Foi a primeira vez, em muitos séculos (há quem diga desde S. Leão Magno, no século V), que alguém dedicado inteiramente à reflexão teológica chegou ao mais alto ministério da Igreja.
Fiquei feliz por isso.
É que, muitas vezes, a Teologia é olhada com desconfiança e suspeição mesmo dentro da Igreja.
Frequentemente é encarada como algo dispensável, necessária apenas para concluir um curso antes de ser padre.
Ainda que esta imagem esteja a mudar, o paradigma continua a ser este. Pelo menos, entre nós.
Conforta, assim, saber que o novo Papa é alguém que sempre abraçou a Teologia como missão pastoral.
Perito em Sto. Agostinho e S. Boaventura, tem obras muito importantes na área da Eclesiologia e da Teologia Fundamental.
De memória cito, entre os seus livros, textos como "O novo Povo de Deus", "Introdução ao Cristianismo", "Questões sobre a Igreja", "Diálogo sobre a fé", "O sal da terra", "A Igreja e a Democracia", "A espiritualidade sacerdotal", etc.