O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 25 de Agosto de 2013

Os nossos olhos levam-nos até à realidade. Mas isso não significa que nos permitam entrar dentro dela. Nem, muito menos, que nos tragam a realidade até nós.

A criança desenhou uma jiboia a comer uma fera. Os mais crescidos viam um chapéu.

Os mais crescidos, observa Saint-Exupery, «precisam sempre de explicações». Nunca «entendem nada sozinhos», mesmo (ou sobretudo) quando presumem que tudo percebem.

As crianças «acabam por se cansar de lhes estar sempre a explicar tudo». De facto, «as crianças têm de ter muita paciência com os adultos».

Quando desperdiçamos o olhar interior, o exterior fica sempre obscurecido. Mesmo que nos pareça clarificado pela lógica, pela racionalidade.

Porque a razão também hesita, também se engana, também vacila, também cai.

Os mais pequenos ainda não têm tantas vendas no seu coração.

Por isso vêm melhor. Com mais nitidez. Com mais pureza e claridade!

publicado por Theosfera às 16:19

Tirando a Bíblia, o livro dos livros, será difícil catalogar as obras literárias.

Qual será o livro mais importante? O livro mais célebre? E o livro mais belo?

Quanto a este último, confesso que não tenho grandes hesitações. «O principezinho» é muito mais que a sequência de citações que aprendemos a decorar.

É toda uma história de iluminação, de saudável inversão dos padrões de maturidade que incorporámos.

É uma exaltação do ser criança que sabe mais a profundidade do que muitos dos livros tidos por mais doutos.

Foi escrito há precisamente 70 anos, em 1943.

Trata-se de um aviso muito subtil. Hoje, os nossos olhos alcançam praticamente tudo. Os nossos olhos esticaram-se.

Temos os óculos, temos a tv, temos a net. Só que, como avisa Saint-Exupéry, «os nossos olhos são cegos».

Detectam as pegadas. Advertem as pisadelas, Notificam os estrondos.

Mas isso não é o essencial. «O essencial é invisível aos olhos».

Como ver, então? «Só se vê bem com o coração».

O coração é o único capaz de apagar feridas, de descobrir atalhos quando os olhos não enxergam caminhos.

Os mais crescidos têm muita dificuldade. Os mais crescidos são «muito esquisitos».

É por isso que o livro é dedicado à criança que os mais crescidos já foram. Mesmo que muitos não se lembrem disso!

publicado por Theosfera às 16:01

Haverá problemas que têm solução. Mas há soluções que têm problemas.

Olhemos para a Grécia. Para o Médio Oriente. Para o mundo. Para a vida. Para nós.

A existência parece um contínuo balanceamento entre problemas e soluções.

Os problemas anelam por soluções. Mas as soluções acabam sempre por introduzir novos problemas.

Há que não fugir deles. Há que não ter a pretensão de os resolver de uma só vez.

Há que saber conviver com eles. Pacificamente. Duradouramente.

Talvez esteja aí a solução: saber conviver com os problemas!

publicado por Theosfera às 08:58

Muito saber acaba por ser também muito sofrer.

Goethe anotou: «Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco. À medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida».

A preocupação de confrontar saberes e a necessidade de concatenar os saberes com a realidade fazem aumentar a inquietação.

É por isso que os muito doutos parecem mais hesitantes na hora da acção.

Mas faz parte do saber não ficar apenas pelo conhecimento.

O grande saber é o que sai de si mesmo. É o que inunda a vida com novos horizontes!

publicado por Theosfera às 08:50

«Quanto melhor se enche a vida, menos se tem medo de perdê-la».

Alain percebeu o essencial.

É quando perdemos a vida que melhor a enchemos.

Dar, afinal, é sinónimo de receber. Quanto mais se dá, tanto mais se recebe.

A lógica do Evangelho não falha. Pode parecer subversiva, mas é estupendamente real.

Experimente Jesus!

publicado por Theosfera às 08:45

A felicidade pode não ser uma conquista. Mas tem de ser sempre uma tentativa.

Jacques Prévert aconselhava: «É preciso tentar ser feliz, nem que seja apenas para dar o exemplo».

Procurar ser feliz não será a verdadeira felicidade?

E nunca se esqueça da máxima de Raoul Follereau: «Ninguém é feliz sozinho».

A felicidade não está na posse. Está na dádiva.

Só somos felizes quando ajudamos a semear felicidade!

publicado por Theosfera às 08:41

A porta da salvação é estreita (cf. Mt 7, 13), mas não é intransponível.

A porta é estreita, mas não está fechada. A porta da salvação, a porta da fé está sempre aberta (cf. Act 14, 27).

É uma porta que nunca se fecha.

Não se entra nessa porta aos empurrões nem aos encontrões. É por essa porta que se dá o encontro entre todos. Essa porta é Jesus (cf. Jo 10, 9).

Não existe auto-salvação. A porta é também o porteiro. Só Jesus salva.

Mas Ele quer que todos nos salvemos. Por isso Ele vem. Por isso Ele nunca deixa de vir.

Atenção, pois. A porta está aberta.

Também hoje. Também para si!

publicado por Theosfera às 08:32

Hoje, 25 de Agosto, XXI Domingo do Tempo Comum, é dia de S. Luís, Rei de França, S. José de Calazans e S. Miguel de Carvalho.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:58

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