O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 24 de Março de 2013

Há belos, muito belos, poemas escritos. Mas todos nós sentimos que o mais belo poema não está escrito.

Paul Claudel confessou que «o poema não é feito dessas letras que eu espeto como pregos, mas do branco que fica no papel»!

Diz o Padre Tolentino de Mendonça que «o Papa Francisco começou a escrever um poema para nós e esse eu já comecei a ouvir»!

publicado por Theosfera às 16:09

Era bom que se meditasse no processo de Jesus.

 

Foi entregue por inveja (cf. Mt 27, 18).

 

Pilatos fez tudo para O poupar. Só que as pressões do poder religioso, as ameaças de denúncia em Roma e a pressão de uma multidão ligada aos funcionários do Templo ditaram o veredicto.

 

Pilatos nada tinha contra Jesus, mas entre a defesa de um inocente e a preservação do seu lugar, a opção foi óbvia.

 

A desordem pública não seria bem vista em Roma. No entanto, seis anos mais tarde, viria a perder o lugar, como nos diz Flávio Josefo.

 

Já a «oclocracia» é a coisa mais volátil que existe. As multidões dão para tudo e para o seu contrário. Variam tão rapidamente como o vento!
publicado por Theosfera às 08:39

Esta é uma semana que reclama, sobretudo, interioridade, recolhimento.

 

Há uma densidade muito grande e um apelo muito fundo que nenhuma palavra conseguirá descrever.

 

O que nos é oferecido não pertence ao enigma, mas pertence ao mistério.

 

Isto significa que o quadro que nos surge não é inatingível, mas também não é manipulável.

 

Esta é, porém, a tentação, o peirasmós de sempre.

 

O Cristianismo deve ser a única religião em que o Fundador é um mártir e morre como um abandonado.

 

A Sua proximidade com Deus não impede que experimente toda a amargura do drama humano.

 

Divino, a partir de Cristo, não é, pois, a distância ontologicamente intransponível entre Deus e o Homem. Divino não é tanto o poder infinito, a imortalidade ou a imutabilidade.

 

Divina é esta humanidade sem freio, é esta franqueza sem constrangimentos, é este amor sem vacilação, é esta entrega sem limites.

 

Não é quando nos distanciamos do humano que nos aproximamos de Deus. É quando aterramos na sua maior profundidade que tocamos o divino.

 

Para Deus sobe-se descendo. Foi das profundidades da terra que Jesus irrompeu para Deus.

 

Há atitudes que se atribuem a Deus que são demasiado humanas. Não passam de projecções. O castigo, a vingança e uma justiça sem misericórdia não honram a transcendência. São excessivamente imanentes.

 

Já o humano tão puramente humano (tão inteiramente humano!) de Jesus é uma respiração divina, um enclave da eternidade pelas inclementes estradas do tempo.

 

O desfecho de toda esta meditação não pode ser apenas o anúncio. A Páscoa não é só para proclamar. É, acima de tudo, uma oportunidade para melhor viver.

 

Há um convite que fica. O caminho de Jesus não é tanto para ser explicado. É, sem dúvida, para ser conhecido. E é tão fascinante conhecer Jesus. O mais aliciante, contudo, é procurar viver.

 

Jesus é uma lição sem fim. Lição que não vem de qualquer cátedra, mas que tem a argamassa de uma vida tão humanamente cheia.

 

Haverá algo mais divino que esta humanidade de Jesus?

publicado por Theosfera às 07:35

Há uma panóplia de hábitos associados a esta época que têm o seu encanto.

 

Neste dia, são muitos os que vão benzer os ramos para oferecer aos padrinhos. Que, por sua vez, ofertam o folar na Páscoa.

 

E assim vemos muitos carros com crianças e ramos ao colo. Dão um colorido acrescidamente pulcro a este dia belo.

 

São formas de aprimorar o relacionamento entre as pessoas.

 

São hábitos que faz bem manter.

publicado por Theosfera às 06:30

D. Óscar Romero, intrépido defensor dos mais pobres em El Salvador, foi assassinado neste dia, em 1980, quando celebrava a Eucaristia.

 

D. Óscar foi morto por causa da sua verticalidade. Porque nunca tergiversou.

 

Recebeu ameaças sucessivas para que se calasse. Mas não se calou. Humilde, considerava não ser digno da «graça do martírio».

 

Só que as balas surgiram e irromperam, cruéis, pela Igreja em que oficiava.

 

O seu exemplo marcou-me bastante. Na minha vida de padre, o seu testemunho interpela-me constantemente.

 

Um Homem de Deus é sempre um Homem para os Homens.

 

D. Óscar Romero levou a Eucaristia à vida e à morte.

 

Foi alguém que leu o Evangelho nos livros e o reescreveu na vida.

 

Morreu com um tiro no coração. Porque era o seu coração que mais incomadava.

 

Curiosamente é no coração das pessoas que D. Óscar sobrevive.

 

E é no coração de Deus que D. Óscar se mantém vivo e vivificante.

 

Vale a pena viver assim. Vale a pena morrer assim. Tanto mais que quem assim morre nunca falece. Permanece para sempre!

publicado por Theosfera às 06:05

Hoje, 24 de Março (Domingo de Ramos na Paixão do Senhor e Dia Mundial da Juventude), é dia de Sta. Catarina da Suécia, Sto. Agapito e S. Diogo José de Cádiz.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 06:01

mais sobre mim
pesquisar
 
Março 2013
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2

3
4
5
6
7
8
9






Últ. comentários
Sublimes palavras Dr. João Teixeira. Maravilhosa h...
E como iremos sentir a sua falta... Alguém tão bom...
Profundo e belo!
Simplesmente sublime!
Só o bem faz bem! Concordo.
Sem o que fomos não somos nem seremos.
Nunca nos renovaremos interiormente,sem aperfeiçoa...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
hora
Relogio com Javascript

blogs SAPO


Universidade de Aveiro