O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 05 de Março de 2013

Creio na santidade da Igreja, que convive com o pecado que habita nela.

Creio, porém, que nem o pecado ofusca a santidade que alimenta a Igreja.

A Igreja é santificada pelo Espírito Santo. É Ele que sopra.

Creio que o Espírito Santo é o grande Eleitor do Conclave. Ele já sabe quem é o novo Papa.

Que os eleitores humanos perscrutem a voz de Deus.

Ele inspira. Que eles se deixem inspirar.

Oremos todos!

publicado por Theosfera às 11:00

A imprensa é «a imensa e sagrada locomotiva do progresso».

Dito pelo cidadão (no caso, Victor Hugo), soa a reconhecimento. Dito pela própria imprensa, pode soar a presunção.

A imprensa não está a atravessar o melhor momento da sua história. Mas continua a ser indispensável.

Nem sempre será portadora de progresso. Mas nunca poderá ser indutora de retrocesso.

Hoje por hoje, confesso, alimento algumas dúvidas.

publicado por Theosfera às 09:50

O orgulho não é a atitude mais elevada, mas ainda se pode tornar admissível. Já a vaidade é o puro vazio.

Mariano da Fonseca anotou: «O orgulho pode parecer algumas vezes nobre e respeitável, a vaidade é sempre vulgar e desprezível»!

publicado por Theosfera às 09:43

Importante é escrever. Mas para quê escrever?

Para instrução, sem dúvida. Para formação, seguramente.

Mas também se escreve por deleite e até para exorcizar o medo.

Dizia Agustina Bessa-Luís: «Escrever é isto: comover para desconvocar a angústia e aligeirar o medo, que é sempre experimentado nos povos como uma infusão de laboratório, cada vez mais sofisticada. Eu penso que o escritor com maior sucesso é aquele que protege os homens do medo: por audácia, delírio, fantasia, piedade ou desfiguração».

publicado por Theosfera às 09:41

Há uma interacção simbiótica entre o saber e o viver.

Tal interacção é tecida de dependência mútua e influência recíproca.

Baltasar Gracián y Morales dizia: «O homem tem muito para saber e pouco para viver; e não vive se não souber nada».

Mas também se pode dizer que muito pouco sabe quem muito pouco vive. O saber influencia a vida. Mas a vida influencia (muito mais) o saber!

publicado por Theosfera às 09:36

Hoje, 05 de Março, é dia de S. João José da Cruz, S. Teófilo e Sto. Adriano.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:07

Segunda-feira, 04 de Março de 2013

Atenção, muita atenção, às coisas pequenas.

As coisas pequenas não são insignificantes. Muito pelo contrário.

Já dizia Júlio Verne que «os grandes efeitos têm, por vezes, causas pequenas»!

publicado por Theosfera às 23:43

Muito se tem falado da idade do futuro Papa.

Pode ser um indicador. Não creio que se trate de um critério decisivo.

No século XII, por exemplo, o Papa Celestino III foi eleito com quase 90 anos e ainda teve um pontificado de sete anos.

Mas o mais sintomático é que, à data da eleição, não era bispo nem sequer padre. Teve de receber a ordenação sacerdotal e a consagração episcopal.

Antes, porém, já estava ao serviço da Igreja tendo vindo à Península Ibéria solucionar a questão entre Braga e Toledo, que querelavam pela disputa do título de cidade primaz das Espanhas!

publicado por Theosfera às 22:18

Tudo parece ter sido atribulado no (curto) pontificado do único Papa português.

Desde logo, o nome que escolheu. Optou por João XXI, mas deveria ter sido João XX, uma vez que, antes dele, o último com o mesmo nome tinha sido João XIX (1024-1032).

No ano em que Pedro Hispano foi eleito (1276), houve quatro papas.

Antes dele, há que mencionar Gregório X (que tinha sido eleito em 1271 e que o criou cardeal), Inocênco V e Adriano V, que morreu menos de um mês após a eleição.

João XXI foi eleito por unanimidade, mas há que referir que o conclave era composto por apenas nove cardeais.

Em 1277, morreu na sequência da queda de um tecto da sua residência.

publicado por Theosfera às 11:36

Um dos males que vai gangrenando a vida dos povos é constituído pelos atropelos a quem ousa.

Em vez de questionarmos a mensagem, optamos por destruir o mensageiro. E nem sequer se olha a meios.

Sophia de Mello Breyner denunciou: «Nunca choraremos bastante quando vemos que ousa é destruído. Por troças, por insídias e por venenos, e por outras coisas que sabemos, tão sábias, tão subtis e tão peritas, que não podem sequer ser bem descritas»!

publicado por Theosfera às 10:05

Há 12 anos, neste dia 4 de Março, uma ponte caiu, muita gente morreu.

E a dor pela partida nunca prescreve, nunca deixa de doer.

Paz para quem partiu. Paz para quem chora a partida!

publicado por Theosfera às 10:01

Tempos novos, estes. Tempos agrestes para muitos, tempos cinzentos para quase todos.

Estes são tempos em que só vêem nuvens e antecipam tempestades.

Estão a falhar os governos. Estão a falhar as alternativas aos governos.

O que se passou na Grécia e o que se passa na Itália dá que pensar.

As pessoas não gostam dos governos que não elegeram. Mas também não parecem ter gostado dos governos que escolheram.

Há que estar atento aos sinais. À rua, por exemplo.

Foi na rua que muitos combateram pela democracia. É na rua que muitos estão a combater em democracia. Não pelo fim da democracia, esperamos. Mas pela refundação da democracia.

Se os governantes não escutam os povos, arriscam-se a ser desalojados pelos povos.

Mas não desperdicemos o precioso capital que é a serenidade. E não nos coloquemos uns contra os outros!

publicado por Theosfera às 09:53

 Há quem pense (Madeleine Scudéry, por exemplo) que «a desconfiança é a mãe da segurança».

Talvez porque leva a prestar atenção aos sinais de perigo.

Mas a desconfiança retira toda a capacidade de ousar, de recriar.

A desconfiança só vê muros e adversidades.

Só na confiança se cresce.

É claro que confiar é um risco. Mas é um risco que temos de correr. É um risco que vale a pena correr!

publicado por Theosfera às 09:42

Sempre acutilante, o Padre António Vieira asseverou: «Os textos são da justiça, as interpretações podem ser da lisonja».

É claro que nem todos os textos serão justiça. E nem todas as interpretações serão lisonja.

Mas, não raramente, o que um texto assinala como urgente acaba por ser desfeiteado por uma interpretação que amortece o que foi dito.

Eis o que acontece com leis, constituições ou doutrinas.

Há interpretações que não mostram o sentido. Procuram, tão-somente, eliminá-lo!

publicado por Theosfera às 09:35

Thornton Wilder afirmou: «Os grandes momentos da vida vêm por si mesmos. Não faz sentido esperá-los».

Tudo tem seu tempo e sua hora.

A surpresa é uma constante. E costuma vir quando menos se espera!

publicado por Theosfera às 09:31

Virgílio propunha: «Sê indulgente com os que se submetem e subjuga os soberbos».

Eu não propugnaria tanto.

Não se deve subjugar ninguém. Mas é fundamental tomar as devidas cautelas com alguns.

E, de facto, diante da soberba todo o cuidado é pouco.

Quando perceberão alguns que só a humildade nos torna autenticamente grandes?

publicado por Theosfera às 09:26

Hoje, 04 de Março, é dia de S. Lúcio I, S. Casimiro e Sto. Humberto III de Sabóia.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:01

Domingo, 03 de Março de 2013

Confiança.

Eis o que falta. Eis a nossa carência principal. Eis a nossa urgência maior.

A confiança não será tudo. Mas está no começo de tudo.

Conta-se que João Paulo II terá colocado esta dedicatória num livro que ofereceu ao então Cardeal Joseph Ratzinger: «Ao amigo confiável». Isto diz muito.

Sem confiança nenhum êxito é possível. Na confiança nenhum sucesso será impossível.

publicado por Theosfera às 16:17

Muitas palavras andam no ar. Muitas palavras sequestram a espuma dos dias.

Geralmente, são palavras de suspeita.

É urgente dizer. É fundamental comunicar.

Mas também se comunica com recato, com nobreza, com transparência.

Não é preciso falar muito para dizer bastante.

Creio que este é o tempo de algum pudor, de algum silêncio. Até para não banalizar o (sacratíssimo) acto de comunicar!

publicado por Theosfera às 09:01

A expectativa, muitas vezes, é um interlúdio entre a esperança e o desespero.

Dizia Ambrose Bierce: «Expectativa: estado ou condição mental que, no cortejo das emoções humanas, é precedido pela esperança e seguido pelo desespero».

Mesmo assim, há que não desistir. A seguir a um possível desespero há-de suceder uma não impossível esperança!

publicado por Theosfera às 08:57

Coisa fugidia é a fama. Espanta, por isso, que ainda haja quem a procure afanosamente.

Era bom que se lesse (e meditasse) este desabafo de Dante: «A fama que se adquire no mundo não passa de um sopro / de vento, que ora vem de uma parte, ora de outra, / e assume um nome diferente segundo a direcção de onde sopra».

Importante é a consciência. É saber para onde se vai. É não deixar de ir, mesmo que muitos não aplaudem nem ajudem!

publicado por Theosfera às 08:54

Hoje, 03 de Março (III Domingo da Quaresma e Dia da Caritas), é dia de Marino, Sto. Astério, S. Frederico de Hallam, S. Liberto, S. Samuel, S. Miguel Pio e Sta. Catarina Maria Drexel.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:04

1. Ainda não se sabe quem será o novo Papa. Mas já é possível saber algo do que será o Papa novo.

Será diferente sem dúvida, complementar seguramente, mas contrário nunca.

 

2. Um novo Papa não é eleito para fazer o mesmo que o Papa anterior. Mas também não é escolhido para fazer o contrário daquele que o antecedeu.

Nenhum Papa é igual a outro Papa. Nenhum Papa é o contrário de outro Papa. Cada Papa é diferente de todos os outros Papas. Cada Papa é único. Todos os Papas são complementares.

 

3. Há quem, colocando o foco nas questões de governo, priorize a eleição de um Papa com perfil de administrador, talvez mesmo à maneira de um gestor.

Acontece que, na palavra e na acção, o Papa terá de ser, antes de mais e acima de tudo, um evangelizador. O próprio governo da Igreja só faz sentido se estiver insuflado de Evangelho. É o Evangelho, e não os critérios da gestão empresarial, que tem de nortear a acção da Igreja: desde a cabeça até à base.

 

4. O Papa pode renunciar. Mas a Igreja não pode abdicar. O Papa pode renunciar ao governo. Mas a Igreja não pode abdicar do Evangelho.

Abdicar do Evangelho seria abdicar do que lhe pertence, do que lhe foi confiado.

 

5. Aliás, o espírito do tempo clama, cada vez mais, pelo tempo do Espírito. E o maior serviço que, em nome do Espírito, a Igreja pode prestar no mundo não é dissolvendo-se nele.

Hoje, talvez mais do que nunca, a Igreja é chamada a ser a alternativa e não a redundância. A alternativa que a Igreja propõe chama-se Evangelho: Evangelho em forma de palavra, Evangelho em forma de vida.

 

6. Às vezes, dá a impressão de que a Igreja está obstinada em trazer o antigo para o novo. Parece que usa os meios actuais para manter uma mensagem ultrapassada.

Mas não se trata disso. A função da Igreja não é trazer o antigo para o novo, mas transportar o perene para o transitório.

 

7. Há quem deseje uma Igreja acelerada ao ritmo do presente. Há quem sinta nostalgia de uma Igreja pesada — e pausada — como no passado.

Só que o mundo precisa não de uma Igreja frenética, como os tempos que correm, nem pesada — ou pausada — como nos tempos passados. Do que o mundo precisa, nos caminhos do tempo, é de uma Igreja leve como a eternidade.

 

8. Por estranho que pareça, a Igreja é tão necessária por aquilo em que é contestada como por aquilo em que ela é (justamente) reconhecida.

Ninguém, ou quase ninguém, ignora a meritória acção social da Igreja, hoje cada vez mais urgente. Mas não falta quem verbere e censure fortemente a insistência na doutrina e na moral. Uma reflexão atenta, contudo, notará que a Igreja é importante não apenas pela ajuda que dá, mas também pela exigência que transmite.

 

9. Uma dimensão vaticana da Igreja não impede que ela esteja envolvida por uma forte dimensão samaritana.

Isto significa que, a partir da sua cabeça, ela terá de estar sempre (e necessariamente) ao lado dos que estão do lado de baixo, do lado de fora, nos subterrâneos da vida e nas margens da história.

 

10. Há quem diga que a Igreja carece de reformas. E há quem insista que a Igreja necessita de santos.

Reformar é voltar a dar a forma. No caso vertente, reformar a Igreja é pugnar para que ela tenha sempre a forma de Jesus Cristo.

É por isso que a santidade é a maior reforma, porque é aquela que toca no âmbito mais decisivo: a vida de cada um e a vida de todos.

publicado por Theosfera às 06:07

Sábado, 02 de Março de 2013

Nem sempre apreciamos o que mais nos ajuda. Às vezes, o que sabe mal faz bem.

O problema é que as nossas preferências são mais alinhadas pelo sabor imediato do que pelo bom efeito prolongado.

Já Mariano da Fonseca verbalizava esta contradição: «Os homens preferem geralmente o engano, que os tranquiliza, à incerteza, que os incomoda».

Acontece, porém, que a vida não anda ao ritmo do nosso gosto.

É importante não gostar de ser enganado!

publicado por Theosfera às 12:04

Partimos do princípio de que tudo está na posse. A felicidade, por exemplo.

Anton Tchekhov sustentava: «Nós não somos felizes, e a felicidade não existe; apenas podemos desejá-la».

Mas eu seria tentado a acrescentar que a posse da felicidade seria a morte da felicidade.

Ser há-de ser sempre uma procura que nunca apaga toda a insatisfação.

Ser feliz é querer ser cada vez mais feliz. É nunca se cansar de ser feliz.

Quem desiste de procurar a felicidade nunca a encontra. Mas quem presume que já a encontrou definitivamente começa, nesse mesmo instante, a perdê-la.

Há qualquer coisa de infinito na felicidade. É sempre possível aumentá-la!

publicado por Theosfera às 11:55

Hoje, 02 de Março (Primeiro Sábado do mês), é dia dos Mártires dos Lombrados, Sta. Inês da Boémia e Sta. Ângela da Cruz Guerrero González.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:04

Sexta-feira, 01 de Março de 2013

Neste primeiro dia de «sede vacante», será interessante recordar que, a 1 de Março de 1939 (faz, portanto, hoje, 74 anos), teve início um conclave.

Foi na sequência da morte de Pio XI. À terceira votação seria eleito Eugénio Pacelli, que desempenhara as funções de Secretário de Estado e que iria adoptar o nome de Pio XII.

Como se sabe, vivia-se na antevéspera da segunda guerra mundial.

A tristemente famosa «Kristallnacht» (noite de cristal) já tinha ocorrido em 1938. Já nessa altura, o que viria a ser Papa deu instruções para que se salvassem o maior número possível de judeus.

A concordata firmada com a Alemanha salvaguardava a situação dos judeus conversos, mas a Igreja salvou também muitos judeus que se mantiveram no judaísmo.

A situação que se vivia levou a que os jornais quisessem entrevistar os cardeais. Pacelli foi sempre muito contido. Abriu apenas uma excepção para o «New York Times».

Foi eleito à terceira votação e escolheu o cardeal Maglione (o segundo mais votado) para Secretário de Estado.

publicado por Theosfera às 23:13

Quem influencia mais? O homem sobre as circunstâncias? Ou as circunstâncias sobre o homem?

Heródoto não tinha dúvidas a este respeito: «São as circunstâncias que governam os homens, não são os homens que governam as circunstâncias».

No entanto, manda o bom senso perceber que existe uma interacção constante.

As circunstâncias transformam as pessoas. E há pessoas que transformam as circunstâncias.

A época faz as pessoas. Mas há pessoas que fazem uma época.

O tempo deixa rasto nas pessoas. Mas há pessoas que deixam rasto pelo tempo!

publicado por Theosfera às 10:16

Há pessoas a quem o êxito sobe à cabeça. Tornam-se um perigo.

Mas, como alerta Wilson Mizner, também há pessoas a quem o fracasso sobe à cabeça. Podem converter-se numa ameaça.

Resignar perante o fracasso pode levar à desconstrução, à revolta, à desestruturação total. O melhor é evitar os extremos.

Há que ser humilde no êxito. Há que ser determinado no fracasso.

O fracasso pode suceder ao êxito. E - quem sabe? - o êxito pode suceder ao fracasso.

Há que ser cauteloso e nunca dar a história por concluída!

publicado por Theosfera às 10:10

É possível ganhar quando se está disposto a tudo perder. Mas não é impossível perder quando tudo se quer ganhar.

Já La Fontaine advertia: «Arriscamo-nos a perder quando queremos ganhar demais».

O problema é que não é fácil encontrar a medida certa.

Muita timidez pode tolher. Mas o excesso de ambição é capaz de cegar.

É por isso que a própria inteligência tem de ser mesclada com muita lucidez e enorme humildade.

Ainda ontem, um cartaz proclamava à passagem de Bento XVI: «A tua humildade tornou-te ainda maior»!

Mas quando perceberemos que só os humildes são verdadeiramente grandes?

publicado por Theosfera às 10:00

Nos tempos que correm, não faltam meios. O que parece faltar é a inspiração para bem usar os meios.

Platão avisou: «São muitos os que usam a régua, mas poucos os inspirados».

Até o discurso sobre a novidade parece gasto e desgastado. Já nem a novidade parece nova.

Muito se excelsa a novidade. Só falta mesmo trazer a novidade para a vida!

publicado por Theosfera às 09:47

Vivemos dias de nostalgia, que se somam a prolongados tempos de insatisfação.

Quem vive não parece contente. Quem, além de viver, verbaliza o que pensa sobre a vida dá sinais de estar triste.

Nesta altura, dá a impressão de que tudo se extingue. Paulo Varela Gomes denuncia: «O enorme decréscimo da taxa de natalidade no mundo ocidental é o reflexo de um organismo que não tem nenhum horizonte a não ser a sua progressiva extinção. Podemos ver o mesmo na extinção de categorias do pensamento, da política, da economia, como se fossem velas de um bolo a apagar-se. E sem que vejamos nenhuma vela a acender-se».

Apesar da penumbra, eu entrevejo uma vela que jamais se apaga: a vela da esperança.

Quero crer que amanhã será melhor. Quero acreditar que é quase impossível que amanhã possa ser pior!

publicado por Theosfera às 09:41

Hoje, 01 de Março (abstinência), é dia de S. Rosendo, Sto. Albino e Sta. Eudóxia.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:06

1. Pouco falta para conhecer o próximo Papa. A esta hora, abundam apostas e multiplicam-se nomes.

Tenho, para mim, que, nesta altura, quem estará com maiores dúvidas serão os cardeais eleitores. Não porque não conheçam a realidade, mas precisamente porque a conhecem em profundidade. E o conhecimento, quando é profundo, atrai a complexidade.

 

2. Há oito anos — entre a morte de João Paulo II e a eleição de Bento XVI — houve duas intervenções marcantes do Cardeal Joseph Ratzinger.

Enquanto decano do Colégio dos Cardeais, coube-lhe presidir à Missa exequial e à Missa de abertura do Conclave. As suas palavras funcionaram como uma espécie de guião para perceber o estado da Igreja e as prioridades para aquele tempo.

Por estes dias, há uma situação semelhante e com igual protagonista. O que  Bento XVI disse entre o dia 11 e o dia 28 de Fevereiro será tomado em boa conta. Não se trata de uma condicionante, mas de uma iluminação clarificadora.

 

3. Diria que o próximo Papa prosseguir a continuidade da mudança. Mas, dadas as características individuantes de cada pessoa, é natural que introduza alguma mudança na própria continuidade.

Nenhum pontificado é a mera continuidade do pontificado anterior. E, não obstante, é a mesma Igreja que se reflecte em todos eles.

 

4. Pelo que tem vindo a público, há questões urgentes e há desafios importantes. Dizem ser urgente reformar algumas estruturas. E é importante manter a centralidade no anúncio do Evangelho.

É por isso que, mais administrador ou mais reformador, o próximo Papa acabará por ser o que tem de ser: um Evangelizador!

 

5. A Igreja é para todos, mas não é para tudo. Ela tem de estar aberta a todas as pessoas, mas não pode ser conivente com todas as situações. Ela tem de saber acolher. Mas também tem de ser capaz de discernir.

Ela não pode desistir das pessoas. Mas também não pode abandonar a mensagem. Ela está no mundo não para receber aplausos, mas para prestar um serviço.

Ainda recentemente, Bento XVI denunciou «a busca do aplauso». O aplauso pode ser reconfortante, mas não é um bom sintoma. Um medicamento raramente é agradável. Mas é ele que nos cura.

 

6. O Conclave não é um mero acto eleitoral; é um verdadeiro acto de fé. Antes de cada cardeal consultar a sua consciência, procurará consultar o próprio Deus.

Para a eleição do novo Papa, a inspiração do Espírito Santo é determinante. Mas, como é óbvio, esta inspiração não é mecânica; é espiritual.

 

7. Já Sto. Inácio de Antioquia notava que o Espírito Santo é o «bispo invisível».

Acreditamos que é Ele que actua por meio dos bispos visíveis e, maxime, através do Papa visível.

 

8. É por isso que, acima de tudo, este é um tempo de oração.

Agora, cada um tentará escrutinar o que «parece bem ao Espírito Santo»(Act 15, 28). Dentro de dias, alguns procurarão apurar o que, a partir dessa escuta orante, será melhor para o Povo de Deus!

 

publicado por Theosfera às 00:06

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