Nada tenho contra o entretenimento, contra a diversão ou contra o espectáculo.
Mas preocupa-me sobremaneira que de tudo se faça espectáculo. É assustador que não haja triagem, que se confunda tudo e que se apresente o frívolo no mesmo patamar da profundidade.
O resultado está à vista: os jornais de referência, os livros mais elaborados, no fundo a cultura mais séria estão em risco de desaparecer.
Se a tendência da sociedade é para a diversão, é natural que as publicações mais sérias não resistam.
É claro que a cultura é para todos. Mas, pela lei natural das coisas, a produção cultural será sempre de poucos.
Aliás, isso acontece com todas as actividades. Até o futebol, que é um desporto de massas, não é jogado por toda a gente.
Enquanto não se fizer uma selecção com base na qualidade, o mais certo é que a mediocridade triunfe e a banalização se espalhe!