Perder dinheiro é preocupante. Perder a alma é aflitivo.
Miguel Veiga, numa sintomática entrevista de vida, alega que «vivemos tempos desalmados, sem coragem moral e sem coragem física»!
São 28 mil os idosos que estão sós. Isto para não falar de muitos mais que, mesmo não estando sós, se sentem sozinhos.
Algo tem de ser feito. Ler o «De senectute», de Cícero, não faria mal.
Não podemos ficar indiferentes a quem nos deu tanto!
Uma vez mais, venho em defesa de uma certa dose de vergonha.
Desta vez, apoio-me em Thomas Fuller: «Quem não tem vergonha não tem consciência».
A vergonha, na medida justa, é uma espécie de freio do instinto e de uma nascente da ponderação, da autocrítica!
Gabriel Marcel foi sumptuosamente paradoxal ao escrever que «a solidão é essencial à fraternidade».
Mas talvez seja verdade.
Nem sempre os que estão connosco estão por nós. Nem sempre os que estão junto de nós estão ao nosso lado.
Há quem esteja longe parecendo que está perto. E há quem esteja perto parecendo que está longe!
Hoje, 23 de Março, é dia de S. Nícon e seus Companheiros, S. Turíbio de Mongrovejo, S. Vitoriano e Sta. Raquel Ay-Rayés.
Um santo e abençoado dia para todos!