O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013

1. Um dia, tudo isto acaba. Acaba o pequeno, mas também acabará o que se considera grande. Acaba o frágil, mas também acabará o que se julga forte.

Acabarão as estrelas, os planetas e as galáxias. Acabarão as grandezas, as pompas e as ambições. Acabarão as guerras, as raivas e os ódios. Acabarão as pisadelas, as rasteiras e as agressões.

 

2. O que ficará depois de tudo terminar? Os vencedores não sobrevivem muito aos vencidos.

Também eles caem. Também eles morrem.

 

3. É, porém, tarde — muito tarde — que percebemos isto. É tarde — muito tarde — que notamos que as nossas vitórias são tão vazias como as derrotas dos outros. Para quê matar se os que matam também morrem?

No fundo, é bem efémero o «sabor» de certos triunfos. A longo prazo, nada  nos garantem. Não nos tornam donos do tempo, nem fazem parar os anos. Afinal, os poderosos também são débeis.  

 

4. Ao contrário do que sucede com a natureza, no homem a Primavera não se repete.

O Inverno, para o ser humano, é a última estação. Talvez seja a melhor. Porque nos conduz à eternidade, ao fim sem fim.

 

5. Quando os anos passam e o tempo avança, notamos que já escapamos à morte muitas vezes. Que já vencemos a morte muitas vezes. Que, no fundo, já morremos muitas vezes.

Estamos a caminho da derradeira estação. Já só falta morrer a última vez?

 

6. Na morte, não acabamos apenas de viver. Acabamos também de morrer.

A experiência diz que, habitualmente, morre-se conforme se vive. Daí que Marguerite Yourcenar descreva a morte como corolário, não como destruição: «A morte surge como uma consagração de que só os mais puros são dignos: muitos homens desfazem-se, poucos morrem».

 

7. Num certo sentido, viver é — ou devia ser — aprender a morrer.

Acontece que Deus é «morticida». Ele mata a morte. Quem vive em Deus vive para sempre.

 

8. É por isso que, mesmo quando tivermos de nos separar, não deixaremos de continuar unidos.

É claro que a separação custa sempre. Mas nem a morte consegue separar aqueles que Deus uniu.

 

9. É neste sentido que, parafraseando S. João Crisóstomo, diria que onde estivermos, estarão também os nossos amigos.

Ainda que estejamos em lugares distantes, continuaremos sempre unidos.

 

10. Nada, nem a morte, poderá separar-nos. Em toda a parte nos reencontraremos.

A luz que a fé acende nunca se apagará!

publicado por Theosfera às 16:05

Foi quase ao mesmo tempo, mas as reacções não podiam ser mais diferentes.

Esteve em Portugal um grupo musical com um nome quase impronunciável e foi uma excitação enorme, no limite do descontrolo e da histeria.

Passou, entretanto, pelo nosso país um dos maiores pensadores contemporâneos e, que eu saiba, nada ou quase nada se disse.

E, no entanto, o que Jurgen Habermas disse em Lisboa devia fazer soar alguns alarmes. Primeiro, pela indiferença gerada. E, depois, pelo que deixou.

A democracia parece estar doente e nós não nos apercebemos. Estará mesmo à beira da implosão.

Tem dificuldade em gerar alternativas dentro de si. E, sem querer, está a desencadear tumultuosas alternativas fora de si.

Os cidadãos já não se limitam a flutuar entre partidos nem a abster-se dos partidos. Muitos sentem-se de costas para os partidos porque sentem que os partidos vivem de costas para eles.

Daí as ondas de contestação. Daí os populismos. Daí os extremismos. Há quem se instale fora do sistema. Isso é perigoso.

Esta onda ainda não chegou aqui. Mas, atenção, já não anda muito longe daqui!

publicado por Theosfera às 10:06

Não é por haver muitas promessas que muito se cumpre.

Vittorio Alfieri dizia que «os mentirosos estão sempre prontos a jurar».

Juram sempre. E mentem continuamente.

Quem verdadeia não precisa de o anunciar. Basta verdadear. Basta viver na verdade!

publicado por Theosfera às 09:52

Uma dor vem. Uma dor vai. Uma dor volta.

E lá vamos nós sobrevivendo, de dor em dor.

Christian Hebbel sustentou: «O facto de as dores se revezarem torna a vida suportável»!

publicado por Theosfera às 09:48

Num certo sentido, não é a morte que mata.

O que verdadeiramente mata é a desistência, é a falta de sonho.

Heinrich Kleist confidenciou: «Morro pois não me resta mais nada na terra para aprender e conquistar»!

publicado por Theosfera às 09:45

Hoje, 30 de Outubro, é dia de S. Marcelo, S. Cláudio, Sta Doroteia Swartz e S. Domingos Collins.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 00:00

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