No «facebook» estamos, mostramos, escrevemos, criticamos, desabafamos, propomos. Será que pensamos?
Tal como sucede em tudo na vida, também o «facebook» se apodera de nós antes que nós nos apoderemos dele.
Sem darmos conta, ele controla-nos mais a nós do que nós o controlamos, a ele.
Milton Hatoum descreve o «facebook» como uma espécie de «telefone contemporâneo», que nos (ex)põe em contacto com milhares de pessoas em simultâneo.
Às vezes, é excelente. Outras vezes, achamos que é perigoso.
Bernardo Carvalho aponta um paradoxo, que se pode sintetizar assim: estamos no «facebook» exercendo a nossa liberdade, mas nem notamos que, neste mesmo espaço, corremos o risco de abdicar da nossa liberdade.
Todos sabem muita coisa acerca de todos: a verdade e, muitas vezes, a mentira.
Era bom que, no «facebook», não desaprendéssemos de reflectir, de questionar.
Calmamente. Mas também maduramente!