O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quarta-feira, 16 de Outubro de 2013

1. Não é só de dinheiro que temos carência. Há bens muito mais importantes que estão em débito. A vergonha, por exemplo.

A vergonha não é entusiasmante. Mas pode ser muito proveitosa.

 

2. Recordo um mestre que exortava que nem se deve ter vergonha a mais nem vergonha a menos.

Mas, entre um extremo e outro, preferia que se tivesse vergonha a mais.

 

3. Frei Benito Feijoo entendia que «a vergonha é um fosso que a natureza coloca entre a virtude e o vício».

E George Bernard Shaw achava que «um homem é tanto mais respeitável quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha».

 

4. Neste sentido, bom seria que a vergonha surgisse não apenas depois de certas acções. Mas que aparecesse também antes de certos actos.

Fácil, hoje em dia, é perder a vergonha. Fundamental é reencontrar a vergonha perdida.

 

5. A propósito, diz uma conhecida parábola que havia três irmãos (a água, o nevoeiro e a vergonha) que, um dia, resolveram apartar-se.

Para facilitarem um eventual reencontro, acertaram o lugar onde cada um estaria. A água andaria pelo fundo das terras e o nevoeiro pelos vales. O problema era a vergonha. Quem a perdesse, dificilmente a encontraria.

 

6. Acresce que a falta de vergonha provoca danos irreparáveis. É que, como alertou Thomas Fuller, «quem não tem vergonha não tem consciência».

A vergonha, na medida justa, é uma espécie de freio do instinto e de uma nascente da ponderação, da autocrítica.

 

7. A vergonha não ajudará a fazer muito de bom. Mas, pelo menos, pode impedir que se faça muito de mau.

São muitas as vezes em que deixamos de fazer algo de bom porque uma força nos tolheu. Mas também são frequentes as situações em que não fizemos algo de mau porque uma força nos bloqueou.

 

8. Afinal, o pudor também é um valor.

Santo Agostinho, confessando os desmandos da sua juventude, disse que chegou a ter vergonha de não ser desavergonhado.

 

9. Campos e Cunha alerta para a ausência de vergonha que percorre a vida cívica. «Há muita gente com vergonha da falta de vergonha que por aí impera».

O problema é que, cada vez mais, os poderes, em sentido lato, tendem a ser dominados «por pessoas que não sentem nem têm vergonha».

 

10. Em conclusão, muita vergonha não fará bem. Mas alguma vergonha não traz nenhum mal.

E previne grandes males!

publicado por Theosfera às 12:13

Muito se fala dos pobres, dos oprimidos, dos sacrificados da vida.

Mas quem lhes dá a palavra? Quem os ouve?

Tanto se fala em seu nome. Mas poucos sabem o seu nome.

Já Nietzsche lastimava: «As vítimas do sacrifício têm dele uma ideia muito diferente da dos espectadores, mas nunca lhes foi dada a palavra»!

publicado por Theosfera às 10:12

A beleza vem à porta, mas costuma preferir ficar em casa, resguardada.

A beleza trabalha para que os frutos possam surgir.

Cervantes reparou: «A formosura da alma campeia e denuncia-se na inteligência, na honestidade, no recto procedimento, na liberalidade e na boa educação».

O aparato ilude, a aparência engana. Só a coerência ilumina!

publicado por Theosfera às 10:06

Tudo deixa um rasto: o bem e o mal.

Muitas vezes, o mal que alguém aponta diz mais sobre ele do que aquele que é apontado.

Pierre Beaumarchais dizia: «Caluniai, caluniai; alguma coisa sempre fica».

De facto, fica.

Fica a calúnia. Fica a mágoa. E fica um insuportável cheiro a maldade!

publicado por Theosfera às 10:00

Hoje, 16 de Outubro, é dia de Sta. Hedwiges, Sta. Margarida Maria Alacoque, Sta. Josefa Vanini e S. Gerardo Majela.

Faz também 35 anos que foi eleito o Papa João Paulo II.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:00

mais sobre mim
pesquisar
 
Outubro 2013
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3
4
5

6
7
8
9





Últ. comentários
Sublimes palavras Dr. João Teixeira. Maravilhosa h...
E como iremos sentir a sua falta... Alguém tão bom...
Profundo e belo!
Simplesmente sublime!
Só o bem faz bem! Concordo.
Sem o que fomos não somos nem seremos.
Nunca nos renovaremos interiormente,sem aperfeiçoa...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
hora
Relogio com Javascript

blogs SAPO


Universidade de Aveiro