São múltiplas as catalogações das pessoas, quase todas elas arrumadas em dualismos de pendor maniqueísta.
A mais usual dessas classificações é a distinção entre pessoas boas e pessoas más.
Mas há mais: inteligentes e medíocres; competentes e incompetentes; humildes e arrogantes; etc., etc.
Creio, porém, que há meridiano a montante e a jusante de todos estes critérios: a decência, valor cada vez mais raro e, por isso, mais urgente.
Viktor Frankl achava que «há duas raças de homens neste mundo e só essas duas: a raça dos homens decentes e a raça dos homens indecentes. Podemos encontrar uma e outra em todo o lado; elas percorrem todos os grupos sociais».
E, atenção, «nenhum desses grupos é composto inteiramente por pessoas decentes ou indecentes. Nenhum grupo é uma raça pura».
A decência está em todos como possibilidade. A indecência está em cada um como tentação!