Quem provoca a guerra resguarda-se.
Nada sofre. Ou, se sofre, só sofre no fim, depois de muitos outros terem sofrido.
Paul Valéry dizia que «a guerra é um massacre entre pessoas que não se conhecem para proveito de pessoas que conhecem, mas não se massacram».
De facto, dói ver os senhores da guerra resguardados enquanto as vítimas da guerra se atolam pelas ruas.
Agora é a Síria. Mas não só. O cenário repete-se.
A instrumentalização da pessoa atinge o seu zénite. Mobilizam-se seres humanos, usam-se seres humanos, eliminam-se seres humanos para quê?
Os caprichos de uns e os interesses de muitos resultam numa imensa tragédia para todos!