Tudo muda na vida. Muda o tempo.
E, com o tempo, muda o espaço. O mesmo espaço altera-se ao longo do tempo.
O ocidente abandonou o campo, embora muitos procurem, agora, regressar a ele.
O ocidente deixou de ser rural, passando a ser urbano.
A perda da ruralidade não redundou, porém, em ganho de urbanidade.
Falta urbanismo e escasseia urbanidade na própria urbe.
Como avisa Luís Bettencourt, a cidade é cada vez mais um «reactor social».
Os nomes mantêm-se. Mas olhar para Lisboa, Porto ou Coimbra de agora não é a mesma coisa que olhar para Lisboa, Porto ou Coimbra de outrora.
Hoje, as cidades são sobretudo corredores. Muitos carros, muita gente, muita vida?
Há cidades que se agigantam no tamanho, mas tolhem-se em criatividade.
As cidades tendem a copiar-se. São feitas de estereótipos, de ideias feitas.
Creio que ainda é possível devolver a felicidade à cidade!