As traições que mais doem não vêm pelos lábios; vêm pelos actos.
Chateaubriand tinha razão quando reconheceu que «os acontecimentos fazem mais traidores que as opiniões».
Mais e piores.
Temos de estar preparados para tudo. Mas alguma vez estaremos preparados para a traição?
Luís XIV achava que «o trabalho só assusta as almas fracas».
Mas hoje o que assusta é a falta de trabalho.
A falta de trabalho assusta os fracos e não deixa de assustar os fortes!
É preciso acreditar o que se deve para saber o que se pode.
Acreditar ajuda a saber. Saber ajuda a acreditar.
Nunca se consegue saber tudo. E jamais se deverá acreditar em tudo.
Jan Neruda entendia que «quem não sabe nada tem de acreditar em tudo».
Mas quem não acredita em nada chegará a saber alguma coisa?
Muito se fala hoje do poder e muito se tende a esquecer o dever.
O poder é importante. Mas o dever é decisivo.
É pelo poder que mostramos o que queremos. Mas é pelo dever que revelamos o que somos.
A sentença de Confúcio mantém-se, pois, actual: «Aprende a viver como deves e morrerás bem»!
Quanto às palavras, é preciso estar atento à etimologia, às denotações e também às conotações.
Não é curial dizer que uma senhora pariu. Desde há muito, «parir» é um verbo aplicado sobretudo ao parto de animais.
E, por favor, parem de referir que a GNR montou uma «caça ao homem». Nenhum ser humano, por muito desumana que seja a sua conduta, é um troféu de caça.
Haja um pouco de decoro.
A linguagem dos lábios é ecóica. Ela faz ecoar a linguagem da vida!
Hoje, 18 de Novembro, é dia da Dedicação das Basílicas de S. Pedro e S. Paulo, Sta. Carolina Kózka, Sto. Odo de Cluny, S. Domingos Jorge, Sta. Isabel Fernandes, Sto. Inácio e Sta. Salomé de Cracóvia.
Um santo e abençoado dia para todos!