É impossível passar ao lado. E é muito fácil ir na onda.
Mas quem me conhece sabe que não é de hoje a minha admiração por Eusébio.
Cresci na convicção de que, a seguir a Pelé, Eusébio foi o maior. E até este dia ainda não tive razões para mudar de opinião.
As épocas são diferentes. Actualmente, há mais jogos e mais imagens de jogos. A distância desacelera a lembrança. A memória começa por abarcar o mais recente.
É normal. A publicidade difunde mais.
E não há dúvida de que, nos tempos que correm, há quem esteja num patamar muito alto. Num patamar talvez perto de Eusébio. Mas superior a Eusébio continuo a não ver ninguém. Vi apenas Pelé.
Eusébio morreu cedo. Como ainda mais cedo morreu aquele que terá sido o maior obstáculo que Eusébio encontrou pela frente: Vítor Damas.
Os dois já se reencontraram no repouso eterno!