O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 30 de Abril de 2013

Houve uma altura em que pensava que Mourinho não era um treinador, mas um vencedor.

Desse por onde desse, jogasse bem ou jogasse mal, equipa de Mourinho era equipa que ganhava jogos e coleccionava títulos.

O Chelsea não era campeão há décadas: foi bicampeão com Mourinho. O Inter não era campeão europeu há quase meio século: voltou a sê-lo com Mourinho...apesar do Barcelona e do Bayern.

Foi, curiosamente, ao chegar ao topo que o ciclo começou a dar sinais de se inverter.

Três épocas no Real Madrid, um título de campeão constitui um bom saldo, mas fica aquém das expectativas.

Noutros tempos, aquelas três primeiras oportunidades desta noite teriam sido outros tantos golos. Similarmente, a copiosa derrota de há uma semana teria sido improvável noutras épocas.

No final do jogo de hoje, perpassou algum desalento e um certo ar de despedida.

Para qualquer outra equipa, um percurso até às meias-finais da Champions seria positivo. Mas o Real é o Real. Só Mourinho já não parece ser tão Mourinho.

Mas, atenção, Mourinho continua a ser muito bom. Sucede que, afinal, também é humano.

Isto se dúvidas tivesse havido...

publicado por Theosfera às 23:20

O cidadão contribui cada vez mais para o Estado. E, em contrapartida, o Estado contribui cada vez menos para o cidadão.

Ao contrário de Jesus, que transformou o pouco em muito, o Estado está a transformar o muito em pouco.

Olhando para a saúde e para a educação, uma pergunta avulta: será possível fazer mais com menos?

A matemática atesta que mais por menos dá menos.

Resta-nos a esperança de que a matemática já não seja o que costumava ser...

publicado por Theosfera às 10:42

Pela forma como se procura a felicidade se conhece o carácter de uma pessoa.

Pelo menos, era o que pensava Stendhal: «Chamo carácter de um homem à sua maneira habitual de ir à caça da felicidade».

Há quem a procure sem os outros, contra os outros ou à procura dos outros.

Mas essa é a fórmula da felicidade infeliz e o caminho para a felicidade infelicitante.

A felicidade é uma posse que resulta de uma dádiva, um encontro que só ocorre após insistente procura!

publicado por Theosfera às 10:38

As comparações são odiosas. Mas acabam também por ser inevitáveis.

A educação é melhor hoje?

Há respostas para todos os gostos, mas que não chegam para apagar um indisfarçável desgosto.

Há quem pense que outrora se preparava melhor os poucos que estudavam.

Em causa está sobretudo a língua portuguesa, a matemática e a história. Há muita gente escolarizada (e até diplomada) que exibe muitas lacunas nestes domínios.

Hoje parece que o destaque está mais na inteligência técnica do que na inteligência teórica. O objectivo parece ser mais integrar do que seleccionar.

Esta insatisfação até pode ser fecunda. É sinal de que melhor (afinal) é possível!

publicado por Theosfera às 10:21

Uma combinação entre duas tendências ameaça obscurecer a paisagem dos nossos dias: ideias genéricas e muita presunção.

O que pode advir daqui? Goethe não hesitava: «Ideias genéricas e uma grande presunção estão sempre em via de causar uma terrível desgraça».

Esperemos que, no limite, não caiamos no abismo para onde nos estão a empurrar!

publicado por Theosfera às 10:10

Muito conquistamos quando procuramos a verdade.

Muito (quase tudo) deitamos a perder quando pensamos que a possuímos e nos atrevemos a impô-la.

Zubiri alertava que importante não é possuir a verdade, mas deixar-se possuir pela verdade.

E Montaigne observou: «Nascemos para procurar a verdade; pertence a um poder maior possuí-la».

Só Deus é a verdade!

publicado por Theosfera às 10:05

«É mais difícil ferir a nossa vaidade justamente quando foi ferido o nosso orgulho».

Nietzsche tinha (alguma) razão: a ferida no orgulho patenteia, amiúde, o sem-sentido da vaidade. Sobretudo a vaidade de presumir que todos nos veneram.

Às vezes, uma ferida dessas pode ser uma terapia. Por muito que doa!

publicado por Theosfera às 10:00

Carlo Dossi usou de uma contundência feroz: «Os loucos abrem os caminhos que depois emprestam aos sensatos».

Mas a contundência da linguagem encerra alguma premência no seu conteúdo.

Quando algo começa, muitos se espantam e quase todos contestam.

Muito tempo depois, o que era visto como loucura passa a ser olhado como normal.

Caso para concluir: louco não será, muitas vezes, aquele que aos outros chama louco?

publicado por Theosfera às 09:46

Hoje, 30 de Abril, é dia de S. Pio V, S. José Bento Cottolengo, S. Bento de Urbina, Sto. Amador, S. Donato e Sta. Maria da Encarnação.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:57

Segunda-feira, 29 de Abril de 2013

Tomou posse, ontem, o novo governo italiano. Não foi fácil conseguir formá-lo e vai ser difícil aguentá-lo.

Em causa estão razões exógenas e factores endógenos.

Mas o mais saliente foi o ataque de um homem que começou a disparar. Trata-se de um desempregado em estado de desespero.

Nada justifica um acto como este. Mas há muita coisa que explica situações como esta.

A responsabilidade pessoal não pode ser ofuscada. Mas a atmosfera social e política tem de ser considerada.

Há cada vez mais pessoas desestruturadas. Rapidamente se conclui que os outros são os culpados pelos nossos problemas.

Acresce que os inocentes é que acabam por pagar!

publicado por Theosfera às 10:31

O «pastiche» pode parecer uma cedência, uma capitulação diante do «mainstream».

Mas, no fundo, acaba por funcionar como um alerta, um despertador.

Quando o Papa usa expressões como «spray» ou «babby-sitter», as pessoas ficam atentas. O que vem a seguir é ouvido com atenção.

O «pastiche» pode ser, pois, uma espécie de embrulho onde se arruma uma preciosidade, um continente que acolhe um belo conteúdo.

A arte de comunicar também se faz por estes recursos.

O «sermo humilis» também consegue ser eloquente. E, pela amostra, deveras convincente!

publicado por Theosfera às 10:13

João XXIII, o Papa Bom, auspiciava há 50 anos: «Em breve, não existirão povos dominadores e povos dominados».

Uma promessa incumprida? Um sonho adiado?

Prefiro pensar que se trata de uma prioridade urgente, de um caminho persistente, de uma esperança indomável!

publicado por Theosfera às 10:05

Aprendemos com a vida. E nem sequer desaprendemos com a morte.

Os vivos dão lições. Mas os mortos não deixam de dar ensinamentos.

Daí a recomendação de Doni: «Nos mortos sempre li alguma coisa nova e nos vivos ouvi repetir, mil vezes, mil coisas velhas».

Não esperemos pela morte dos outros para fazermos justiça aos outros!

publicado por Theosfera às 09:59

Dizia Sófocles: «A tristeza também provoca doenças».

Mas nem a alegria nos livra de todas as enfermidades.

A alegria é o que nos fortalece nas enfermidades.

Como bem notou Graham Greene, «a alegria faz parte da dor»!

publicado por Theosfera às 09:53

Não sou determinista, muito menos fatalista.

Creio na eficiência da vontade, na energia da liberdade e na ousadia da fé.

Mas também é verdade que, como já alertava Garrett, «o que tem de ser tem muita força».

Foi talvez por isso que Séneca observou que «o destino conduz o que consente e arrasta o que resiste».

Daí a oração: «Senhor, dá-me força para mudar o que pode ser mudado, serenidade para aceitar o que não pode ser mudado e sabedoria para distinguir uma coisa da outra».

De facto, não é fácil distinguir cada um destes momentos. A ajuda de Deus é, portanto, preciosa, imprescindível!

publicado por Theosfera às 09:49

Pierre Brantôme dizia: «Quando se faz apelo ao talento é porque a imaginação falha».

Não sei se será assim. Mas, mesmo que seja assim, não há drama.

E, afinal, o que é o talento?

Há nele muita dose de capacidade. Mas nele tem de haver sobretudo muita quantidade de esforço, de dedicação, de suor!

publicado por Theosfera às 09:44

Hoje, 29 de Abril, é dia de Sta. Catarina de Sena (Co-padroeira da Europa) e S. Wilfrido, o Jovem.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:00

Domingo, 28 de Abril de 2013

Na eleição do Papa, não há campanha, não há programa, não há candidatos. O que avulta é, portanto, a personalidade do eleito.

E não há dúvida de que a maneira de ser do Papa Francisco tem cativado a Igreja e até a humanidade.

O mais curioso é que o Papa se tem destacado não tanto nas grandes acções, mas sobretudo nos pequenos gestos.

Ele consegue tornar grande o pequeno, enchendo de significado o que aparenta ser insignificante.

Às vezes, até parece algo do género do «ovo de Colombo»: como é que ainda ninguém se tinha lembrado de coisas tão simples e, ao mesmo tempo, tão profundas?

Mas, a bem dizer, Francisco está na senda de Jorge. Enquanto padre, bispo e cardeal, sempre foi assim: próximo, humilde, simples.

Hoje mesmo, crismou mais de quarenta pessoas. O ritual não prevê nenhum gesto especial além da colocação do óleo e das fórmulas.

Uma tradição de séculos leva a que o bispo dê uma pequena «bofetada» no crismado. Trata-se de uma saudação que assinala a maturidade oferecida pelo sacramento e, concretamente, a disponibilidade para testemunhar a fé até às últimas consequências.

Pois o Papa Francisco foi mais longe: deu um beijo na face de cada crismado.

São gestos que dispensam comentários. Têm uma densidade que sobrepuja toda e qualquer palavra. É uma linguagem que está para lá do discurso. É uma verdadeira meta-linguagem.

O importante é que as pessoas percebem. Porque sentem!

publicado por Theosfera às 21:39

Não a «craciofilia» (amor do poder), mas a «filocracia» (poder do amor).

Eis a mensagem do Evangelho deste Domingo. Eis o legado de Jesus. Eis a proposta que anela por resposta e que bem merece a nossa aposta.

Deus, como bem notou Paul Ricoeur, é sobretudo o «Todo-Amoroso». O seu poder é o poder do amor.

É neste sentido que a Igreja, não sendo obviamente uma democracia (como não é uma monarquia, uma ditadura ou uma anarquia), não pode ser menos que uma democracia.

Nela, há-de vigorar sempre a «filocracia», o poder do amor.

É por este poder que as pessoas notarão que seguimos Jesus.

O amor do poder tem esganado a vida de muita gente.

O poder do amor devolverá a vida a toda a gente!

publicado por Theosfera às 14:14

O deslumbramento na prosperidade não ajudou.

O clima depressivo na austeridade está a sufocar.

Precisamos de moderação. Buda, há muitos séculos, percebeu que a chave da felicidade não está nos extremos: a via do meio é a melhor, a mais sábia, a única que resulta.

Esta é uma opção para as instituições e tem de ser um imperativo para as pessoas. Já Sto. Agostinho reconhecia que mais vale precisar de pouco do que possuir muito.

É por isso que, numa altura em que tanto se fala de consenso, bom seria começar pelo mais elementar. Isto é, por senso.

Muito bem faria ter um pouco mais de senso!

publicado por Theosfera às 08:58

Prometer não custa. Mas é pelas promessas que costumamos avaliar pessoas e projectos.

Habitualmente, temos de decidir antes aquilo que só iremos comprovar depois.

Daí o sentimento de decepção.

Mariano da Fonseca, já no século XIX, alertava: «É tão fácil prometer e tão difícil cumprir que há bem poucas pessoas que cumpram as suas promessas».

Mas ainda as há. Poucas talvez. Importante é conhecê-las e apostar nelas!

publicado por Theosfera às 08:50

A inveja não tem sentido. O ódio não tem explicação.

É por isso que, mesmo sem sentido e explicação, a inveja dura e o ódio persiste.

Demóstenes, na antiguidade, achava que tudo isto só termina com o fim: «Sabe-se que enquanto vivemos estamos mais ou menos expostos à inveja, mas depois da nossa morte os nossos inimigos deixam de nos odiar».

É pena que se tenha de esperar pela morte para que se faça justiça e para que se possa encontrar a paz.

Não seria possível antecipar?

publicado por Theosfera às 08:47

Vivemos cercados de ruído.

Acresce que algum (muito) desse ruído aparece sob a forma de comunicação. Estranho erro e perigoso engano.

O silêncio é raro e, ainda por cima, incompreendido. O silêncio não goza de boa imprensa, nem desfruta de grande popularidade.

Já o sábio Esopo alertava para o óbvio. O homem tem uma boca e dois ouvidos para ouvir mais e falar menos.

Dir-se-ia que «modus in rebus», cada coisa na medida certa.

O discernimento é fundamental, o sentido de oportunidade mostrar-se-á decisivo.

Luminoso pode ser, pois, o conselho de Beethoven: «Nunca quebres o silêncio se não for para o melhorar».

Só quando a palavra for melhor que o silêncio é que deverá ser usada. Caso contrário, deixemos que o silêncio fale.

Escutemos a sua voz. Ele costuma ser eloquente. Pode é não encontrar o merecido auditório!

publicado por Theosfera às 08:42

Grande mistério transporta o tempo.

Já o sábio de Hipona assumia que o conhecia quando dele não falava. Mas o desconhecimento surgia quando sobre ele tinha de se pronunciar.

O tempo é um grande mestre, sem dúvida. O problema é que aprendemos mais as suas lições quando estamos perto de o deixar.

Hector Berlioz percebeu esta estranha sensação: «O tempo é um grande mestre; tem porém o defeito de matar os seus discípulos».

O que nos vale é que o tempo tem uma porta aberta: para o tempo sem fim!

publicado por Theosfera às 08:33

Hoje, 28 de Abril (V Domingo da Páscoa), é dia de Sta. Teodora, S. Dídimo, S. Pedro Maria Chanel, S. Luís Maria Grignion de Monfort, S. Pusquésio e Sta. Maria Luísa Trichet.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:06

O Evangelho deste Domingo fala-nos do legado de Jesus: um só mandamento, que Ele denominou Mandamento Novo e que consiste no amor ao próximo.

No fundo, trata-se do amor a todos, porque todos, em Cristo, são próximos.

Este é um enorme avanço no sentido da precisão. A Lei Antiga era prolixa. Tinha o Decálogo e continha muitos preceitos.

O estudioso judeu Jacob Neusner, no livro «Um rabino fala com Jesus», insere uma exposição de Silemai acerca da «Torah».

Tal exposição alicerça basicamente a seguinte tese: à medida que a história avança, diminui o número de preceitos aumentando a precisão e a exigência.

«613 preceitos foram dados a Moisés, 365 negativos, que correspondem ao número dos dias do ano solar e 248 positivos, que correspondem às partes do corpo humano. Veio David e reduziu-os a onze. Veio Isaías e reduziu-os a seis. Depois, o mesmo Isaías reduziu-os a dois. Veio Habacuc resumiu-os num só: "O justo viverá pela sua fé"(Hab 2, 4)».

Segundo Neusner, Jesus «não veio exactamente para isto, mas quase». O que é que acrescentou então? «A Si mesmo».

A perfeição, urgida no Sermão da Montanha e já referida pela «Torah» (Lev 19, 2), consiste, portanto, em seguir Jesus (cf. Mt 19, 21).

A Lei não é um preceito; é o seguimento de uma pessoa.

A Lei é Jesus. E Jesus é a corporização, em tons de urgência, do amor total!

 

publicado por Theosfera às 06:07

Sábado, 27 de Abril de 2013

Cada servidor da Igreja transporta um dom e uma responsabilidade para com o Evangelho.

Dizia Joseph Ratzinger: «O pároco é mais do que o gerente da comunidade; o bispo é mais do que o gerente-presidente dos seus diocesanos; e o Papa é mais do que o secretário-geral e o superintendente das conferências episcopais».

A esta luz, «não se é presbítero sozinho, mas num presbitério de algum bispo; não se é bispo sozinho, mas num colégio de bispos, que encontra o seu ponto de unidade no bispo de Roma; e, finalmente, não se é cristão sozinho, mas como pertencente a uma ecclesia concreta, que tem a sua unidade no presbítero».

publicado por Theosfera às 22:01

O Papa Francisco não é o primeiro a ter uma influência franciscana.

Do seu imediato antecessor também se reconheceu ter sofrido igual influência.

De facto, para compreender o pontificado de Bento XVI, é necessário discutir as suas pesquisas sobre a teologia da história e a influência franciscana que recebeu.

Por este motivo, foi apresentado no dia 26 de Fevereiro de 2008, na Universidade Pontifícia «Antonianum» de Roma, a tradução para o italiano do jovem teólogo Joseph Ratzinger «São Boaventura. A teologia da história».

Trata-se do trabalho de pós-doutoramento dedicado por Ratzinger ao teólogo franciscano do século XIII, com o qual descobriu, como ele mesmo confessou mais tarde, sendo cardeal, num discurso à Academia Pontifícia das Ciências, em 13 de Novembro de 2000, aspectos inéditos sobre a relação do santo «com uma nova ideia de história».

publicado por Theosfera às 21:53

«A crise da Igreja, dizia Ratzinger nos finais dos anos 60, é resultado do abandono do essencial. O que resta é uma mera luta pelo poder. Essa luta já existe abundantemente no mundo, não precisamos dela na Igreja».

Mas, por vezes (muitas vezes, infelizmente), essa luta infiltra-se e cola-se a ela como lapa!

publicado por Theosfera às 21:18

Ainda sob o efeito da comemoração de mais um Dia da Liberdade, nunca percamos de vista que ela nunca está totalmente adquirida; tem de ser permanentemente alimentada.

A liberdade está sempre em risco. E, atenção, a ditadura não vem só pela via das armas nem das leis coercivas.

Como recorda sabiamente Mia Couto, «a pior das ditaduras é a da realidade». Não cedamos a ela.

Olhemos para a realidade como ela se apresenta. Mas não desistamos de a mudar, de a melhorar.

Melhoremos a realidade. E tornemo-nos melhores nela!

publicado por Theosfera às 11:54

A esperança não é tudo, mas é essencial para tudo.

Há quem evoque o adágio: «Quem espera, desespera». Há quem, por sua vez, opte pelo provérbio: «Quem espera sempre alcança».

Aquilino Ribeiro metamorfoseou magistralmente este último: «Alcança quem não cansa».

Não nos cansemos da esperança. Ela parece lenta. Mas costuma ser eficaz.

O povo reconhece que, «enquanto há vida, há esperança». Mas ninguém negará que, enquanto há esperança, é porque continua a haver vida.

Não apaguemos a esperança. Hoje. Sobretudo hoje!

publicado por Theosfera às 11:30

Não faltará quem comungue do pessimismo (esclarecido?) de John Le Carré: «Não consigo encontrar a esperança neste momento».

Esperemos que a esperança nos encontre a nós. A todos nós!

publicado por Theosfera às 11:24

A liberdade não é fazer tudo sobre todos ou contra todos.

No limite, tal seria não um exercício, mas uma caricatura da liberdade. Seria apenas a liberdade de um (ou de alguns) sobre ou contra a liberdade dos outros.

A liberdade é uma conjugação. A liberdade é o encontro entre liberdades.

Por isso, a liberdade requer autoridade. A autoridade não é, em si mesma, um freio à liberdade, mas um serviço para que todos possam exercer, civicamente, a liberdade.

Cesare Cantú percebeu o essencial quando disse: «A autoridade é necessária para defender a liberdade de cada um contra a invasão de todos, e a liberdade de todos contra os atentados de cada um»!

publicado por Theosfera às 11:18

Hoje, 27 de Abril, é dia de Nossa Senhora de Monserrate, Sta. Zita (padroeira das empregadas domésticas e das despenseiras) e Sto. Ântimo.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:07

Sexta-feira, 26 de Abril de 2013

Muito se fala de consenso, sobretudo porque ele parece estar cada vez mais ausente.

As palavras que ressoam dos órgãos de soberania oscilam entre a resignação e o eco de algum desespero que palpita na rua.

O povo sente-se esmagado pela realidade e obscurecido pela falta de alternativas.

As mudanças de ciclo não têm introduzido mudanças de paradigmas.

Já que estamos em Primavera, não deixemos de plantar alguma esperança no espírito dos cidadãos.

O «terreno» não parece muito «arável». A linguagem é muito exaltada, mas as atitudes não são nada exaltantes.

Não desistamos de nós, de todos nós!

publicado por Theosfera às 10:04

Abraham Lincoln achava que «um boletim de voto tem mais força do que um tiro de espingarda».

Mas eu temo que muitos pensem o contrário e ajam em conformidade.

Estará a razão da força pronta para degolar a força da razão?

Receio que sim. Quero crer que não!

publicado por Theosfera às 09:55

Mîllor Fernandes proclamou: «O dinheiro não dá felicidade. Mas paga tudo o que ela gasta».

Só que esse é o problema. Para pagar é porque alguém pensa que ela se vende!

publicado por Theosfera às 09:51

Não admiro só quem conseguiu. Admiro também quem falhou.

Clemenceau explica: «O que me interessa é a vida dos homens que falharam visto significar isso que tentaram ir para além das suas possibilidades».

Saboroso é conseguir. Mas importante é tentar. E decisivo é nunca deixar de procurar!

publicado por Theosfera às 09:45

«Não há nada tão estúpido como a inteligência orgulhosa de si mesma».

Alguém discordará de Bakunine?

O orgulho obnubila o perfume da inteligência e desmantela o seu fulgor!

publicado por Theosfera às 09:44

Hoje, 26 de Abril, é dia de Nossa Senhora, Mãe do Bom Conselho, Sto. Anacleto, S. Marcelino, S. Pedro de Rates, S. Pascásio, S. Basílio de Amaseia, S. Gregório e S. Domingos (Pregadores).

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:05

Quinta-feira, 25 de Abril de 2013

Há 39 anos, neste dia, devia estar na escola, mas fiquei em casa. Não foi por causa da revolução. Foi devido a um acidente que tivera no dia 7 de Abril, no qual fracturei o braço direito.

 

Como não podia escrever, o professor achou melhor que recuperasse em casa.

 

Mas, mesmo assim, durante a maior parte do dia ninguém na aldeia se apercebeu de nada.

 

As pessoas estavam nos campos e a televisão só se ligava à noite.

 

Só a meio da tarde, por volta das quatro horas, a minha Madrinha passou por casa e disse que alguma coisa estava a acontecer em Lisboa.

 

Nesses tempos, os telejornais eram às nove e meia da noite.

 

No entanto, nesse dia, começaram a surgir informações mais cedo. Anunciava-se, a qualquer momento, um comunicado da Junta de Salvação Nacional.

 

Apesar de cansados, os meus Pais foram ficando à espera e, apesar dos meus nove anos, fiquei com eles.

 

Até que, penso que já perto da meia-noite, a referida Junta apareceu. As atenções estavam fixadas no General António Spínola.

 

A única coisa que retenho do discurso foi a sua alusão à defesa da moral. Nessa altura, o meu saudoso Pai disse: «Podemos ir dormir, porque tudo vai correr bem».

 

E lá fomos descansar. Nos dias seguintes, tudo na aldeia continuou igual.

 

Havia um ambiente de incerteza, mas também uma sensação de descompressão.

 

A canção de Paulo de Carvalho E depois do adeus passava com insistência. Tinha sido a vencedora do Festival, ocorrido uns dias antes. Recordo que a música preferida na aldeia tinha sido No dia em que o rei fez anos, de José Cid.

 

Hoje em dia, por muito desinformado que alguém esteja, é impensável que aconteça uma revolução de madrugada e uma aldeia inteira só dela saiba a meio da tarde.

 

Outros tempos. Mas aquele dia inicial nunca se apagou da minha memória.

publicado por Theosfera às 23:11

Digam o que disserem, mas o 25 de Abril foi dos dias mais belos que tivemos na nossa história.

 

Poder ser contemporâneo de um acontecimento destes é um privilégio enorme e uma comoção sublime.

 

Sentia-se ali um amanhecer viçoso, o brotar de uma esperança.

 

E até uma certa ingenuidade dos começos lhe dava um encanto arrebatador.

 

Não desistamos das primaveras que se abriram naquela manhã sem fim!
publicado por Theosfera às 22:07

Hoje, 25 de Abril (feriado comemorativo da Instauração da Democracia), é dia de S. Marcos, Evangelista, Sto. Estêvão de Antioquia e S. Pedro de S. José Betancourt.

Refira-se que S. Marcos é considerado padroeiro dos vidraceiros e notários, e invocado contra a sarna.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:06

1. A liberdade é um tema essencialmente bíblico e marcadamente cristão.

Cristo é o paradigma da liberdade porque é o paradigma da verdade. Só na verdade há liberdade (cf. Jo 8, 32)

 

2. Uma vida de mentira não é uma vida livre. Pelo contrário, é uma vida oprimida e opressora.

Jesus pagou um alto preço por causa do Seu compromisso com a verdade. Nunca seguiu a corrente. Nunca pactuou com interesses. Era verdadeiro. Era livre.

 

3. Em nome de Cristo, a Igreja nunca se pode calar quando a liberdade está em risco.

A Igreja nunca pode estar do lado dos opressores. E o silêncio, como é óbvio, pode ser interpretado como conivência com os opressores.

A liberdade está ameaçada quando os direitos não são respeitados e quando as injustiças são promovidas.

 

4. Não havia liberdade em Portugal antes do 25 de Abril. Mas será que, hoje, há liberdade?

Haverá liberdade quando uma parte significativa da população é impedida de aceder ao trabalho, à saúde e à educação? Haverá liberdade quando o delito de opinião dá sinais de ter regressado, quando uma pessoa é estigmatizada por assumir o que pensa e por dizer o que sente?

Não será, por isso, altura de, também em Portugal, libertar a liberdade?

 

5. Em nome de Cristo, a Igreja não se pode limitar a dar o pão aos famintos. Tem de ser também a voz dos espezinhados, dos explorados.

A Igreja não pode ter medo das reacções. Só há reacção perante uma acção. Antes a crítica por causa da intervenção corajosa do que a censura por causa do silêncio cúmplice.

 

6. Em nome de Cristo, a Igreja não pode pairar sobre a vida. Tem de aterrar na vida. Na vida das pessoas, especialmente das pessoas pobres.

Na hora que passa, a Igreja tem o dever de ajudar a reconduzir a liberdade ao seu ambiente natural.

 

7. É preciso recolocar a liberdade na verdade, na justiça e no desenvolvimento.

Necessitamos de liberdade para procurarmos a verdade. E necessitamos da verdade para crescermos em liberdade. Sem liberdade não há verdade. Sem verdade não há liberdade.

 

8. Ajustiça é, porventura, o domínio onde mais temos falhado. Falo da justiça processual e sobretudo da justiça existencial.

Hoje em dia, Portugal é um país muito injusto. As assimetrias entre o litoral e o interior são mais que muitas. O desnível entre classes é aflitivo. A disparidade de salários é chocante. Um país injusto é um país livre?

 

9. O desenvolvimento é visto numa perspectiva prioritariamente física, estrutural. Há, de facto, obra feita: estradas, edifícios, serviços.

É importante, mas não basta. É imperioso apostar nas pessoas, na sua qualificação.

 

10. O 25 de Abril não está concluído. É preciso que todos peguemos nele.

O ideal de Abril é belo, é cristão. Não o deixemos amordaçar. Nem adiar.

publicado por Theosfera às 06:24

Quarta-feira, 24 de Abril de 2013

Faz hoje oito anos que Bento XVI iniciou o seu pontificado.

Foi sempre fiel - fidelíssimo - ao programa então anunciado: «não fazer a minha vontade».

Deus resplandeceu admiravelmente nas suas palavras e nos seus gestos.

Obrigado por tanto. Obrigado por tudo.

publicado por Theosfera às 22:26

1. A lógica explica muito, mas também ilude bastante. Há, pois, que usá-la sem medo, mas com algumas cautelas.

É possível que pouca coisa escape à lógica. Acontece que essa pouca coisa que escapa à lógica pode ser a mais importante, a mais decisiva.

 

2. O mundo até é bastante lógico. O problema é que não é inteiramente lógico. Chesterton dá um exemplo esclarecedor.

Imaginemos um habitante da Lua a olhar para o corpo humano. A primeira impressão que obterá é que o corpo humano é uma duplicação. Cada pessoa é dupla, sendo a parte direita muito semelhante à parte esquerda.

 

3. O habitante da Lua notará que existe um braço direito e um braço esquerdo, uma perna direita e uma perna esquerda, um olho direito e um olho esquerdo, uma narina direita e uma narina esquerda.

A lógica levá-lo-á a concluir, ao detectar que existe um coração voltado para um lado, que também existirá um coração voltado para o outro lado. E é aí, no momento em que a certeza parece maior, que o engano se revela total.

 

4. Isto significa que a lógica nunca pode distanciar-se da realidade. A lógica tem de seguir de perto a realidade. Esta, a realidade, é feita de muitas semelhanças, mas também é composta por muitas dissemelhanças.

Há momentos em que os elos se quebram. Há alturas em que as sequências se interrompem. Sem uma constante observação da realidade, podemo-nos tornar uma espécie de nefelibatas.

 

5. Apesar de poderosa, a lógica também falha. E é por isso que os muitos sábios — os que mais costumam manusear a lógica — também erram. Aliás, a história demonstra que os grandes sábios também incorrem em grandes erros.

Porquê? Basicamente, porque dão mais atenção às constantes do que às variáveis. Porque presumem que aquilo que acontece é uma mera decorrência daquilo que já aconteceu.

 

6. E, no entanto, a experiência atesta que a lógica não é completamente sólida. Parafraseando Zygmunt Baumann, diria que a lógica também é bastante líquida. De há uns anos para cá, tudo parece instável, fragmentado, disperso e incerto. O mito do progresso irreversível parece cair e desmoronar-se à nossa frente.

De repente e como avisa Baumann, apercebemo-nos de que «vivemos numa espécie de irrealidade nos últimos trinta anos, pensando que o crescimento era ilimitado; agora estamos em choque porque verificamos que não é».

 

7. O nosso equívoco foi acharmos que os recursos eram inesgotáveis e com acesso garantido. Fizemos do dinheiro o instrumento básico e erigimos o consumo em valor supremo. A lógica parecia imbatível.

Só que começamos a notar que o dinheiro não dá para o consumo desejado e escasseia até para as necessidades mais elementares.

 

8. Continua a haver muito dinheiro nas mãos de poucos. Mas há cada vez menos dinheiro nas mãos de muitos.

Haverá alguma justiça no meio de tudo isto? E subsistirá alguma lógica?

publicado por Theosfera às 21:29

Só por si, a razão arrisca-se a voltar-se contra si.

A razão não nasceu para ser «solteira». A razão fria pode ser tão irracional como a ausência de razão.

Adorno e Horkheimer denunciavam, há décadas: «O animismo dotava de alma as coisas; o capitalismo coisifica as almas».

A razão precisa de alma, de fé, de esperança, de solidariedade.

Caso contrário, esvazia-se, esvazia-nos!

publicado por Theosfera às 10:20

Muito espanto e muitas certezas vieram da noite de ontem.

Não faltou quem decretasse o fim do ciclo vitorioso do Barcelona.

Eu penso que é prematuro. Um acidente no caminho não é o mesmo que o fim da viagem.

O que avulta é uma evidência e uma dúvida. O Barcelona está pior sem Guardiola. Conseguirá o Bayern ser melhor com Guardiola?

Será possível melhorar os registos ou até manter o nível?

Terá o clube bávaro um prémio pela ousadia ou receberá o castigo pela temeridade? Será possível obter mais quem já mostrou tanto?

Demos a palavra ao futuro!

publicado por Theosfera às 10:12

Há quem ache que o povo aguenta.

Georges Perros dizia que o ser humano tudo suporta: «a guerra, o sofrimento, o exílio, etc. A passagem de um estado para o outro é que é terrível: o tempo de nos instalarmos».

De facto, quanto a aguentar e a suportar, aguentamos e suportamos tudo. No limite, até a morte.

Por isso é que fazemos tudo por atrasar, o mais possível, o inevitável.

Não sejamos fatalistas, nem deterministas. Procuremos dar o melhor por todos!

publicado por Theosfera às 10:06

Em tudo, há sempre mais que tudo. Machado de Assis dizia que, «por detrás de toda a acção, há sempre uma intenção».

Para que a acção seja boa, é fundamental que a intenção seja recta!

publicado por Theosfera às 09:59

A nossa vida é um permanente balanceamento entre o passado e o futuro.

Respiramos o que fomos enquanto suspiramos pelo que desejamos ser.

Fialho de Almeida expressou belamente esta espécie de «ping-pong» existencial: «Civilizado ou embrutecido, todo o homem é presa de duas forças rivais que constantemente se investem e disputam primazias. Uma, que o reporta ao passado e lhe transmite por hereditariedade as ideias, hábitos e modos de ser e de ver dos antecessores. Outra, evolutiva, que adapta o indivíduo aos meios novos, e não cuida senão de o renovar e transformar rapidamente. A vida humana não é mais que o duelo entre duas forças antagónicas»!

publicado por Theosfera às 09:55

Hoje, 24 de Abril, é dia de S. Fiel de Sigmaringa, S. Gregório de Elvira, Sta. Maria de Santa Eufrásia Pelletier, S. Bento Menni e Conversão de Sto. Agostinho.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:59

Terça-feira, 23 de Abril de 2013

A espuma dos dias oferece-nos uma linguagem cada vez mais cifrada, quase cabalística.

Dir-se-ia que alguém pretende fornecer uma informação que nos lance na penumbra e nos afogue no desconhecimento.

Com alguma dificuldade, lá nos fomos habituando aos «défaults», aos «spreads» e a outras minudências que tecem o nosso quotidiano.

Agora, são os «swaps», ainda por cima, asseguram-nos que há «swaps tóxicos» que vão fazendo estragos.

Tudo isto envolve milhões. Tudo isto (é o que o povo sente) redunda em penúria para muitos.

Parece que há uma realidade sobreposta que nada tem que ver com a realidade...real.

O espanto das pessoas não cura a desolação que lavra nas profundezas da sua alma!

publicado por Theosfera às 10:18

Quando os meios de informação eram escassos, a informação era relevante.

Quandos os meios de comunicação se multiplicaram, a informação tornou-se banal.

A pouquidade de meios levava, naturalmente, a uma selecção. Público era o que dizia respeito à vida de todos.

Acontece que o panorama se alterou. Os meios são mais que muitos. A informação é rápida. Tudo chega rapidamente a todos.

Daí que a sobrevivência dos meios tenha levado a que se opte pelo que só deveria interessar a cada um.

É estranho que a vida pública se faça, cada vez mais, com a vida privada.

Sinal dos tempos. Era bom que se pensasse.

A multiplicação de meios pode conduzir à sua crescente irrelevância.

Os jornais vendem cada vez menos. As televisões mostram audiências cada vez mais baixas.

Há quem faça das redes sociais uma espécie de «catacumbas» donde se desferem toda a sorte de insinuações anónimas.

Importante seria que se reflectisse e inflectisse.

Uma pergunta deveria ser feita: que contributo oferece este clima para nos tornar melhores pessoas, mais decentes?

publicado por Theosfera às 10:07

O mundo do conhecimento não pára de nos surpreender. Há cursos para quase tudo.

Na Universidade de Massachusetts, há existe uma cátedra de...Ciências da Incerteza.

É normal que o incerto tenha lugar na academia já que tem um enorme lugar na vida.

Conhecer o incerto pode não ser exaltante. Mas, pelo menos, mostra cautela!

publicado por Theosfera às 09:54

A injustiça pode passar. Mas o seu efeito dificilmente passa.

Quem sofre a injustiça arrasta o peso. Quem a provoca, muitas vezes, simula. Ou presume que cometeu um grande feito ou, então, faz de conta: não diz nada.

Parafraseando Elie Wiesel, dir-se-ia que a injustiça agride sempre duas vezes, a segunda pelo silêncio.

O silêncio é, muitas vezes, uma virtude. Mas, perante a injustiça, chega a ser um atentado!

publicado por Theosfera às 09:50

A verdade é extraordinariamente simples.

Espanta, por isso, que o caminho para lá chegar se mostre tão complicado, quase sempre sinuoso e, às vezes, ínvio.

George Sand assinalou: «O verdadeiro é demasiado simples, mas chega-se lá sempre pelo caminho mais complicado».

Não fujamos, porém, dessas complicações.

As complicações podem ser dolorosas. Mas a fruição da verdade compensa.

Ela é soberanamente saborosa!

publicado por Theosfera às 09:44

Escrever é uma arte e uma missão.

Escrever requer talento, mas também não dispensa independência.

De facto, é o que recomenda Jovellanos: «Nada vale tanto para o homem de letras como a independência».

O problema é que há muitos constrangimentos e imensas condicionantes.

O que se escreve, hoje, não é muito exaltante.

A palavra também precisa de ser alimentada. A escrita também precisa de alma!

publicado por Theosfera às 09:37

A injustiça dói, dói muito e dói sempre. Mas, mesmo assim, antes sofrê-la do que provocá-la.

Como avisa Samuel Johnson, «é melhor sofrer uma injustiça do que praticá-la, assim como às vezes é melhor ser enganado do que não confiar».

No fundo, é a fronteira entre a coerência e a vingança, entre a decência e o abastardamento.

Quem paga injustiça com injustiça, apesar das mágoas, acaba por contribuir para que a injustiça alastre!

publicado por Theosfera às 09:31

«A aproximação é sempre mais bela que a chegada».

Alain-Fournier tocou em algo que todos nós sentimos, mas nem sempre sabemos verbalizar.

No fundo, somos seres de vésperas e de procuras.

Chegar é voltar a partir para novas aproximações!

publicado por Theosfera às 09:25

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