O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 12 de Agosto de 2013
Neste dia 12 de Agosto,
há vinte e quatro anos,
estava, Senhor,
prostrado diante de Ti
para me consagrar a Ti e, em Ti,
à missão que tinhas para mim.

Vinte e quatro anos depois,
com mais anos e muitas canseiras,
tenho muito para contar,
mas tenho muito mais para (continuar a) escutar
e aprender.

Tu, Senhor, nunca faltaste.
Tu, Senhor, nunca me deixaste.

Nas horas mais escuras,
nos momentos de maior tormenta,
eu bati sempre à Tua porta
e Tu marcaste sempre presença na minha vida.

Por isso, Te louvo.
Por tudo Te agradeço.
À Tua (e nossa) Mãe renovo a consagração da minha vida
e a entrega do meu sacerdócio.
Como Ela, quero pronunciar uma única palavra: sim!
Sim a Ti, Senhor,
Sim à Igreja,
Sim à paz, à reconciliação.
Sim à amizade.
Sim a cada ser humano.

Mantenho o propósito da primeira hora:
viver totalmente des-centrado de mim,
estar plenamente centrado em Ti.

Recebe, Senhor, a minha vida,
acolhe o meu ser.
Modela o meu espírito.
Orienta os meus passos.

Sê Tu em mim para que, em Ti,
possa ser sinal do Teu imenso amor pela humanidade.

 

Perdão, Senhor, por todas as faltas.

Obrigado, Senhor, por todos os dons.

Obrigado pelo dom de cada instante.

Obrigado pelo dom de cada pessoa.

 

Obrigado por fazeres das noites escuras começos de manhãs radiosas.

Obrigado pelas clareiras que fazes brilhar nas sombras.

Que nunca seja eu.

Que sejas sempre Tu em mim.

 

Há vinte e quatro que sou padre.

Não por mim. Mas para Ti. E para todos os Teus.

 

Ajuda-me, Senhor, a ser sempre padre

como Tu queres e até quando Tu quiseres.

 

Obrigado pelos Pais que me deste.

Obrigado pelo Bispo que me ordenou.

Obrigado pelas pessoas que me têm acompanhado.

Obrigado por tanto.
Obrigado por tudo.
Obrigado, Senhor!
publicado por Theosfera às 10:45

É pouco o que tenho. Mas é tudo o que sou e quero entregar. Inteiramente.

Obrigado, Senhor.

Que eu nunca me canse de (Te) servir.

A minha pobre vida pertence-Te, Senhor.

Foi há vinte e quatro anos (completam-se hoje) que comecei a ser o que sou.

Foi há vinte e quatro anos (completam-se hoje) que comecei a ser padre.

Para sofrer, para acolher, para ajudar, para orar, para sentir, para conter, para calar, a tudo estou disposto, Senhor.

Hoje como há vinte e quatro anos.

Em qualquer situação, o que quero é estar junto de Deus e perto de cada pessoa.

Obrigado, meu Deus! Obrigado a todos!

publicado por Theosfera às 09:44

Hoje, 12 de Agosto, é dia de Sto. Amadeu da Silva, Sta. Hilária, S. João de Riéti e Sta. Joana Francisca de Chantal.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 05:58

1. Éramos cinco naquele dia. Há vinte e quatro anos. Já há vinte e quatro anos. Completam-se hoje, 12 de Agosto.


Parece que foi ontem que tudo aconteceu. Mas não foi ontem. Foi num dia como o de hoje, em 1989, o ano em que uns muros caíram e outros muros se ergueram.


Foi o ano em que se fez história, com a queda do Muro de Berlim, chamado também o Muro da Vergonha.


E era também com alguma vergonha que nós, os cinco, avançávamos. Sabíamos que aquele passo iria transformar — de uma vez para sempre — as nossas vidas.


A partir daquele momento, daquela tarde, íamos deixar de ser nós. Íamos deixar de ser nossos. Passávamos a ser d’Ele. Passávamos a ser vossos. De todos. Para todos.


Era tudo tão grande, tão denso, tão profundo e nós tão pequenos! Mas Ele lá sabe. Passou pela nossa vida. Seduziu-nos. Convenceu-nos. E nós passámos a andar sempre com Ele (cf. Mc 3, 14).



2. Ficámos lívidos de emoção quando nos prostrámos na Catedral, completamente cheia. Sentimos mesmo o Espírito Santo vir até nós. As palavras e as mãos do senhor D. António de Castro Xavier Monteiro involucravam algo indizível que nos era transmitido.


Ser ordenado padre pelo senhor D. António foi uma graça que nunca saberei agradecer devidamente.


Nele vi sempre um pai, um pai afável, carinhoso. Tanto empolgava multidões como era capaz de penetrar no íntimo mais recôndito de uma pessoa.


Amanhã, 13 de Agosto, faz treze anos que Deus o chamou. Por que não pensar numa rua com o seu nome?


Apesar de contido, amava Lamego. Deu, aliás, sobejas provas desse amor.


Sendo Arcebispo de Mitilene, era a segunda figura do Patriarcado de Lisboa e, nessa medida, potencial sucessor de D. Manuel Gonçalves Cerejeira.


Foi ele que escolheu vir para Lamego. Nunca mendigou recompensas. Mas até por isso, por esse despojamento, não mereceria uma distinção?


Uma rua até é bem pouco para quem tanto merece!



3. Naquela tarde de 12 de Agosto, notávamos que aquela gente toda não estava só ao nosso lado nem à nossa beira. Estava dentro de nós.


Aqueles sorrisos, entremeados com lágrimas, arrebatavam as entranhas do nosso ser. Para ser padre, não é preciso tanto ter uma grande inteligência. É fundamental, acima de tudo, ter um grande coração. Um coração simples. Como o d’Ele. Como o de Jesus.


Naquela tarde, sentimos que hipotecámos as nossas vidas. Tornámo-nos — conscientemente — uns alienados.


Deixávamos de ter vida própria. Agora, era tudo d’Ele. Tudo para Ele. Para Jesus. Que felicidade!


Sentimo-nos envolvidos, acarinhados. O melhor da Igreja foi sempre Deus e foi sempre o Povo.


O Povo nunca desilude, nunca desencanta. Pelo contrário, o Povo consegue sempre reencantar-nos quando o encanto fenece ou quando a dor nos visita.


É o Povo simples e bom o primeiro que nos estende a mão, o primeiro que não nos deixa cair, o primeiro que nos adopta como seus. Não somos de ninguém para sermos de todos, para todos!



4. Neste mesmo dia 12 de Agosto, mas de 1815, outro padre era ordenado. Ninguém o acompanhou. Nem a família. Nem qualquer colega.


Calcorreou, sozinho, cem quilómetros a pé. A mesma distância percorreu no regresso sob o sol escaldante de Agosto.


O Santo Cura d’ Ars começou o seu sacerdócio sob o escaldante calor de Agosto. Consumou o seu sacerdócio sob o mesmo escaldante calor de Agosto, já que faleceu a 4 daquele mês, em1959.


Também D. Manuel Martins, o bispo dos pobres, foi ordenado padre a 12 de Agosto, de 1951.


Leça do Balio, sua terra natal, engalanou-se. Iniciava-se ali uma vida cheia, uma vida em cheio, uma vida para Deus e para os pobres.


Dedicado aos mais pobres foi igualmente D. Hélder Câmara. Recebeu a ordenação sacerdotal em 1931, a 15 de Agosto. Em 1942, também a 15 de Agosto, era ordenado padre o bispo que me ordenou a mim: o querido senhor D. António.


Foi nesse dia que, em 1989, celebrei a Missa Nova. Com a minha família, os meus colegas e os meus amigos. Na minha querida terra natal. Aonde os meus pés vão poucas vezes. Mas donde o meu coração nunca sai!
publicado por Theosfera às 00:53

Faz hoje vinte e quatro anos que recebi o sacramento da Ordem pelas mãos do senhor Arcebispo-Bispo de Lamego, o inesquecível D. António de Castro Xavier Monteiro. Já não está connosco. Meu querido Pai também o acompanha no Céu.

Foram momentos muitos densos, vivências bastante intensas.

O retiro tinha sido no Convento de Avessadas, Marco de Canaveses.

Muita paz nos invadiu naquela celebração que lotou por completo a Sé.

Estes vinte e quatro anos foram vividos em muitas tarefas, em múltiplos trabalhos, canseiras e missões. Peço perdão ao Senhor pelas falhas, pelas imperfeições. Louvo o Senhor pela Sua presença, pela Sua paz, pelo Seu amor e pelos amigos com que me tem presenteado.

Peço uma oração pela fidelidade, para que seja sempre servo humilde e distribuidor generoso da Palavra de Deus e do Pão da Vida.

 

Um abraço fraterno para todos. Uma prece sentida por alma de meu Pai, que tanto vibrou nesse dia.

 

Um beijo carinhoso na face pura de minha Mãe, que sempre me acompanha.

 

 

À Igreja deixo o que sou.

 

A toda a humanidade quero dar o que tenho.

É pouco o que tenho. Mas é tudo o que sou. E quero entregar. Inteiramente.

Obrigado, Senhor.

Que eu nunca me canse de (Te) servir.

A minha pobre vida pertence-Te, Senhor.

Hoje como há vinte e quatro anos.

Toma-a em Tuas mãos.

Faz de mim o que quiseres.

Não poderei muito.

Mas Tu superas tudo.

Obrigado, meu Deus!

publicado por Theosfera às 00:51

Adolfo Correia Rocha nasceu, neste dia, há 106 anos. Andou um ano no Seminário de Lamego.

Diz que perdeu a fé. Mas reconheceu que nunca esqueceu Aquele que, porventura, até gostaria de negar.

«Deus. O pesadelo dos meus dia. Tive sempre a coragem de O negar, mas nunca a força para O esquecer»!

Miguel Torga mantém um legado imeperecível na nossa cultura!

publicado por Theosfera às 00:48

É pouco, quase nada, o que tenho.

Mas é tudo o que sou e quero entregar.

Inteiramente.

Obrigado, Senhor.

Que eu nunca me canse de (Te) servir.

A minha pobre vida pertence-Te, Senhor.

Foi há vinte e quatro anos (completam-se hoje) que comecei a ser o que sou.

Foi há vinte e quatro anos (completam-se hoje) que comecei a ser padre.

Para sofrer, para acolher, para ajudar, para orar, para sentir, para conter, para calar, a tudo estou disposto, Senhor.

Hoje como há vinte e quatro anos.

Em qualquer situação, o que quero é estar junto de Deus e perto de cada pessoa.

Obrigado, meu Deus!

Obrigado a todos!

publicado por Theosfera às 00:01

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