Não sei porque é que quase não se fala deste livro.
«Quem paga o Estado Social em Portugal?» é uma pergunta, mas traz também muitas respostas e desmonta muitos preconceitos.
Afinal, o que as pessoas produzem dá para as despesas básicas. O Estado Social é não só viável, mas até dá lucro.
Foi assim que aconteceu até 2002. O que aconteceu depois?
As contas desequilibraram-se porque muitas despesas classificadas como gastos sociais não o são de facto.
É o caso de custos de PPP incluídas com gastos de saúde. Ou programas de apoio a empresas qualificados como incentivos ao emprego.
Ambos são necessários, mas não são a mesma coisa.
Tudo é, portanto, uma questão de verdade e de prioridade.
Num país que tem verba para investir cerca de um milhão por dia na televisão, como é que admite cortar na saúde e na educação?
Não me chamem demagogo, mas, se me perguntassem, eu sugeria que, quanto à televisão pública, ficassem apenas com a RTP-Memória.
No fundo, o melhor no presente ainda é o que nos vem do passado!