Não é fácil homiliar.
Às vezes, o efeito mais imediato da homilia oscila entre uma vontade enorme de sair e uma vontade imensa de dormir.
A propósito, conta-se que um bispo mexicano, que até pregava com fervor, reparou num velhinho que dormia no banco da frente.
Intimou o neto: «Acorda o teu avô». Replicou o neto: «Acorda-o tu. Foste tu que o puseste a dormir»!
E, no entanto, a homilia é cada vez mais importante. Em muitos casos, torna-se o único meio de formação a que as pessoas têm acesso.
Mais do que talento, é fundamental que o pregador tenha convicção. Que não se coloque acima das pessoas. Aliás, «homilia» vem de uma palavra grega que significa «conversar».
O pregador não é protagonista. É eco. Eco da palavra eterna de Deus que ressoa na palavra de cada tempo.
O que sai dos lábios tem de ser o que vem da vida!