Dizem que, na China, não é bom oferecer relógios.
A forma como se diz «relógio» é semelhante ao modo como se diz «morte».
E, de facto, há no relógio uma estranha contagem que nos faz balancear entre o princípio e o fim.
Um dia, o relógio pára. Um dia, é o fim. Resta-nos o que sobrevive para lá fim.
Mas, aí, não é necessário qualquer relógio.
A eternidade não se conta. A eternidade vive-se, respira-se, saboreia-se. Para sempre!