Concílio Vaticano II pouco conhecida (Lumen Gentium, 8), mas que muito me tem feito pensar.

 

Diz que Cristo salvou o mundo pela pobreza e pela perseguição. E acrescenta que é pela pobreza e perseguição que seguimos o Senhor.

 

Os mártires assim o mostram. E o nosso testemunho assim o há-de demonstrar.

 

Enzo Bianchi alerta que a humanidade precisa mais de testemunhos do que de depoimentos.

 

Testemunha em grego diz-se martyr. E já Sto. Agostinho assinalava que caminhamos nesta vida entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus.

 

Os santos são os maiores mestres e os únicos heróis.

publicado por Theosfera às 12:07

Tudo deve ser repartido. Inclusive as opiniões.

Aliás, Mark Twain notou que «não é possível fruirmos as nossas opiniões enquanto não as partilharmos com os outros»!

publicado por Theosfera às 12:03

A felicidade acena-nos, mas a insatisfação não deixa de nos acompanhar:

Horácio notou: «Raramente podemos descobrir um homem que diga que viveu feliz e que quando termina o seu tempo deixa a vida como um conviva satisfeito»!

publicado por Theosfera às 11:57

Hoje, S. Sebastião. Amanhã, Sta. Inês. Depois de amanhã, S. Vicente.
Três dias, três mártires.
Para ser mártir, é preciso haver amor. Mas, por estranho que pareça, é preciso também haver ódio.
É incrível, mas é mesmo verdade. Sem ódio, não há martírio.
O «odium fidei» é a condição para alguém ser declarado mártir....
Estamos, pois, diante de uma mistura explosiva e, ainda por cima, dificilmente explicável.
Como é que o ódio se manifesta, regra geral, contra quem mais ama?
A fé está cheia de mistérios. E a vida não o está menos...
publicado por Theosfera às 05:59

Hoje, 20 de Janeiro (3º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de S. Fabião, S. Sebastião (padroeiro principal da Diocese de Lamego), Sto. Eustóquio Calafato e S. José Freinademetz.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 19 de Janeiro de 2014

Será que a vida humana não passa de um «mix» de ambição, frustração, despeitos e ódios?

Quem lê e ouve as declarações que pontuam o nosso quotidiano fica perplexo.

Mas eu creio que há muita coisa bela que não é dita. Ou que, sendo dita, ainda não é ouvida!

publicado por Theosfera às 16:16

Neste momento de louvor
— de louvor porque estamos em Eucaristia
e de louvor porque, dentro da Eucaristia, estamos em acção de graças —
nós Te bendizemos, Senhor,
por esta tocante celebração
que, mais uma vez, presencializa a Tua presença no mundo,
que, mais uma vez, actualiza a Tua entrega na história
e que, mais uma vez, sinaliza o Teu imenso amor no coração de cada homem.

Mas não queremos, Senhor,
que a Eucaristia seja um momento com princípio e fim.
Queremos, sim, que a Eucaristia envolva toda a nossa vida:
do princípio até ao fim.
Queremos que a Missa gere Missão,
modelando todas as fibras do nosso interior
e lubrificando todas as vértebras da nossa alma.
Por conseguinte, que à Eucaristia sacramental suceda sempre a Eucaristia existencial,
para que nada no nosso ser fique à margem desta grande celebração.

Neste dia, o nosso coração entoa um canto de louvor a Ti, Pai,
que, pelo Teu Filho e pelo Teu Espírito,
nos tocas permanentemente
como se fossem as Tuas mãos delicadas a afagar-nos com carícias etéreas.


Faz de nós testemunhas do Evangelho,
com a mesma intrepidez,
com igual disponibilidade
e sobretudo com idêntica generosidade.


Que nos disponhamos a ser pão
que os outros possam comer.
Que o «ide em paz» ressoe, para nós,
não como uma despedida,
mas como um incessante envio.

Que, pelo nosso testemunho e pela nossa humildade,
todos tenham acesso ao Pão da Vida,
ao Pão do Amor,
ao Pão da Solidariedade,
ao Pão da Paz e da Esperança,
ao Pão que és Tu, Senhor,
e que, através de nós,

publicado por Theosfera às 11:26

A ciência é muito, mas será tudo? Freud achava que «a ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode dar».

Mas podemos encontrar na fé.

Quem é visitado por ela não se sente iludido. Nem desacompanhado!

publicado por Theosfera às 08:24

Somos diferentes dos outros animais. Seremos sempre melhores?

Elvis Presley tinha uma posição curiosa: «Os animais não odeiam, e seria suposto nós sermos melhores do que eles».

Bom, se calhar também odeiam. Também agridem. Também matam.

Mas entre os humanos nada disso devia acontecer.

De facto, ninguém é tão humano como os homens. Mas, às vezes, ninguém parece tão desumano como os homens!

publicado por Theosfera às 08:20

Não concordo com Pessoa, mas reconheço pertinência quando escreve: «Não há felicidade senão com conhecimento. Mas o conhecimento da felicidade é infeliz; porque conhecer-se feliz é conhecer-se passando pela felicidade, e tendo, logo já, que deixá-la atrás. Saber é matar, na felicidade como em tudo. Não saber, porém, é não existir».

Saber não é matar. Não saber é não existir.

Mas existir pode ser saber que não se sabe. Que não se sabe tudo. Que não se sabe muito!

publicado por Theosfera às 08:16

Devemos ouvir o que as pessoas dizem. Mas devemos prestar mais atenção ao que as pessoas fazem.

Demófilo avisou: «Presta confiança às acções dos homens, mas não ao que eles dizem».

De facto e infelizmente, o que as pessoas fazem nem sem coincide com o que as pessoas dizem.

Às vezes, o que as pessoas fazem desmente (de modo flagrante) o que as pessoas dizem!

publicado por Theosfera às 08:12

Hoje, 19 de Janeiro (II Domingo do Tempo Comum e 2º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de S. Germânico, S. Canuto, S. Mário, S. Tiago Sales e seus Companheiros e S. Marcelo Spínola Maestre.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 18 de Janeiro de 2014

«Não é bem assim».

Eis uma espécie de chave que serve para arrumar qualquer conversa.

Revela duas coisas, ambas perigosas: que não se vê (ou não quer ver) um problema; que não há vontade de o vencer.

Entre a obscuridade da inteligência e a capitulação da vontade, os problemas avançam.

A páginas tantas, corremos o risco de os descrever como grandes feitos!

publicado por Theosfera às 11:41

Será fácil enganar os outros. Mas também não é difícil enganarmo-nos a nós mesmos.

Se calhar, é quando pensamos que estamos a enganar os outros que mais nos enganamos a nós.

Anotemos este aviso de La Rochefoucauld: «É tão fácil enganar-se a si mesmo sem o perceber como é difícil enganar os outros sem que o percebam»!

publicado por Theosfera às 11:30

Curiosa (e pertinente) a anoração de Ronsard: «No coração humano, os prazeres não mantém entre si as relações que os desgostos aí conservam; as novas alegrias não fazem renascer as antigas, mas as dores recentes reverdecem as outras»!

Vale de lágrimas é a nossa vida?

publicado por Theosfera às 11:26

Tudo parece durar cada vez menos.

Houve uma figura pública que sentenciou que aquilo que é verdade hoje torna-se mentira amanhã.

Num registo semelhante, Vergílio Ferreira assinalou: «A verdade de hoje é o erro de amanhã - todo esse saber se afundará e a glória e a petulância que vinha nele».

Nem sempre, porém. Há sempre muito que fica depois de quase tudo passar: Deus, a vida do Homem com Deus.

Essa vida tem sabor a eternidade!

publicado por Theosfera às 11:23

É natural que as pessoas lamentem o que perderam ou que lastimem o que não conseguiram.

Mas é mais importante que se aposte no que se se pode realizar. E que não desperdicemos energias em lamúrias.

Tagore notou: «Se de noite chorares pelo sol, não verás as estrelas»!

publicado por Theosfera às 11:19

Hoje, 18 de Janeiro (1º dia do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos), é dia de Sta. Margarida da Hungria, S. Liberto ou Leobardo, Sta. Prisca ou Priscilla e S. Jaime Cosán.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2014

Acerca de alguém disse Plínio: «Tem um único defeito: o de não ter defeitos».

Mas haverá alguém com esse defeito?

publicado por Theosfera às 10:27

O problema grave da educação é achar que ela pode ser dada por terminada.

O problema maior da educação é não perceber que ela ainda nem começou.

Flaubert notava: «A vida deve ser uma constante educação». Com princípio. E nunca com fim.

A educação é composta de princípios que não têm fim.

O fim da educação é nunca permitir que ela tenha fim!

publicado por Theosfera às 10:22

Achava Pascal que «o amor não tem idade para nascer».

Pela amostra, parece também não ter idade para morrer. Infelizmente, morre depressa, morre cedo.

Diz um estudo recente que o casamento dura cada vez menos. Em média, 16 anos.

Mesmo que durasse a vida toda seria pouco.

Aliás, a Bíblia garante que o amor é mais forte que a morte. O amor dura para lá da própria morte.

É por isso que o amor é eterno. É por isso que o amor é divino. É por isso que Deus é amor.

Não retiremos Deus doa amor. Alimentemos o amor com a presença (amorosa) de Deus!

publicado por Theosfera às 10:16

Antão, que veneramos como santo, seria facilmente acusado, hoje em dia, de ser um excêntrico, alguém que fugia dos outros e fechado em si mesmo.

 

Era importante que, olhando para o exemplo deste asceta solitário, reafirmássemos o nosso amor pela liberdade de cada um.

 

A humanidade não é uniforme. Ela é uma sinfonia polifónica.

 

Deus está em todas as consciências. Não há um só caminho nem uma única visão.

 

A vida em comunidade é fecunda e profundamente bela. Mas não podemos estigmatizar quem opta pela solidão. Que, no fundo, acaba por ser uma solidão habitada.

 

Antão foi autêntico. Não seguiu a corrente. Benditos os que ousam.

publicado por Theosfera às 07:13

Hoje, 17 de Janeiro, é dia de Sto. Antão e Sta. Rosalina de Villeneuve.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2014

Afinal, em que consiste o talento?

Responde Henry Thoreau: «O talento limita-se a indicar a profundidade do carácter numa certa direcção».

Sem carácter, para que serve o talento?

publicado por Theosfera às 10:23

Da sabedoria judaica: «Melhor um homem piedoso do que esperto».

É claro que muitos pensam o contrário.

Mas um homem pio é um homem liso, é um homem limpo.

Pode não ser muito reconhecido nem aplaudido. Mas será sempre alguém que merece o melhor capital: confiança!

publicado por Theosfera às 10:20

Interessante a recomendação de Sydney Smith: «A melhor maneira de responder a um mau argumento é deixá-lo continuar».

A esta luz, percebe-se o conselho de Napoleão: «Nunca interrompas o teu inimigo enquanto estiver a cometer um erro».

É claro que a ajuda deve ser dada a toda a gente. Há, porém, quem não a queira receber.

Aí, paciência!

publicado por Theosfera às 10:15

O fim é importante. E por isso os meios tornam-se interessantes.

George Braque assinalou: «Não é o fim que é interessante, mas os meios para lá chegar».

Quando se acredita num fim, faz-se tudo para lá chegar.

Um único limite: não pisar ninguém, nunca passar por cima de ninguém!

publicado por Theosfera às 10:07

Faz hoje vinte e um anos.

16 de Janeiro de 1993. Uma data que jamais esquecerei. Um dia que ficou marcado por um turbilhão de emoções. Um dia em que pude presenciar a dor de muitos e o amor solidário de tantos.

Na manhã fria deste dia, muitas pessoas foram desalojadas em Camarate. Algumas senhoras ficaram na rua com bebés e crianças nos braços.

Nesse dia, houve encontro de jovens na Paróquia de S. João de Brito.

A oração começou a motivar-nos para a missão. Sentíamos que tínhamos de fazer alguma coisa. E fez-se.

Os jovens puseram-se em campo. Fomos ao local. Trouxemos um autocarro cheio de desalojados. Ficaram nas instalações da paróquia durante várias semanas.

E foram eles, os jovens, que mobilizaram toda a comunidade (crentes e não crentes).

Durante dias, ali estiveram junto de desconhecidos que depressa passaram a ser tratados como irmãos.

Toda a gente colaborou com comida, com roupa, com carinho.

O sorriso humedecido em lágrimas foi o mais belo gesto de gratidão que registámos.

Sei que os jovens de S. João de Brito (hoje adultos) ficaram marcados para sempre.

Eu também fiquei marcado. Pela generosidade imensa que eles mostraram.

Houve quem faltasse ao emprego e às aulas para não faltar à solidariedade.

Assim se escreveu a palavra FÉ a letras de ouro no coração de muitos!

publicado por Theosfera às 06:59

Hoje, 16 de Janeiro, é dia de S. Berardo e seus Companheiros, S. Marcelo e S. José Vaz.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 05:59

Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2014

1. Atravessados em filigrana por uma tumultuosa contradição, os nossos tempos são tecidos, em simultâneo, por um altruísmo ardente e por um individualismo feroz.

Será possível explicar?

 

2. As distâncias físicas como que foram anuladas. Vivemos, cada vez mais, ao lado uns dos outros.

Sabemos — ou presumimos saber — tudo o que se passa com os outros. Estamos perto de muitos e as vias de comunicação colocam-nos não longe de todos.

 

3. A passagem de uma civilização de pendor rural para uma civilização de teor urbano leva-nos a estar rodeados de ajuntamentos e a posicionarmo-nos constantemente em multidão.

E é assim que apontamos o dedo quando um não vai ao encontro de muitos. Mas não nos preocupamos quando muitos se recusam a ir ao encontro de um.

 

4. Esquecemos que o outro não tem valor quando é multiplicado por muitos.

O valor do outro consiste em ser pessoa, em ser único, irrepetível.

 

5. Por um lado, parece haver uma espécie de alterlatria, de culto do outro. Só que nem sempre este reconhecimento do outro convive pacificamente com um genuíno respeito pela identidade do outro, pela maneira de ser do outro.

Ou seja, queremos o outro à nossa medida. Afinal, estamos muito perto, mas não nos sentimos muito próximos.

 

6. Se repararmos no grande ícone da nossa época — as manifestações —, notaremos que é praticamente impossível encontrar uma multidão totalmente unânime.

É raro haver uma multidão que se dissolva sem um foco de violência ou um vulcão de apupos.

 

7. Hoje em dia, as multidões juntam-se mais facilmente contra alguém do que por alguém.

Flávio Paranhos adverte-nos para o perigo de uma alterfobia, que, no limite, leva a ver no outro um invasor, um intruso, um colonizador.

 

8. As relações que mantemos com os outros continuam a ser, tendencialmente, de controlo e de dominação.

Acresce que este impulso não se limita ao exterior. Muitos são os grupos que deixam de se preocupar com o adversário comum e começam a dividir-se, a desentender-se e até a agredir-se!

 

9. Acontece que uma comunidade terá dificuldade em subsistir quando se desagrega, quando exclui em vez de incluir.

O progresso terá de passar, por isso, por uma harmonia maior com o outro.

 

10. É claro que se trata de um processo, longo. Difícil. E muito dificultado.

Mas esse momento há-de chegar. O melhor ainda está para vir!

publicado por Theosfera às 11:27

Miguel Torga achava que só prestava para ser livre. A liberdade é fundamental, estruturante.

O mesmo Torga notava que existe «a liberdade de falar e a liberdade de viver, mas esta só existe quando se dá às pessoas a sua irreversível dignidade de viver».

Quem retira dignidade torpedeia a liberdade!

publicado por Theosfera às 10:05

O Espírito será invisível. Mas as Suas manifestações são continuamente visíveis.

Hegel percebeu: «A necessidade, a natureza e a história não são mais do que instrumentos da revelação do Espírito»!

publicado por Theosfera às 10:01

Muitas promessas dão habitualmente lugar a muitas decepções.

Daí que Demófilo recomende: «Promete pouco e cumpre muito». Procuremos cumprir sempre!

publicado por Theosfera às 09:58

Os sonhos devem ser sempre grandes. Até porque nunca os realizaremos na totalidade.

É por isso que quanto maiores forem, tanto mais possível será a sua «taxa» de realização.

Já William Faulkner notava: «A sabedoria suprema é ter sonhos bastante grandes para não se perderem de vista enquanto os perseguimos»!

publicado por Theosfera às 09:55

Um conselho de Saadi Muslah-Al-Din: «Rompe com o amigo que frequenta os teus inimigos».

Acho que não se deve romper com ninguém.

O amigo do inimigo será amigo do inimigo? Não absorverá também a sua inimizade?

O amiguismo é a degenerescência da amizade.

Enquanto por aqui andarmos, temos de lançar pontes. Até que as recusas dêem lugar à aceitação!

publicado por Theosfera às 09:52

Hoje, 15 de Janeiro, é dia de Sto. Amaro, S. Plácido, S. Luís Variara, Sto. Arnaldo Jansen, S. Paulo Ermita, S. Remígio e S. Macário o antigo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Terça-feira, 14 de Janeiro de 2014

Muitos dizem que não querem a popularidade. Mas, lá no fundo, passam o tempo a trabalhar por ela.

Já dizia Paolo Mantegazza: «Se a popularidade não é a glória, é, contudo, o seu mais saboroso condimento».

Há, porém, excepções.

Para muitos, como Torga, a fome não é de fama. Mas de eternidade. É isso que importa. Depois do tempo. E em cada momento do tempo.

É isso que fica. Tudo o resto passa.

A popularidade também foge. E dura cada vez menos!

publicado por Theosfera às 10:03

É uma redundância, mas é, acima de tudo, uma verdade insofismável: tudo começa pelo princípio.

É pena que, amiúde, se esqueça isto.

Platão já o notou: «A orientação inicial que alguém recebe da educação também marca a sua conduta ulterior».

Se não queremos sofrer a jusante, actuemos a montante!

publicado por Theosfera às 09:58

Tão prejudicial é a precipitação como a excessiva cautela.

Claire Rémusat dava dois exemplos: «Um jornalista afirma tudo o que para ele é duvidoso; um diplomata guarda-se de afirmar o que sabe ser absolutamente certo».

Nem tanto nem tão pouco.

Sobretudo quando está em causa a reputação das pessoas, todos os cuidados são poucos!

publicado por Theosfera às 09:55

Hoje, 14 de Janeiro, é dia de S. Félix de Nola, Sta. Macrina a Antiga e S. Pedro Donders.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:02

Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2014

O prémio atribuído a Cristiano Ronaldo encerra alguns ensinamentos. Descontando, pois, a compreensível euforia de momentos como este, destacaria sobretudo duas importantes lições.

 

Em primeiro lugar, fica provado que Portugal é terra de excelência. Há portugueses que ombreiam com os melhores e que são capazes de ser, inclusive, os primeiros na sua profissão.

 

Num universo tão competitivo como o futebol profissional, dá que pensar ver como o melhor nasceu neste nosso país. E repare-se que foi necessário singularizar a partir de um leque vastíssimo onde a competência é muita e a competição bastante.

 

Ser o melhor e ser português é, por isso, uma conjugação que nos deve encher de alegria. Numa altura em que a nossa auto-estima está a cair, faz bem olhar para estes fenómenos. Também em Portugal é possível emergir o que há de melhor.

 

Em segundo lugar (e, talvez, este dado contraste com o anterior), fica a ideia de que o português, para singrar, tem de sair.

 

Se Cristiano Ronaldo não tivesse saído do Sporting, alguma vez obteria o mesmo reconhecimento? O talento seria o mesmo, mas a projecção seria igual?

 

Diga-se o mesmo de Luís Figo. Também ele é português. Também ele foi considerado o melhor do mundo. Mas, para isso, também ele teve de sair de Portugal.

 

Especulativamente, podemos conjecturar. Se o Sporting, além de formar óptimos jogadores, tivesse condições de os segurar, onde não estaria ele? Se ao talento formativo aliasse capacidade financeira, não estaríamos em presença de um potencial dominador do futebol europeu? Já viram o que seria uma equipa com Cristiano Ronaldo, Quaresma, Simão, Futre, Figo, etc.?

 

Se pensarmos bem, é o que se passa em vários domínios. Eduardo Lourenço é português, mas vive fora de Portugal. António Damásio é português, mas afirmou-se longe de Portugal. D. José Saraiva Martins idem.

 

Portugal é capaz de produzir o que há de melhor. Mas só quando se sai de Portugal é que o reconhecimento chega. Seremos melhores lá fora? Teremos de sair para ser?

 

Fatalidade? Não quero crer. Realidade? Sim. Realidade que importa estudar e urge superar.

 

Fica claro que Portugal é terra de excelência. Que nos falta para conseguirmos cá dentro o que obtemos lá fora?

publicado por Theosfera às 22:12

Já houve quem dissesse que este é um dia D.

Talvez fosse mais adequado dizer que é um dia C. Ou talvez um dia CR, um dia CR7.

A informação parece alimentar-se não de um acontecimento, mas de uma expectativa.

Toda a gente está à espera da Bola de Ouro.

É curiosa a linha de argumentação. Diz-se que Ribéry não deve receber o prémio porque a distinção é para um jogador, não para uma equipa. Mas, pela amostra, parece que ela é para todo um país.

Sucede que, para lá das condicionantes, também sou dos que pensam que Cristiano Ronaldo merece porque, de facto, foi o melhor. E não apenas pelos muitos golos que apontou.

Mas o melhor é aguardar serenamente pelas 17h. É

que, já dizia Keynes, «muitas vezes o inevitável não acontece e o improvável acaba por acontecer».

Esperemos que, desta vez, o inevitável se concretize!

publicado por Theosfera às 10:17

A verdade está (sempre!) na totalidade.

Uma meia verdade acaba por ser uma meia mentira. E uma meia mentira nunca será uma meia verdade.

Aliás, já Jean Cocteau o notara: «Uma garrafa de vinho meio vazia está meio cheia. Mas uma meia mentira nunca será uma meia verdade».

A verdade implica sempre a totalidade: a totalidade da inteligência, a totalidade da vontade, enfim, a totalidade da vida!

publicado por Theosfera às 10:00

Começar é também continuar.

O começo está nos começos. Cada começo é tributário de outros começos.

Wislawa Szymborska notou: «Todo o começo, afinal de contas, nada mais é que uma continuação, e o livro dos eventos está sempre aberto a meio».

publicado por Theosfera às 09:52

Hoje, 13 de Janeiro, é dia de Sto. Hilário de Poitiers (eminente Triadólogo e invocado contra as serpentes), S. Gumersindo e S. Serdieu.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 12 de Janeiro de 2014

Senhor Deus,
que nos enviaste o Filho e o Espírito,
torna-nos solícitos ao Teu envio permanente e ao Teu convite constante.

Enche-nos coma Tua força
e preenche-nos sobretudo com o Teu amor.

A Maria, nossa Mãe,
espelho e exemplo da Igreja,
pedimos a coragem da persistência
e a serenidade da determinação.
Que Ela nos ensine a escutar
e a fazer tudo o que Seu Filho nos diz.

Que Nossa Senhora dos Remédios
nos ajude a conjugar, como ela,
o verbo «dar», o verbo «servir», o verbo «amar».

Senhor Deus,
Tu que és Pai, Tu que és Pão, Tu que és Paz,
dá-nos a intensidade dos começos,
faz de nós apóstolos da Tua presença.
Que esta missão nunca termine
E que nunca deixemos de escutar a Tua voz que nos manda partir,
sabendo que estás sempre ao nosso lado
e sentindo que nunca deixas de estar dentro de nós!
Obrigado, Senhor,
por, também hoje, Te apresentares no meio de nós,
por, também hoje, nos ajudares a vencer as nossas perturbações.

Obrigado, Senhor, pela paz que nos dás,
pela paz que és Tu,
pela paz que chega ao mundo inteiro.

publicado por Theosfera às 09:14

Qual será, afinal, o maior meio de comunicação?

Niklas Luthmann dizia, com ironia e com pertinência, que é o dinheiro.

De facto, o dinheiro circula e a grande velocidade.

Circula e faz circular. Alguns, movidos por uma enorme velocidade a que se chama ganância, conseguem apoderar-se de muito dinheiro.

É por isso que o dinheiro tanto provoca riqueza como pobreza!

publicado por Theosfera às 08:24

É importante, muito importante, termos a percepção dos nossos limites.

Franklin Roosevelt notou que «os únicos limites das nossas realizações de amanhã são as nossas dúvidas e hesitações de hoje».

Mas convenhamos que, às vezes, é bom que tenhamos essa percepção.

Perceber que somos limitados ajuda a evitar muitos problemas!

publicado por Theosfera às 08:11

«O Evangelho conta que o Senhor foi ao Jordão para ser baptizado e quis ser consagrado neste rio por sinais do Céu.

Não é sem razão que celebramos esta festa pouco depois do dia do Natal do Senhor, já que os dois acontecimentos se verificaram na mesma época, embora com diferença de anos; julgo que também ela deve chamar-se festa do Natal.

No dia do Natal, Cristo nasceu entre os homens; hoje renasce pelos sinais sagrados; naquele dia, nasceu da Virgem; hoje é gerado pelos sinais do Céu.

No Natal, ao nascer o Senhor segundo a natureza humana, Maria, Sua mãe, acaricia-O no Seu colo; agora, ao ser gerado entre os sinais celestes, Deus, Seu Pai, envolve-O com a Sua voz, dizendo: «Este é o meu filho amado, no qual Eu pus todo o meu agrado. Escutai-O» (Mt 17,5).

A Sua mãe trá-Lo nos braços com ternura, o Seu Pai presta-Lhe o testemunho de amor. A Mãe apresenta-o aos magos para que O adorem, o Pai apresenta-O às nações para que O reverenciem.

O Senhor Jesus foi, portanto, receber o baptismo e quis que o Seu santo corpo fosse lavado nas águas.

Talvez alguém diga: «Se Ele era santo, por que quis ser baptizado?»

Escuta: Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para as santificar e para purificar as torrentes com o contacto do Seu corpo. A consagração de Cristo é sobretudo a consagração da água.

Assim, quando o Salvador é lavado, todas as águas ficam puras para o nosso baptismo; a fonte é purificada para que a graça baptismal seja concedida aos povos que virão depois.

Cristo precede-nos no baptismo para que os povos cristãos sigam confiantemente o Seu exemplo. Vejo aqui um significado misterioso: também a coluna de fogo ia na frente através do Mar Vermelho, para que os filhos de Israel a seguissem corajosamente no caminho; foi a primeira a atravessar as águas, a fim de abrir caminho aos que vinham atrás.

Este acontecimento, como diz o Apóstolo, era uma figura do baptismo. Foi certamente uma espécie de baptismo, no qual os homens eram cobertos pela nuvem e passavam através das ondas.

Tudo isso foi realizado pelo mesmo Cristo nosso Senhor, que agora, na coluna do Seu corpo, precede no baptismo os povos cristãos, como outrora, na coluna de fogo, precedeu através do mar os filhos de Israel.

Sim, é a mesma coluna que outrora iluminou os olhos dos caminhantes que hoje enche de luz os corações dos que crêem. Outrora abriu um caminho seguro entre as ondas, hoje firma no baptismo os passos da nossa fé».

 

(S. Máximo de Turim, século V)

publicado por Theosfera às 07:06

Hoje, 12 de Janeiro (Festa do Baptismo do Senhor e Fim do Tempo Litúrgico do Natal), é dia de S. Modesto, S. João de Ravena, S. Bento Biscop, Sto. António Maria Pucci e Sta. Margarida de Bourgeoys.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 11 de Janeiro de 2014

Quem ilude acaba por se iludir também.

Eléonore Duse deixa o aviso: «O grande perigo que corremos, iludindo os outros, é que acabamos por nos iludirmos»!

publicado por Theosfera às 16:26

Sair de nós é uma atitude sensata.

Tira-nos a presunção de que somos únicos, de que somos o centro, de que somos os maiores.

Cervantes entendeu isto muito bem: «Andar por terras distantes e conversar com diversas pessoas torna os homens ponderados»!

publicado por Theosfera às 07:37

O rico tem mais meios, mas também contrai mais dependências.

Nicolao Tommaseo já tinha notado: «O rico é sempre e em qualquer lugar mais ambicioso e mais mendigo que o pobre»!

publicado por Theosfera às 07:34

Roger Gard: «O pensamento só começa com a dúvida».

Não diria «só». Diria «também». E «muitas vezes».

A dúvida não é um freio do pnesamento. Pode ser o grande despertador do pensamento.

Mas o pensamento não se pode resignar à dúvida!

publicado por Theosfera às 07:32

Hoje, 11 de Janeiro, é dia de Sto. Higino e S. Vital.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:10

Sexta-feira, 10 de Janeiro de 2014

A glória passa depressa. Mas a inglória também acaba por passar, embora não tão depressa.

Quem vê os aplausos (mais que merecidos, aliás) ao Papa Francisco dificilmente imagina as vagas de contestação que o padre, bispo e cardeal Bergoglio teve de suportar.

Basta conferir o esgar de um e o facies de outro. Por sinal, são a mesma pessoa. Mas quem não estiver atento até terá as suas dúvidas à primeira impressão.

O mais curioso é notar que o perfil de actuação sempre foi este. Mas o efeito parece ser muito diferente.

O reconhecimento demora. Bom é quando, mesmo demorando, vem!

publicado por Theosfera às 10:35

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