A liberdade não consiste apenas em fazer o que se quer. Também consiste na capacidade de não fazer o que se deve.
No primeiro caso, temos uma liberdade que só pensa no eu. No segundo, encontramos a liberdade que não esquece o tu.
Quando se pretende fazer apenas o que se quer, acaba por ser inevitável a colisão com os outros.
Quando não existe domínio a partir de dentro, inevitavelmente surge a dominação a partir de fora.
Se as pessoas não conseguem conviver pacificamente, tem de haver uma autoridade que regule essa convivência.
É por isso que a espiritualidade pode ser uma grande aliada da liberdade.
Edmund Burke já o notara: «Todas as sociedades precisam de um poder de controlo vindo de algum lugar. Quanto menos ele vem de dentro, tanto mais ele virá de fora, da imposição de um poder central».
Está nas nossas mãos escolher!