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Sábado, 16 de Novembro de 2013

Faz hoje vinte e quatro anos que o reitor da Universidade Centro-Americana foi assassinado juntamente com outros colegas.

 

O Padre Ignacio Ellacuría foi um dos discípulos dilectos de Zubiri e o primeiro a fazer uma tese de doutoramento sobre a sua obra.

 

Deixando uma carreira descansada na Europa, foi para a América Latina pugnar pela justiça em nome do Evangelho.

 

Vidas assim sobrevivem. Mesmo depois da morte.

publicado por Theosfera às 19:03

As lutas, mesmo as mais justas, têm um lado simbólico que pode ser também um lado diabólico.

Apesar de diabólico (o que separa) ser o antónimo de simbólico (o que une), as duas dimensões podem coexistir.

É que os benefícios de alguns podem não redundar em proveito de todos.

Às vezes, até podem desencadear prejuízos para muitos. Geralmente, os mais pequenos!

publicado por Theosfera às 11:38

O mal do nosso tempo é haver tanta gente que sabe. Ou, melhor, que pensa que sabe.

É por isso que, nos debates, se fala muito e se ouve nada. É por isso que se erra tanto. E tanto se insiste nos mesmos erros.

Porque o pensamento crítico está focado (apenas) nos erros dos outros.

E quem perde somos todos.

Os que erram nem largam o erro nem largam os lugares donde erram.

Nem sequer equacionam a possibilidade de o seu muito saber integrar algum (pouco que seja) não saber!

publicado por Theosfera às 11:32

Muitos foram os que sempre tiveram pouco.

Outros, porém, foram os que, tendo muito, gastaram ainda mais.

Investimos no essencial e não deixamos de investir no supérfluo, alçado à categoria de essencial.

Faltou-nos dar guarida ao avisado conselho de Benjamin Franklin: «Se comprares aquilo que não careces, não tardará a vender o que te é necessário».

O problema é, mesmo que se queira vender, pode não haver quem possa (nem queira) comprar!

publicado por Theosfera às 11:26

1. Dizem que o Papa Francisco quase não fala do Vaticano II.

De facto, o Papa não tem citado com frequência os documentos do Concílio. Mas, se repararmos bem, há um documento elaborado durante o Concílio que o Papa tem seguido com uma fidelidade quase escrupulosa.

 

2. Se olharmos para tal documento e para as atitudes do Papa, ficaremos espantados com as afinidades.

O referido texto parece ser um guião para este pontificado. Este pontificado parece ser um decalque daquele texto.

 

3. Assinado a 16 de Novembro de 1965, dá a impressão de ser o programa que Jorge Bergoglio tem cumprido desde há muito.

Foi firmado por 39 bispos depois de uma Missa concelebrada na Catacumba de Santa Domitila. Daí que se tenha tornado público como o «Pacto das Catacumbas».

 

4. Trata-se não tanto de enunciados doutrinais ou de propostas pastorais, mas sobretudo de um compromisso de vida.

Os signatários perceberam que, sem o respaldo de uma vida coerente, a doutrina não convence e a pastoral não funciona.

 

5. O texto é composto por uma introdução e por doze pontos muito concretos e bastante assertivos.

Desde logo, os bispos mostram vontade de «viver como toda a gente, no que concerne à habitação, à alimentação e aos meios de locomoção».

 

6. Renunciam a toda a «aparência de riqueza, especialmente no traje e nas insígnias».

A «gestão financeira nas dioceses é confiada a uma comissão de leigos competentes a fim de eles serem menos administradores e mais pastores e apóstolos».

 

7. Nas relações sociais, prometem evitar «aquilo que possa parecer conferir privilégios ou preferências pelos ricos e poderosos (ex.: banquetes oferecidos ou aceites, lugares reservados nos serviços religiosos, etc.)».

No mesmo sentido, recusam-se a «incentivar a vaidade de quem quer que seja, sob o pretexto de recompensar ou solicitar dádivas».

 

8. Mostram vontade de dar «tudo para o serviço apostólico e pastoral das pessoas e dos grupos economicamente fracos e subdesenvolvidos, sem que isso prejudique outras pessoas e grupos».

Conscientes das exigências da missão, dispõem-se a «procurar transformar as obras de "beneficência" em obras sociais baseadas na caridade e na justiça».

 

9. Assumem-se disponíveis para sensibilizar os responsáveis pelo governo a fim de que ponham em prática «leis, estruturas e instituições necessárias à justiça, à igualdade e ao desenvolvimento harmónico e total do homem todo e de todos os homens».

Comprometem-se a partilhar, na caridade pastoral, a «sua vida com os sacerdotes, religiosos e leigos, para que o ministério constitua um verdadeiro serviço».

 

10. Ainda bem que o Papa Francisco está a tirar este pacto das catacumbas.

É vital que ele toque os crentes. E que possa contagiar a humanidade inteira!

 

publicado por Theosfera às 10:06

Os outros raramente nos conhecem. Nós dificilmente conhecemos os outros.

E é nessa altura que somos mais prejudicados.

Aliás, já Confúcio o notara: «O mestre disse: Não é grave se os homens não te conhecem, grave é se tu não os conheces».

Mas é tão complicado. Não é em vão que a palavra «pessoa» remonta ao grego «prosopón», que significa máscara.

E, às vezes, leva tempo até que as máscaras caiam. Mas acabam por cair!

publicado por Theosfera às 07:32

Hoje, 16 de Novembro, é dia de Nossa Senhora da Saúde, Sta. Margarida da Escócia, Sta. Gertrudes, S. Roque González, Sto. Afonso Rodríguez e S. João del Castillo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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