Situações novas postulam caminhos renovados.
Será com o antigo que poderemos gerar o novo? Talvez, se o antigo estiver bem e não bloquear o novo.
Mário Monti acha que «direita» e «esquerda» são categorias do passado. Para ele, os políticos dividem-se entre aqueles que estão enquistados no passado e aqueles que estão abertos ao futuro, dispondo-se a renovar o passado.
Edmund Burke garantiu, há muito, que «não é possível preparar o futuro com o passado».
A Lei Fundamental estabelece que o Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente tendo em conta os resultados eleitorais.
Isto não impõe que o escolhido tenha de ser, obrigatoriamente, o líder do partido mais votado. O que isto implica é que os deputados assegurem uma solução.
Posto isto, é caso para perguntar. Será que o Primeiro-Ministro tem de ser recrutado apenas nos partidos? Não é possível olhar para a Universidade, para as empresas e para outras instituições?
A democracia tem de ser uma janela aberta. Não pode ser um circuito fechado. Cada vez mais fechado?