O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 21 de Outubro de 2013

Hoje, 21 de Outubro, é dia de Sto. Hilarião, Sta. Úrsula e S. Gaspar del Búfalo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 20 de Outubro de 2013

Pouco se fala, hoje, no muito. Ao invés, muito se fala, hoje, no pouco.

No limite, já não se fala em viver, mas apenas em sobreviver.

Que será sobreviver?

Uma impossibilidade? Uma quimera? Uma miragem? Um milagre? Um esforço? Uma arte?

Sobreviver será a tentativa de conseguir mais com cada vez menos.

Não é viável? Mas há quem teime em demonstrar que não é impossível!

publicado por Theosfera às 13:43

Na aldeia global, em que o nosso mundo se transformou, estamos expostos a tudo.

O que se passa lá fora acabará por chegar cá dentro.

O populismo já nos visita. Os extremismos também começam a acenar.

Com a pouca apetência pelo pensamento complexo e ante a dureza das condições de vida, receio que a violência dispare.

Os nossos brandos costumes podem não ser ilimitados!

publicado por Theosfera às 08:57

É difícil (quase impossível) perceber a desconfiança que o Estado tem em relação aos cidadãos.

Será que, na sociedade civil, não haverá ninguém que possa gerir a televisão pública?

Há coisas que só o preconceito explica.

Numa situação de emergência como aquela que atravessamos, as pessoas pagam duplamente a televisão pública: pelos impostos e pela contribuição audiovisual.

O que se gasta na televisão pública, dizem estudos sérios, chegava para não se mexer nas pensões de sobrevivência.

Acresce que a sociedade civil já provou sobejamente que gere melhor que o Estado.

Dêem a gestão da televisão a quem pode. E encaminhem o dinheiro que se gasta com ela a quem (verdadeiramente) precisa!

publicado por Theosfera às 08:51

Um político existe para tentar mudar a realidade. Mas ele sofre a tentação de, em vez de mudar a realidade, procurar mudar o discurso sobre a realidade.

Foi por isso que Jean Paulhan apelou: «Tudo o que peço aos políticos é que se contentem em mudar o mundo sem começar por mudar a verdade».

Só na verdade, poderemos mudar a realidade. E melhorar a nossa vida!

publicado por Theosfera às 08:44

Muitos são os que desistem após a primeira tentativa, após o primeiro fracasso.

Não têm em conta que a perfeição não é uma conquista inata, mas o resultado de um longo e aturado esforço.

Muitas imperfeições acabam por desaguar na perfeição desejada. Haruki Murakami reconheceu: «Um certo tipo de perfeição só pode ser atingido através de uma acumulação limitada de imperfeição».

Nunca esmoreça diante dos seus falhanços. E nunca desista após os seus fracassos.

O objectivo costuma aparecer depois de muito suor derramado. E a luz gosta de aparecer ao fundo de um túnel muito longo. E muito escuro.

Enfim, não comece a desistir. E nunca desista de começar!

publicado por Theosfera às 08:37

Hoje, 20 de Outubro, XXIX Domingo do Tempo Comum e Dia Mundial das Missões, é dia de S. Maria Bertila Boscardin, S. Contardo Ferrini, Sta. Iria, S. Caprásio e Sta. Madadelena de Nagasaky.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Sábado, 19 de Outubro de 2013

Grande enigma é Portugal.

Temos tudo para dar certo, mas persistimos nas opções erradas.

Temos terra. Temos mar. Temos gente.

Temos, pois, todos os ingredientes do sucesso. O que nos falta, então, para ter sucesso?

Falta-nos gestão. Somos ricos em recursos, mas temos sido pobres na gestão.

Já foi assim no passado. Continua a ser assim no presente. Continuará a ser assim no futuro?

Se continuar, é sinal de que, pelo menos, estamos vivos. E incorrigíveis!

publicado por Theosfera às 09:13

Não costuma ser assídua a felicidade. E, quando surge, parece breve.

Já Vinicius de Moraes sentia que «a felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa tão leve, mas tem a vida breve».

Há que procurá-la constantemente. E há que perceber que a procura já é conquista.

Procurar a felicidade oferecendo felicidade é, porventura, o único caminho para ser feliz!

publicado por Theosfera às 09:02

Muitas vezes, extasiamo-nos diante do talento e subestimamos completamente o trabalho.

Ignoramos que o talento dá trabalho. O talento é fruto do trabalho.

Já dizia Fernando Pessoa: «A obra de arte é primeiro obra, depois obra de arte».

A arte é a recompensa pelo trabalho, para quem trabalha!

publicado por Theosfera às 07:33

A vida é feita de realidade e tecida de ilusões.

Ninguém foge à realidade. E será que alguém escapa às ilusões?

Não se pense que as ilusões são um exclusivo da juventude. Os mais idosos também alimentam as suas, quiçá de modo inconsciente.

Hebbel Christian observou: «Muitas vezes a juventude é repreendida por acreditar que o mundo começa com ela. Mas a velhice acredita ainda mais frequentemente que o mundo termina com ela. O que é pior?»

Nem tudo começa connosco. Nem tudo termina em nós.

Bom seria que, quando nós deixarmos o mundo, o mundo fique um pouco melhor.

Já não é pouco!

publicado por Theosfera às 00:13

Hoje, 19 de Outubro, é dia de S. João Brebeuf, Sto. Isaac Jogues, S. Pedro de Alcântara e S. Paulo da Cruz.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:09

Sexta-feira, 18 de Outubro de 2013

Nem todos poderão ser inteligentes. Mas haverá alguém que não possa ser bondoso?

Para Jeff Bezos, a inteligência é um presente. Já a bondade é uma escolha.

O que impressiona, hoje em dia, não é tanto a falta de inteligência de muitas acções. É sobretudo a falta de bondade em tantas opções.

Aflige-me a falta de bondade em quem se apresenta como sumamente inteligente. É que, sem bondade, nem a inteligência consegue ser inteligente.

Razão tinha Agostinho da Silva, que era genialmente inteligente e que avisou: «O supremo entender é a bondade».

Tortura-me a contaminação da maldade. É o tumor mais perigoso, mais difundido.

Temo as pessoas cheias de si. Nem sequer dão conta das maravilhas que circundam à volta de si.

 Tanta bondade à nossa volta. Tanta bondade à espera de ser vivida.

Não adiemos (mais) a bondade!

publicado por Theosfera às 10:21

Não dá para ocultar. As pessoas andam tristes.

Tristes por dentro mesmo que simulem alegria por fora.

Há risos que escondem muitas lágrimas.

Diria, com o Padre António Vieira, que «a tristeza é um mal e enfermidade universal a que ninguém escapa».

E nem os que provocam tristeza parecem alegres!

publicado por Theosfera às 10:10

A escravatura não é permitida, mas a vitória sobre a escravidão está longe de ser garantida.

Há muitas formas de escravizar.

Há quem se julgue proprietário dos outros, dono da consciência dos outros.

Bem dizia Diderot que «nenhum homem recebeu da natureza o direito de mandar nos outros».

Só que muitos, mesmo entre aqueles que invocam amiúde a liberdade, arrogam-se nesse direito.

Há ainda muito medo no mundo. Há muita gente que se sente amedrontada, oprimida, chantageada.

A liberdade ainda tem um longo caminho a percorrer!

publicado por Theosfera às 10:05

Se repararmos bem, muitas das decisões e atitudes das pessoas são mais reactivas que activas.

E, nessa reactividade, o despeito, a vingança, a perseguição e o ódio ditam (quase) tudo.

Há coisas que não têm explicação, por muitas explicações que se dêem.

Só que raramente se assume a verdadeira motivação: perseguir, afastar, marginalizar, eliminar.

E muitos se contentam, assim, como pequenas e mesquinhas vitórias.

Esquecem que, como diz S. Paulo, só o amor é interminável. Só o amor nos aproxima de Deus, que é amor.

Fala-se de amor, mas esquece-se muito o amor. Como bem percebeu Victor Hugo, «a vida é um campo de urtigas onde a única rosa é o amor».

O amor de Deus, o amor a Deus e o amor a partir de Deus são a chave da mudança. E o caminho (único) para a felicidade!

publicado por Theosfera às 09:57

Faz hoje cinco anos que faleceu o senhor Dr. António Fausto Montenegro.

Foi deputado da Nação e, durante muitos anos, Juiz da Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios, de quem era muito devoto e a quem tratava, carinhosamente, por Patroa.

Homem de uma verticalidade impressionante, tinha na honradez de carácter e na força das convicções dois dos traços mais marcantes da sua personalidade.

Era de uma delicadeza inexcedível. Era capaz de desacelerar o veículo só para não ultrapassar uma pessoa na via pública. Tudo o que fazia era por despojamento.

Não queria agradecimentos nem aceitava homenagens. Mesmo quando foi incompreendido, nunca se revoltou. Tudo o que fez foi por missão.

Nossa Senhora já o terá depositado no regaço de Seu Filho, no seio da Santíssima Trindade.

Foi um grande missionário. Será sempre um grande Amigo.

publicado por Theosfera às 00:11

Hoje, 18 de Outubro, é dia de S. Lucas e S. Monon, ermita.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:04

Deixo aqui o decálogo da serenidade composto pelo bom Papa João. Trata-se de um texto mais oportuno que nunca. São, na verdade, dez sugestões de conduta para quem aspira à paz consigo, com os outros e com Deus.

 

1. Hoje, apenas hoje, procurarei viver pensando apenas neste dia, sem querer resolver todos os problemas da minha vida de uma só vez.

2. Hoje, apenas hoje, procurarei ter o máximo cuidado na minha convivência, serei cortês nas minhas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir à força ninguém, senão a mim mesmo.
3. Hoje, apenas hoje, serei feliz na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro mundo, mas também já neste.
4. Hoje, apenas hoje, adaptar-me-ei às circunstâncias, sem pretender que sejam todas as circunstâncias a adaptarem-se aos meus desejos.
5. Hoje, apenas hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, recordando que assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, a boa leitura é necessária para a vida da alma.
6. Hoje, apenas hoje, farei uma boa acção, e não direi nada a ninguém.
7. Hoje, apenas hoje, farei ao menos uma coisa que me custe fazer, e, se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.
8. Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado, talvez não o cumpra perfeitamente, mas ao menos escrevê-lo-ei, e fugirei de dois males: a pressa e a indecisão.
9. Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente, embora as circunstâncias mostrem o contrário, que a Providência de Deus se ocupa de mim, como se não existisse mais ninguém no mundo.
10. Hoje, apenas hoje, não terei nenhum temor, de modo especial não terei medo de gozar o que é belo, e de crer na bondade.

 

Caro Irmão, que o Bem-Aventurado João XXIII te ajude a seres feliz, muito feliz, hoje, apenas hoje. Amanhã e depois de amanhã, desejar-te-ei o mesmo.

publicado por Theosfera às 00:01

Quinta-feira, 17 de Outubro de 2013

Um Ano da Esperança depois do Ano da Fé?

Faria todo o sentido e pelas mesmas razões.

Se é necessário alimentar a fé, não é menos urgente abastecer a esperança.

Apesar da penumbra, eu entrevejo uma vela que jamais se apaga: a vela da esperança.

Quero crer que amanhã será melhor. Quero acreditar que é quase impossível que amanhã possa ser pior.

A doutrina cristã sobre a esperança é pouco conhecida.

É preciso fazer qualquer coisa para que seja mais divulgada. E reacendida!

publicado por Theosfera às 12:01

A esperança, hoje em dia, pode não assegurar o máximo. Mas até os serviços mínimos da esperança são preciosos.

Pouco tempo antes de morrer, Tony Judt afirmou: «É provável que estejamos perante uma situação em que a nossa tarefa principal não é imaginar mundos melhores, mas pensar como é que poderemos prevenir mundos piores».

A esperança pode não nos conduzir ao melhor. Mas já faz muito quando nos ajuda a evitar o pior!

publicado por Theosfera às 11:55

Eis um belo dia de sol.

Mas a maior parte das pessoas não consegue ver luz. São tantas as sombras que lhes infligem!

As cidades tornaram-se estreitas, torturantes.

Difícil é andar. Complicado é conduzir. Quase impossível se torna parar.

É uma miríade de obstáculos por toda a parte. É uma multidão de incompreensões por todo o lado.

As pessoas querem chegar depressa ao seu destino. E sentem que, quanto mais correm, mais se atrasam.

Uma nuvem de tristeza desce sobre a face das pessoas.

Dizem que os sacrifícios destes dias vão valer a pena em função dos benefícios de um dia.

Só que nunca mais chega tal dia. O que vai alastrando são os sacrifícios de todos os dias...

publicado por Theosfera às 10:19

Hoje, assinala-se o dia mundial de erradicação da pobreza.

 

Há uma perturbadora ironia nesta efeméride.

 

É que, entre nós, a pobreza não dá sinais de estar a ser erradicada. Pelo contrário, além dos pobres, há muitos que estão a empobrecer.

 

Aliás, há estudos que documentam que, no capítulo salarial, o país cresceu muito pouco nos anos da liberdade.

 

Será que, em vez de acabar com a pobreza, estamos apostados em acabar com os pobres?

 

Motivos sobejos para reflectir. E sobretudo para inflectir.

publicado por Theosfera às 10:02

Hoje, 17 de Outubro, é dia de Sto. Inácio de Antioquia (que gostava de se apresentar como «Teóforo», aquele que traz Deus), Sta. Zélia, S. Balduíno e S. Gilberto.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Quarta-feira, 16 de Outubro de 2013

1. Não é só de dinheiro que temos carência. Há bens muito mais importantes que estão em débito. A vergonha, por exemplo.

A vergonha não é entusiasmante. Mas pode ser muito proveitosa.

 

2. Recordo um mestre que exortava que nem se deve ter vergonha a mais nem vergonha a menos.

Mas, entre um extremo e outro, preferia que se tivesse vergonha a mais.

 

3. Frei Benito Feijoo entendia que «a vergonha é um fosso que a natureza coloca entre a virtude e o vício».

E George Bernard Shaw achava que «um homem é tanto mais respeitável quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha».

 

4. Neste sentido, bom seria que a vergonha surgisse não apenas depois de certas acções. Mas que aparecesse também antes de certos actos.

Fácil, hoje em dia, é perder a vergonha. Fundamental é reencontrar a vergonha perdida.

 

5. A propósito, diz uma conhecida parábola que havia três irmãos (a água, o nevoeiro e a vergonha) que, um dia, resolveram apartar-se.

Para facilitarem um eventual reencontro, acertaram o lugar onde cada um estaria. A água andaria pelo fundo das terras e o nevoeiro pelos vales. O problema era a vergonha. Quem a perdesse, dificilmente a encontraria.

 

6. Acresce que a falta de vergonha provoca danos irreparáveis. É que, como alertou Thomas Fuller, «quem não tem vergonha não tem consciência».

A vergonha, na medida justa, é uma espécie de freio do instinto e de uma nascente da ponderação, da autocrítica.

 

7. A vergonha não ajudará a fazer muito de bom. Mas, pelo menos, pode impedir que se faça muito de mau.

São muitas as vezes em que deixamos de fazer algo de bom porque uma força nos tolheu. Mas também são frequentes as situações em que não fizemos algo de mau porque uma força nos bloqueou.

 

8. Afinal, o pudor também é um valor.

Santo Agostinho, confessando os desmandos da sua juventude, disse que chegou a ter vergonha de não ser desavergonhado.

 

9. Campos e Cunha alerta para a ausência de vergonha que percorre a vida cívica. «Há muita gente com vergonha da falta de vergonha que por aí impera».

O problema é que, cada vez mais, os poderes, em sentido lato, tendem a ser dominados «por pessoas que não sentem nem têm vergonha».

 

10. Em conclusão, muita vergonha não fará bem. Mas alguma vergonha não traz nenhum mal.

E previne grandes males!

publicado por Theosfera às 12:13

Muito se fala dos pobres, dos oprimidos, dos sacrificados da vida.

Mas quem lhes dá a palavra? Quem os ouve?

Tanto se fala em seu nome. Mas poucos sabem o seu nome.

Já Nietzsche lastimava: «As vítimas do sacrifício têm dele uma ideia muito diferente da dos espectadores, mas nunca lhes foi dada a palavra»!

publicado por Theosfera às 10:12

A beleza vem à porta, mas costuma preferir ficar em casa, resguardada.

A beleza trabalha para que os frutos possam surgir.

Cervantes reparou: «A formosura da alma campeia e denuncia-se na inteligência, na honestidade, no recto procedimento, na liberalidade e na boa educação».

O aparato ilude, a aparência engana. Só a coerência ilumina!

publicado por Theosfera às 10:06

Tudo deixa um rasto: o bem e o mal.

Muitas vezes, o mal que alguém aponta diz mais sobre ele do que aquele que é apontado.

Pierre Beaumarchais dizia: «Caluniai, caluniai; alguma coisa sempre fica».

De facto, fica.

Fica a calúnia. Fica a mágoa. E fica um insuportável cheiro a maldade!

publicado por Theosfera às 10:00

Hoje, 16 de Outubro, é dia de Sta. Hedwiges, Sta. Margarida Maria Alacoque, Sta. Josefa Vanini e S. Gerardo Majela.

Faz também 35 anos que foi eleito o Papa João Paulo II.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:00

Terça-feira, 15 de Outubro de 2013

Cuidado com as primeiras impressões.

Cuidado com as impressões apressadas. Quase sempre, nos engodam.

Novalis bem avisou: «Quando vemos um gigante, temos primeiro de examinar a posição do sol e observar para termos a certeza de que não é a sombra de um pigmeu».

Grande não é quem o parece. A grandeza não gosta de aparências.

A verdadeira grandeza reclama a atenção. Ela visita-nos, sempre, através de pequenas coisas, de pequenos sinais, de pequenos gestos.

A grandeza enturma com a simplicidade.

A grandeza não é altaneira. É irmã gémea da humildade!

publicado por Theosfera às 09:32

É muito misteriosa a vida. É assaz misteriosa a morte.

Porque é que havemos de morrer?

E, sendo a vida tão bela, porque é que alguns procuram a morte?

Mas será que procuram a morte? Ou não procurarão, antes, uma vida diferente?

André Malraux achava que «as pessoas matam-se sempre para existir».

Dir-se-á que é o paradoxo supremo.

Cabe a cada um de nós não ser motivo de desespero para ninguém. Mas fonte de alívio para todos!

publicado por Theosfera às 09:27

O problema da mentira radica na habilidade de quem mente.

Há quem minta muito bem, muito profissionalmente.

Até os mais precavidos e inteligentes caem no engodo.

Diria que há enganos tão bem montados que são sobretudo os inteligentes que colapsam diante deles.

Eis o que, a este propósito, dizia Charles Colton: «Há enganos tão bem elaborados que seria estupidez não ser enganado por eles».

Todos estamos expostos. Só uma luz divina nos imunizará!

publicado por Theosfera às 09:22

Hoje, 15 de Outubro, é dia de Sta. Teresa de Jesus e Sto. Eutímio, o Jovem.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 05:57

Segunda-feira, 14 de Outubro de 2013

Grandes coisas conseguem-se com pequenas coisas.

O problema é que nós queremos conseguir coisas grandes sem fazer as coisas pequenas.

Estas, chegamos a desprezá-las, com altiva sobranceria.

Erro nosso. Ninguém ganha assim.

Tanta coisa má se evitaria, tanta coisa boa se obteria com expressões tão simples como «desculpe», «obrigado», «com licença», «faça favor»...

publicado por Theosfera às 16:29

Tendemos a achar que o mestre se revela na capacidade.

Mas eu penso que ele se desvela sobretudo nas limitações.

Aliás, Goethe afirmava o mesmo: «É nas limitações que se revela o mestre».

Saber lidar com as dificuldades é de poucos, é de sábios, é de mestres!

publicado por Theosfera às 09:56

Haverá algum contencioso entre a felicidade e a qualidade?

José Saramago dizia que a felicidade é uma coisa triste.

E Vergílio Ferreira perguntava: «Porque é que queres ser feliz, se não queres ser medíocre? Tens de escolher».

Não creio que tenha de ser assim. Mas é possível que, muitas vezes, seja mesmo assim.

A seriedade traz um manto de insatisfação constante. Mas a felicidade não estará ausente de quem busca, de quem nunca desiste de procurar!

publicado por Theosfera às 09:45

Achava Demóstenes que, «enquanto vivemos, estamos mais ou menos expostos à inveja, mas depois da nossa morte os nossos inimigos deixam de nos odiar».

Não estou, porém, totalmente seguro disso.

O ódio não depende apenas do alvo. Ele habita no coração de quem odeia.

E, infelizmente, não é fácil desalojá-lo!

publicado por Theosfera às 09:37

Às vezes, precisamos de estar em dificuldade para descobrirmos as nossas reais possibilidades.

Jean de la Bruyère assinalou: «O medo é um impulso da alma, que se sacode ou cede diante do perigo real ou imaginário».

Não seremos tão audaciosos como gostaríamos.

Mas é possível que sejamos mais destemidos do que pensávamos!

publicado por Theosfera às 09:34

Nesta vida, nada estaciona, tudo se transforma.

Estamos sempre em viagem, sempre em trânsito.

O que hoje nos parece descabido, amanhã torna-se consensual. O que no presente parece adiquirido, no futuro arrisca-se a ser posto em causa.

Marcel Proust tinha essa percepção: «Os paradoxos de hoje são os preconceitos de amanhã».

Há que incorporar raízes profundas e convicções fortes para que algo resista, quando tudo for mudando!

publicado por Theosfera às 09:28

Um dia (infelizmente, daqui a muitos anos), quando o cancro se tornar uma doença facilmente combatida, alguém lembrará tantas vidas que por ele foram impiedosamente devoradas? Tantas vidas que foram abruptamente interrompidas no alvorecer da existência ou no vigor das forças?

Resta-nos essa esperança para suavizar tanta dor!

publicado por Theosfera às 09:21

Hoje, 14 de Outubro, é dia de S. Calisto, Sta. Madalena Panattieri e S. João Ogilvie.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

Domingo, 13 de Outubro de 2013

E depois de tudo ouvir, de tudo aplaudir, de tudo procurar e de tudo acabar por saturar, eis que se volta sempre a Bach.

Nele se o belo não é absoluto, anda por lá (muito) perto!

publicado por Theosfera às 08:48

O medo tolhe a vontade e obscurece a visão.

Já Cervantes se apercebera de que «um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são». E pareçam o que não são!

publicado por Theosfera às 08:39

O ser humano não é um «factum»; é um «fieri».

Não é algo já feito; é um permanente fazer-se.

É por isso que ninguém é perfeito; é por isso que toda a gente tem defeitos. Quem pode garantir que já está per-feito?

Jean-Paul Sarte notou que «o homem deve ser inventado a cada dia».

Só no fim do caminho a tarefa está concluída.

Até lá, muito há a fazer. A desfazer e a refazer!

publicado por Theosfera às 08:33

É preciso querer mais para conseguir menos.

É necessário querer chegar longe para se obter alguma coisa.

Já Thomas Huxley percebeu: «Qualquer pessoa que tenha experiência com o trabalho científico sabe que aqueles que se recusam a ir além dos factos raramente chegam aos factos em si».

Viver é mesmo ultrapassar-se.

Só quem quer o céu é capaz de transformar a terra!

publicado por Theosfera às 08:26

Hoje, 13 de Outubro, XXVIII Domingo do Tempo Comum, é dia de Sto. Eduardo III, S. Fausto e Bem-Aventurada Alexandrina Maria da Costa.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:01

Sábado, 12 de Outubro de 2013

Tempos estranhos, os nossos.

Tanto se exalta o outro e tanto se espezinha o outro.

Vamos oscilando, assim, entre uma «alterolatria» retórica e uma «alterofobia» existencial.

Até o próximo mais próximo se torna um alvo, uma vítima.

Diz a imprensa deste dia que está a aumentar a violência dos filhos contra os pais.

Haverá fundo mais fundo?

publicado por Theosfera às 11:19

As águas de Lampedusa continuam a ser um caudaloso cemitério.

Mas o verdadeiro túmulo é o coração de muitos seres humanos, indiferentes à sorte de tantos seres humanos.

Para já, ainda nos espantamos, ainda nos indignamos. O pior é se, à força de tanto acontecer, o espanto se vai e a indignação se esvai.

Quando estes factos se tornam frequentes, a tendência é para nos tornarmos indiferentes.

É preciso que nos sobressaltemos. Basta de desumanidade entre os homens!

publicado por Theosfera às 11:14

Grande, total, é a diferença entre a cobardia e a valentia.

Já Shakeaspeare notara que o cobarde morre milhares de vezes, enquanto o valente morre apenas uma vez.

Diria até que não morre nunca.

Quem se mantém fiel nunca morre. Mesmo depois da morte, o rasto perdura.

O exemplo nunca se apaga!

publicado por Theosfera às 07:38

O poeta, no fundo, é aquele que não consegue jamais guardar um segredo.

Como dizia Eugénio de Andrade, «o poeta é incapaz de conter um segredo, acaba sempre por dizer no poema aquilo que queria guardar só para si»!

publicado por Theosfera às 07:34

Há adultos com comportamentos de adolescentes. Mas também há, embora não muitos, adolescentes com comportamentos de adultos.

A jovem Malala impressiona, de facto. A adversidade credibiliza, habilita, solidifica.

Tem apenas 16 anos e fala como uma adulta.

Nem uma ponta de ambição falta: «Quero que votem em mim»!

publicado por Theosfera às 06:06

Hoje, 12 de Outubro, é dia de Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora de Aparecida, S. Serafim de Montegranaro, S. Vilfrido e S. João Beyzym.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:30

Sexta-feira, 11 de Outubro de 2013

O Nobel da Paz vai, este ano, para quem está a fazer coisas difíceis.

A Organização para a Interdição de Armas Químicas não tem tarefa fácil. O prémio é justo.

Mas não seria injusto se ele fosse atribuído à jovem Malala Yousafzai.

Ela só diz coisas simples: «Todas as crianças devem poder ir à escola». Mas já foi alvejada a tiro por ela mesma querer fazer essas coisas simples.

Lá longe no Paquistão, mas neste mundo, há quem impeça as raparigas de frequentar a escola.

A coragem de Malala ia-lhe custando a vida. Mas ela não vacilou.

A sua cabeça está a prémio. O seu testemunho merece todos os prémios!

publicado por Theosfera às 10:17

Ernest Renan achava que «prestar um bom serviço a alguém é, geralmente, prestar um mau serviço a outrem».

Com todo o respeito, penso que não.

O bem que se faz a alguém não faz falta a ninguém.

Pelo contrário, o bem que se faz a alguém escorre sempre por mais alguém!

publicado por Theosfera às 10:06

Reuniões. Não tenho nada contra, mas também não terei muito a favor.

Muitas reuniões nem sempre conduzem a grandes decisões. Muitas reuniões levam, por vezes, a grandes confusões.

John Galbraith tinha uma percepção semelhante: «As reuniões são indispensáveis quando não se quer decidir nada».

Não iria tão longe. Mas quando oiço falar de reuniões de dez horas, no mínimo fico preocupado.

Será que o desgaste consegue o que a lucidez não é alcança?

publicado por Theosfera às 09:59

São tão importantes as pessoas simples que nem reparamos no seu valor.

Olhamos com sobranceria para a sua simplicidade que nem damos conta da sua importância.

Só uma pessoa genialmente simples (e simplesmente genial) era capaz de um improviso destes.

O Papa Bom, João XXIII, proferiu o «Discurso da Lua» neste dia 11 há 51 anos.

Foi quando enviou aos filhos dos que estavam a ouvi-lo a «carícia do Papa».

Vale a pena ler, meditar e reter. Não é longo. E é espantosamente belo!

 

«Caros filhinhos, oiço as vossas vozes. A minha é apenas uma, mas condensa a voz do mundo inteiro. Todo o mundo está aqui representado.

Parece que até a lua antecipou-se esta noite – observai-a no alto – para contemplar este espectáculo. É que encerramos uma grande jornada de paz. Sim, de paz: Glória a Deus e paz aos homens de boa vontade.

A minha pessoa não conta para nada, quem vos fala é um irmão, que se tornou pai por vontade de Nosso Senhor, mas tudo junto – paternidade e fraternidade – é graça de Deus, tudo, tudo.

Continuemos, pois, a amar-nos, a querer-nos bem, a querer-nos bem; olhando-nos mutuamente no encontro, recolhendo aquilo que nos une, deixando de lado qualquer coisa que nos possa criar dificuldade: nada. Fratres sumus .

Esta manhã aconteceu um espectáculo que nem a basílica de São Pedro, que tem quatro séculos de história, alguma vez pôde contemplar.

Honremos as impressões desta noite. Que os nossos sentimentos permaneçam sempre como agora os manifestamos diante do Céu e da terra. Fé, esperança, caridade, amor de Deus, amor de irmãos. E assim, todos juntos, mutuamente apoiados, na santa paz do Senhor, nas obras do bem.

Quando regressardes a casa, encontrareis os vossos meninos. Fazei uma carícia às vossas crianças e dizei: «esta é a carícia do Papa». Encontrareis algumas lágrimas por enxugar, fazei alguma coisa… dizei uma boa palavra: «O Papa está connosco, especialmente nas horas de tristeza e de amargura».

E assim, todos juntos, animemo-nos, cantando, suspirando, chorando mas sempre, sempre cheios de confiança em Cristo que nos ajuda e nos escuta, para avançarmos e retormarmos o nosso caminho.

E, agora, tende a gentileza de atender à bênção que vos dou e também à boa-noite que me permito desejar-vos».

publicado por Theosfera às 00:50

Hoje, 11 de Outubro, é dia de Sta. Soledade Torres, Sto. Alexandre Sáuli e Bem-Aventurado João XXIII, o Papa Bom.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:07

Quinta-feira, 10 de Outubro de 2013

A humildade é sempre oportuna e fica sempre bem. Pelo menos, permite crescer.

Já o deslumbramento e a vaidade arriscam-se a estilhaçar pretensões que não correspondem ao valor.

Há quem tenha uma ambição muito acima da competência. Já dizia Oscar Wilde que «ninguém sobrevive ao facto de ser considerado acima do seu valor».

Um balão demasiado cheio rebenta. Uma subida rápida até demasiado alto arrisca uma queda aparatosa.

O ensinamento de Jesus é imperecível. Que se procure sempre o último lugar!

publicado por Theosfera às 10:38

Cada vez acredito menos em quem fala muito, em quem fala alto.

A experiência ensina que quando a voz é alta, a razão é baixa.

Não é por a voz ser exaltada que o conteúdo é exaltante.

Edmund Burke reconheceu: «É um erro popular muito comum acreditar que aqueles que fazem mais barulho a lamentarem-se a favor do público sejam os mais preocupados com o seu bem-estar».

Acredito, cada vez mais, nos que falam com a vida, nos que falam agindo!

publicado por Theosfera às 10:22

Há quem pense que, neste mundo mercantilizado, não há dádivas, só há trocas.

Doménico Cieri dizia que «os favores voltam». Os que os pedem sabem que lhos vão pedir. Os que os fazem são tentados a pedi-los de volta.

Mas, atenção, acredito que há excepções. Ainda há quem seja dadivoso, quem seja generoso.

Ainda há quem saiba conjugar o verbo «dar» sem esperar «receber»!

publicado por Theosfera às 10:10

mais sobre mim
pesquisar
 
Outubro 2013
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3
4
5

6
7
8
9





Últ. comentários
Sublimes palavras Dr. João Teixeira. Maravilhosa h...
E como iremos sentir a sua falta... Alguém tão bom...
Profundo e belo!
Simplesmente sublime!
Só o bem faz bem! Concordo.
Sem o que fomos não somos nem seremos.
Nunca nos renovaremos interiormente,sem aperfeiçoa...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
hora
Relogio com Javascript

blogs SAPO


Universidade de Aveiro