Eis a verdadeira (e a mais assustadora) espiral recessiva.
Podemos estar a crescer tecnologicamente, mas nem nos apercebemos de que estamos a regredir civicamente de forma pavorosa.
No fundo, a situação resume-se a isto: não sabemos estar.
Não sabemos estar na escola, não sabemos na igreja, não sabemos estar na rua, não sabemos estar na vida. Perdemos a compostura.
O excesso de informalidade convive, intimamente, com uma crescente ausência de critérios.
No limite, não advertimos as diferenças. Estar numa esplanada ou estar numa igreja chega a ser (quase) a mesma coisa. A displicência é igual, igualmente confrangedora.
Começa a ser frequente mastigar pastilhas elásticas numa sala de aula ou numa igreja.
O estranho é o ar estranho de alguns quando alguém chama a atenção. «Qual é o problema?» - alegam.
E é assim que, sem darmos conta, a banalidade se apodera de nós.
Quando se tenta dar um passo (ainda que um) no precipício, acaba-se por só se terminar no fundo.
Agredir um colega ou matar um vizinho são ocorrências que se vão tornando frequentes.
Importa reflectir. Urge inflectir.
Enquanto o tempo nos dá tempo!