Não será a altura (nem o espaço) de entrar em grandes dissertações.
Mas sempre achei que existiam notórias «nuances» entre comunalismo, comunismo e cunhalismo.
À partida, parecerão sinónimos, mas para mim há precisões a fazer.
No dia do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, sobram os estudos e multiplicam-se as homenagens.
Não me vou pronunciar. Só queria evocar um facto que sempre me marcou: por ser o dia do centenário e por ser Domingo.
Dizem que, logo a seguir à revolução, houve um comício numa manhã de Domingo numa determinada localidade do interior.
À chegada, o líder terá perguntado pela hora da Missa.
Espantados, os circunstantes alegaram que não era suposto um comunista ter tal preocupação. Ao que Cunhal terá respondido dizendo que, para ele, o respeito era sagrado. Não queria sobreposições.
O comício e a Missa podiam coexistir, sim. Em horas diferentes!