Na vida, é preciso tomar precauções. Mas, na mesma vida, é fundamental correr riscos.
É claro que quem corre riscos pode cair. Mas é preferível cair por causa dos riscos a não cair por causa do medo.
O medo inibe, tolhe, faz adoecer. De facto, a Igreja adoece quando se protege, quando fica na defensiva, quando se fecha.
Para o então cardeal Bergolio, uma Igreja que se reduz «a questões administrativas, a conservar o seu pequeno rebanho, é uma Igreja que, a longo prazo, adoece. O pastor que se fecha não é um verdadeiro pastor, mas um penteador de ovelhas, que passa o tempo a fazer-lhes caracóis em vez de ir buscar outras. É claro que se uma pessoa sai à rua, pode acontecer-lhe o mesmo que ao filho do vizinho: ter um acidente. Mas prefiro mil vez uma Igreja acidentada a uma Igreja doente»!