O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 10 de Março de 2013

Uma semana palpitante se inicia neste Domingo.

Durante ela, iremos conhecer o novo Papa.

Na terça? Muito dificilmente. Na quarta, talvez. Na quinta, quase de certeza.

Percebe-se que se multipliquem conjecturas.

Depois de dois Papas não italianos, iremos ter um Papa não europeu? Ou voltaremos a ter um Papa italiano?

Serão questões legítimas e, para o frenesim mediático, exaltantes. Mas, quanto à substância, trata-se de especulações laterais.

O importante é que o Papa chegue. O fundamental é que seja um homem de Deus. Que abrace o mundo à maneira de Deus!

publicado por Theosfera às 22:35

O que singulariza o Cristianismo no universo religioso?

Acima de tudo, uma questão de iniciativa. Foi Hans Urs von Balthasar quem o notou.

A religião é o mundo que toma a direcção de Deus. O Cristianismo é Deus que toma a direcção do mundo.

A religião é o homem que vai ao encontro de Deus. O Cristianismo é Deus que vem ao encontro do homem.

Mas esta singularidade contrai uma presença universal. É Deus que toma sempre a iniciativa de vir ao nosso encontro mesmo quando sentimos que somos nós a ir ao encontro de Deus.

É por isso que há um Cristianismo implícito e um Cristianismo emergente em todas as religiões!

publicado por Theosfera às 19:45

Grande paradoxo nos atravessa.

As pessoas vivem até cada vez mais tarde, mas parece que se esgotam cada vez mais cedo.

Vejam o drama de quem se vê desempregado aos 40 ou 50 anos.

O mais natural é que aqueles que estão nesta faixa etária sejam apontados, inclementemente, como «velhos».

Numa rápida viagem pelas televisões, quantos apresentadores aparecem com mais de 50 anos? Muito poucos.

Não admira, pois, que se aposte, cada vez mais, em operações plásticas. Há quem queira, a todo o custo, remover os sinais da velhice. O que importa, hoje em dia, é parecer novo.

Não são os mais novos que querem imitar os mais velhos. Muitas vezes, são os mais velhos que pretendem imitar os mais novos.

É pena que se subalternize o valor da idade. Há tanta sabedoria nos caminhos percorridos!

publicado por Theosfera às 19:05

Não é tanto a morte que custa. Quando a morte chega, nós já não estamos.

O que custa é saber a morte, é saber que a morte vem e que o possível passa a impossível.

Fernando Gil era assim que pensava: «Não é a morte enquanto tal que é irrepresentável, mas a morte enquanto anulação do possível».

Sim, essa é a morte que dói. Só que Deus matou a própria morte...na morte de Seu Filho.

A fé afiança que a morte de Jesus é uma morte morticida.

O possível recomeça (mesmo) quando parece que tudo termina!

publicado por Theosfera às 18:53

O carácter grande vê-se nos actos pequenos.

Oscar Wilde percebeu: «Os pequenos actos de cada dia fazem ou desfazem o carácter»!

publicado por Theosfera às 18:43

A liberdade é um bem e um bem precioso. Mas, retorcida e desfigurada, pode rebentar com ela mesma.

O abuso da liberdade pode pôr em risco o seu uso.

Fialho de Almeida alertou: «A liberdade só é dom precioso quando estejam os povos feitos para ela. Dar a um semibárbaro instintivo as regalias de um ser culto e consciente, é pôr a civilização na contingência de um regresso brutal à barbárie».

As palavras são fortes. Mas são também deveras pertinentes!

publicado por Theosfera às 18:40

O tempo está triste. E o ambiente não parece alegre.

Mas hoje é mesmo o Domingo da Alegria.

Será possível estar alegre nesta altura?

Note-se que a alegria não é só o riso. A alegria até pode vir pelo pranto.

O Evangelho deste Domingo fala-nos de uma festa.

Mas é muito provável que esta festa tenha sido regada com abundantes lágrimas. Foram as lágrimas do reencontro depois do desencontro entre o pai e o filho que se afastara.

Não estamos longe da alegria quando estamos perto da verdade, da autenticidade, do amor.

A alegria é mesmo uma coisa muito séria neste mundo. E não será a seriedade a coisa mais alegre desta vida?

publicado por Theosfera às 18:33

Uma desafiadora afirmação de León Tolstoi: «O homem não tem poder sobre nada enquanto tem medo da morte. E quem não tem medo da morte possui tudo».

Vencer o medo é a vitória maior. Vencer o medo da morte é o triunfo supremo!

publicado por Theosfera às 18:25

Hoje, 10 de Março (IV Domingo da Quaresma, o «Domingo Laetare»), é dia dos Santos Mártires de Sebaste, S. Macário de Jerusalém e Sta. Maria Eugénia Milleret.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:06

A Bíblia pode ser vista como uma longa palavra com 73 sílabas.

 

46 são soletradas no Antigo Testamento e 27 são entoadas no Novo Testamento.

 

Em relação à imagem de Deus, muitas dessas sílabas são completamente átonas. Quase O desfiguram. Basta pensar no Terror de Isaac, assim Deus é apresentado numa passagem genesíaca.

 

Entre desfiguramentos e aproximações, vamos gaguejando, sílaba a sílaba, até chegar a Lucas.

 

Aqui encontramos a sílaba tónica.

 

Deus não castiga. Deus não condena. Deus abraça. Deus festeja.

 

Deus não é um polícia a escrutinar os nossos erros. Deus é o Pai que Se alegra com o nosso bem.

 

Deus é misericórdia.

 

A maior festa não é quando se dá o encontro. É quando ocorre o reencontro após o desencontro.

 

Porque é tão difícil, então, pronunciar devidamente a sílaba tónica?

 

Porque é que, ainda hoje, continua a prevalecer a linguagem do castigo sobre a cultura da bondade, da compaixão e do amor?

publicado por Theosfera às 06:12

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