O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 07 de Janeiro de 2014

Já os antigos reconheciam que «veritas odium parit».

Infelizmente, assim parece.

Mas não é a verdade que gera ódio. É a resistência à verdade que o provoca.

Não há ódio na verdade nem verdade no ódio.

Nunca encontrei ponta de verdade em quem odeia.

Inversamente, não há paz podre. A paz nunca é podre. Apodrecida pode ser a atmosfera de quem recusa a paz.

Mas não é o ódio que nos há-de fazer vacilar na verdade.

A verdade até pode gerar ódio. Mas o ódio nunca gera verdade!

publicado por Theosfera às 10:39

Não desprezemos o passado. Até o futuro está cheio dele. Nem o futuro existiria sem ele.

Thomas Elliot sublinhou, enfaticamente, que «o tempo passado e o tempo presente fazem todos parte do tempo futuro».

A não esquecer jamais!

publicado por Theosfera às 10:29

A justiça inclui quase tudo e exclui praticamente uma única coisa: a violência.

Aliás, Charles Tocqueville notou que «o grande objectivo da justiça é substituir a ideia da violência pelo direito».

Não confundamos justiça com vingança!

publicado por Theosfera às 10:00

É muito forte a tendência para dissolver nos outros a responsabilidade pessoal.

Mariano da Fonseca notou: «Há muita gente que procura apadrinhar com a opinião pública as suas opiniões e disparates pessoais».

O facto de muita gente fazer de uma determinada maneira não quer dizer que essa maneira seja a mais correcta.

Ademais, a mudança costuma fazer em sentido oposto à corrente!

publicado por Theosfera às 09:52

Muito dói a morte. Já, na antiguidade, Safo assumia: «Se a morte fosse um bem, os deuses não seriam imortais».

Só que, em Jesus, Deus mostra que nem a morte impede que se seja imortal. Até a morte pode ser vencida.

Continua a ser duro morrer. Mas a fé testifica que a morte não é termo, mas trânsito; não é fim, mas passagem.

Afinal e como assegurava a mãe do mártir Sinforiano, «a vida não acaba, apenas se transforma»!

publicado por Theosfera às 09:45

1. A esta hora, são já muitos os presépios que estão a ser desmontados.

Mas será que a sua lição alguma vez terá sido apreendida?

 

2. O presépio assinala que Deus entra na nossa história não pela via da opulência, mas pela via da humildade.

O sinal de Deus não está num palácio. Está numa manjedoura. O sinal de Deus — garantem os enviados celestes — não é um rei, um presidente ou um gestor; é um menino (cf. Lc 2, 12)

 

3. Divino não é o grande caber no grande. Isso qualquer humano consegue. Divino é o infinitamente grande caber no infinitamente pequeno.

Vale a pena recordar, a este propósito, o aforismo de Hölderlin: «Non coerceri maximo, contineri tamen a minimo, divinum est» («Não ser abarcado pelo máximo, mas deixar-se abarcar pelo mínimo, isso é que é divino»).

 

4. De facto, Deus inverte o máximo e o mínimo, o maior e o menor, o grande e o pequeno.

O máximo é o que parece mínimo. O maior é o que se apresenta como menor. O verdadeiramente grande é o que nos surge como pequeno.

 

5. Como Jesus foi sempre a transparência do Pai — «quem Me vê, vê o Pai» (Jo 14, 9) —, não deveria a Igreja procurar ser a transparência de Jesus?

Para tal, não basta ser o eco das Suas palavras. É fundamental procurar ser a reprodução das Suas atitudes, dos Seus gestos.

 

6. Jesus é a Palavra feita vida e a vida feita Palavra.

Palavra e vida estão unidas em Jesus.

 

7. Num tempo em que se gritam tantas palavras, faz pena que a Palavra de Jesus seja remetida ao silêncio e atirada para o esquecimento.

Se a memória a guarda, a prática, muitas vezes, parece que não a acolhe.

 

8. A Igreja tem de procurar ser espelho e jamais pode ser muro.

Assim, em vez de desmontarmos o presépio, procuremos transferi-lo: do templo para o tempo, das imagens para a vida. É na vida que Jesus quer renascer para nós. É na vida que Jesus quer que renasçamos para Ele.

 

9. E nunca esqueçamos a sua permanente lição.

O presépio é o certificado da humildade de Deus e o convite ao despojamento da Igreja.

 

10. Deus não está no mundo pela pompa. Deus vem pela simplicidade e pela pobreza.

Uma Igreja pobre será (sempre) a maior riqueza que teremos para oferecer.




publicado por Theosfera às 07:03

Hoje, 07 de Janeiro, é dia de S. Luciano, S. Raimundo de Penhaforte e Sta. Maria Teresa Haze.

Um santo e abençoado dia para todos

publicado por Theosfera às 00:00

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