Não é só a falta de dinheiro que assusta. A falta de conhecimento da História também impressiona.
E nem sequer me reporto à História mais remota. Refiro-me, desde logo, à História mais próxima.
A História não se repete, mas ensina. E quando não se aprende com os erros do passado, o mais certo é que eles se reproduzam no presente.
Os factos podem ser diferentes. Mas as consequências acabam por ser muito semelhantes.
O que aconteceu a seguir à primeira guerra mundial e a grande depressão dos anos 20 foram há menos de cem anos. Deviam figurar na nossa memória. Mas a nossa distracção pode levar a que efeitos parecidos figurem na nossa vida.
Nenhuma ciência pode ser desligada das outras ciências e sobreviver à margem da vida.
Os economistas e os políticos deviam falar mais com os historiadores!
Este é um tempo em que a nostalgia pesa mais que a determinação.
A recordação do nosso passado tende a sobrepor-se à preparação do nosso futuro.
Como recordou D. Januário Torgal Ferreira, «é pela saudade que vamos. Os mortos é que nos conduzem».
Estaremos, ao menos, disponíveis para aprender com eles?